Encontram-se em prisão preventiva dois suspeitos do espancamento por motivos racistas ocorrido em Potsdam, no Leste alemão. Os dois homens, de 29 e 30 anos, respectivamente, foram levados para presídios diferentes, na região de Brandemburgo. O Tribunal Federal de Kalrsruhe ordenou a prisão nesta sexta-feira (21/04).

No meio tempo continuam as investigações para esclarecer o crime, com base em exames de DNA e no relato de testemunhas. A vítima é o engenheiro Ermyas M., de 37 anos, nascido na Etiópia e portador de passaporte alemão. Ele foi brutamente espancado no Domingo de Páscoa, e ainda corre perigo de vida. Ermyas é pai de família, sendo sua esposa natural de Potsdam.

As declarações do ministro do Interior Wolfgang Schäuble, minimizando o ataque, continuam sob crítica severa. O secretário-geral do Partido Social Democrata (SPD), Hubertus Heil, declarou: "Considero constrangedor o fato de o ministro do Interior subestimar esse racismo tão agressivo de um modo, no mínimo, leviano". Heil exigiu esclarecimento imediato por parte de Schäuble.

Desde o atentado tem havido diversas manifestações anti-racistas em Potsdam e cercanias.