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Preso um dos maiores líderes do tráfico de drogas no México

2 de outubro de 2014

Detenção de Héctor Beltrán Leyva é comemorada como um êxito da política de segurança do país. Traficante também estava na mira dos EUA, que ofereciam recompensa de até 5 milhões de dólares pela captura do traficante.

Foto: Reuters/Attorney General's Office

Um dos traficantes de droga mais procurados do México foi preso, anunciou a Procuradoria Geral da República mexicana nesta quarta-feira (01/10). Héctor Beltrán Leyva era o último dos irmãos que formavam a cúpula de um dos maiores cartéis de tráfico de drogas do país.

Beltrán Leyva foi detido num restaurante de frutos do mar na cidade de San Miguel de Allende, no estado de Guanajuato, juntamente com um operador financeiro do cartel.

O diretor da Agência de Investigação Criminal da Procuradoria Geral da República, Tomás Zeron, afirmou que, após 11 meses de investigações, a unidade de operações especiais do Exército realizou a captura de Beltrán Leyva "de maneira rápida e eficaz, sem efetuar um só disparo".

O líder do cartel levava uma vida discreta, sem ostentações, e se passava por um "empresário dedicado ao comércio de imóveis e obras de arte", afirmou o diretor.
Durante a prisão, foi constatado que Beltrán Leyva e seu assistente portavam armas de uso exclusivo das Forças Armadas. Exames físicos foram feitos para comprovar a identidade do criminoso.

"Com sua captura, a organização perde influência em uma dezena de estados da República, onde operava, através de suas atividades criminosas, uma ampla rede de corrupção e lavagem de dinheiro", disse Zerón.

Beltrán Leyva, de 49 anos, conhecido com "El H", herdou a liderança do cartel após a morte de seu irmão Arturo Beltrán Leyva, em dezembro de 2009, em confronto com a polícia.

O narcotraficante era um dos homens mais procurados não só pelas autoridades do México, mas também pelas dos Estados Unidos. O departamento de Estado americano oferecia uma recompensa de até 5 milhões de dólares por sua captura, enquanto o governo mexicano oferecia cerca de 2,3 milhões de dólares.

A prisão foi comemorada como mais uma vitória para o governo do presidente Enrique Peña Nieto, que capturou mais um alvo de grande importância após a prisão dos líderes do tráfico Joaquín "El Chapo" Guzmán, em fevereiro, e Miguel Ángel Trevino, no ano passado.

"Esta ação prova a eficiência das políticas públicas de segurança e da aplicação da lei para que tenhamos o México pacífico que tanto desejamos", declarou o presidente através da rede social Twitter.

RC/dpa/rtr/afp

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