"Pressão para vencer na Rússia é maior", diz técnico Löw
12 de novembro de 2017
Depois de se consagrar campeã na Copa do Mundo do Brasil, em 2014, seleção alemã de futebol está pronta para enfrentar o desafio na Rússia, diz Joachim Löw à DW. Mas é preciso manter a ambição. E o clima é outro, lembra.
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Em entrevista à Deutsche Welle, o técnico da seleção alemã de futebol, Joachim Löw, comentou a futura participação da equipe na Copa do Mundo de 2018, na Rússia.
Indagado sobre as perspectivas de a Alemanha se tornar novamente campeã do mundo, repetindo a vitória no Brasil, três anos atrás, ele explicou: "Vai ser preciso um esforço gigantesco, uma concentração e, acima de tudo, nunca ceder".
"Pode ser que a pessoa perca a 'fome', e isso significa que outros talvez sejam ainda mais ambiciosos e de algum jeito a derrube do pedestal. Por isso, a tarefa mais difícil é sempre ficar nesse nível alto, sem cair", completou o técnico, que comanda a seleção desde 2006.
Além das diferenças climáticas em relação ao Brasil, local do Mundial de 2014, Löw também considera a pressão das expectativas um fator relevante para os craques alemães no próximo torneio.
"No Brasil foi muito quente, o horário das partidas também era outro. Lá nós não estávamos tão em foco, desde o início, porque se dizia que nunca um europeu tinha conquistado um título em solo sul-americano", declarou o técnico.
"Na Rússia, vamos provavelmente ser – não há como evitar – os favoritos neste torneio: campeões do mundo, vencedores da Copa da Confederações, conseguimos uma boa qualificação. A pressão está sempre lá, e eu acho que na Rússia ela vai ser um pouco maior sobre o nosso time."
Mesmo assim, o experiente técnico de 57 anos tem uma noção bem definida do que poderá contribuir para a vitória na Rússia: "Acho que dá para dizer numa frase, mesmo que talvez soe gasta ou banal: cada um deve se concentrar 100% na própria tarefa."
AV/dw/ots
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Campeões mundiais no cinema
Documentário "Die Mannschaft" ("A Equipe", em tradução livre) mostra a seleção alemã durante a Copa de 2014. Filme da Federação Alemã de Futebol traz entrevistas e cenas de jogos e do cotidiano dos jogadores no Brasil.
Foto: 2014 Constantin Film Verleih GmbH/DFB
Sonho virou realidade
Algumas vezes, foi por pouco: em 2002, a seleção alemã perdeu a final contra o Brasil. Em 2006, a Copa do Mundo foi realizada na Alemanha, com um time jovem e fãs alegres agitando bandeiras em preto, vermelho e amarelo. Apesar do tropeço na semifinal contra a Itália, a Alenmanha festejou como se os meninos tivessem sido campeões. Em 2014, o sonho se tornou realidade.
Foto: 2014 Constantin Film Verleih GmbH/DFB
Imagens inéditas
O recém-lançado documentário "Die Mannschaft" ("A Equipe") foi produzido pela Federação Alemã de Futebol (DFB), que acompanhou de perto a seleção alemã no Brasil. O filme também é composto por material gravado pela Fifa e por celulares, incluindo imagens inéditas do atacante Thomas Müller vestido com o clássico vestido bávaro Dirndl e cenas do vestiário após a conquista do Mundial.
Foto: 2014 Martin Christ
Plantão solitário
Em sua sala na concentração alemã, o Campo Bahia, o treinador Joachim Löw trabalhava até tarde da noite. Na parede, havia um quadro magnético com formações táticas. Löw estudava as equipes adversárias e anotava tudo detalhadamente.
Foto: 2014 Constantin Film Verleih GmbH/DFB
Schweinsteiger nos bastidores
Depois de responder às perguntas dos jornalistas, o volante da seleção alemã Bastian Schweinsteiger sentou nos bastidores, para escutar o que o seu treinador tinha para falar. Para o jogador de 30 anos, provavelmente essa foi a última Copa do Mundo.
Foto: 2014 Constantin Film Verleih GmbH/DFB
Pelada com os quase campeões
"A equipe vive não somente em campo, mas também vizinho a ele", disse no filme o zagueiro Per Mertesacker. Além de ficarem concentrados no Campo Bahia, os jogadores deixaram a concentração e visitaram uma pequena escola. As crianças adoraram – especialmente por disputarem uma pelada com a equipe alemã.
Foto: 2014 Constantin Film Verleih GmbH/DFB
Pausa para respirar
O jogador Mesut Özil sentado sozinho no vestiário: momentos de calma eram bastante raros em meio a treinos, jogos e ao assédio da mídia.
Foto: 2014 Martin Christ
A união faz a força
Enquanto outros países têm estrelas como Messi, Ronaldo e Neymar, a Alemanha tem uma equipe. E é assim que o time se comporta ao se preparar no vestuário para o próximo jogo: "Nós somos uma equipe, trabalhamos todos juntos. E assim podemos derrotar os outros".
Foto: 2014 Constantin Film Verleih GmbH/DFB
Amigos dentro e fora do campo
Lukas Podolski e Bastian Schweinsteiger já haviam dividido o campo na Copa do Mundo de 2006. Mas em 13 de Julho de 2014, eles puderam finalmente comemorar o título mundial, após a final no Maracanã. Embora "Poldi" jogue na Inglaterra e "Schweini" no Bayern de Munique, os dois continuam grandes amigos.
Foto: 2014 Constantin Film Verleih GmbH/DFB
O nome dele é Müller
Ao estrear na seleção alemã em 2010, Thomas Müller não se deixou impressionar pelas grandes estrelas do futebol internacional e marcou um gol atrás do outro. Na Copa do Mundo de 2014, ele brilhou no jogo contra a Argélia, com um lendário tiro livre. Na foto, ele comemora o título no Brasil no ônibus da equipe alemã.
Foto: 2014 Constantin Film Verleih GmbH/DFB
Objetivo alcançado
É raro vê-lo tão feliz e perdido em devaneios: Joachim Löw com a taça, no voo de regresso do Rio para Berlim. Na Copa de 2006, ele ainda era técnico auxiliar ao lado de Jürgen Klinsmann. Quando assumiu o comando, Löw formou uma nova equipe com os jogadores regulares. Algumas das decisões geraram controvérsia, mas, no final, seu trabalho rendeu muitos frutos.