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CriminalidadeArgentina

Preso 4º suspeito de atentado contra Cristina Kirchner

15 de setembro de 2022

Homem lidera grupo de vendedores de algodão-doce que estava perto da casa da vice-presidente argentina durante ataque. Autoridades argentinas apontam premeditação do crime.

Momento em que brasileiro Fernando Sabag Montiel apontou arma na direção de Cristina Kirchner. Autor disparou duas vezes, mas pistola falhou.
Momento em que brasileiro Fernando Sabag Montiel apontou arma na direção de Cristina Kirchner, disparou duas vezes, mas pistola falhouFoto: TV PUBLICA ARGENTINA/ REUTERS

A polícia prendeu nesta quarta-feira (14/9) um quarto suspeito de envolvimento no atentado à vice-presidente argentina, Cristina Kirchner.

Segundo a imprensa argentina, Gabriel Nicolás Carrizo lidera um grupo de vendedores de algodão-doce que estava perto da casa de Kirchner no momento em que o brasileiro Fernando Sabag Montiel, 35, apontou uma pistola para a vice-presidente e apertou duas vezes o gatilho. A arma estava carregada, mas falhou a centímetros do rosto de Kirchner, cercada por apoiadores na ocasião.

Além de Sabag Montiel, as autoridades já haviam detido a namorada dele, Brenda Uliarte, uma argentina de 23 anos que tinha entre suas ocupações a venda ambulante de algodão-doce, conforme declarou ao canal Crónica TV antes do ataque. O casal é suspeito de tentar matar a vice-presidente, de modo premeditado.

Ainda de acordo com a imprensa local, os investigadores trabalham com a hipótese de que Uliarte estaria fazendo "inteligência" nos dias anteriores ao ataque, a fim de fornecer informações a Sabag Montiel.

A outra detida é Agustina Díaz, 21, também argentina e amiga de Uliarte. Ela é suspeita de participar do planejamento do atentado: os investigadores afirmam ter encontrado uma série de mensagens em que a namorada de Sabag revela à amiga a intenção de assassinar Kirchner. As mensagens revelariam ainda que o ataque em 1º de setembro não teria sido a primeira tentativa.

Segundo a Folha de S.Paulo, em depoimento à polícia também nesta quarta-feira (14/09), Díaz confirmou a veracidade das mensagens que apontam para a possibilidade de Uliarte ter sido a mandante do crime. Contudo, os advogados de Díaz asseguram que a cliente não levava Uliarte a sério, que a considerava "manipuladora” e que soube do ataque pela imprensa. A juíza do caso, María Eugenia Capuchetti, colocou a investigação sob sigilo e aceitou a inclusão da vice-presidente como parte no processo.

ra/av (EFE, ots)