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Pressionada, Alemanha faz 3 e espera "rival"

Gabriel Fortes18 de junho de 2005

Time da casa sofre para impor o seu ritmo sobre a Tunísia, mas vence bem e agora aguarda a definição do grupo A da Copa das Confederações.

Ballack (c) abriu o placarFoto: AP

Jogando como visitante e surpreendentemente sofrendo pressão da Tunísia na tarde deste sábado (18/06), em Colônia, a Alemanha penou para impor o seu ritmo de jogo, mas venceu por 3 a 0 e praticamente garantiu uma vaga na semifinal da Copa das Confederações.

O resultado leva os donos da casa aos seis pontos no grupo A. Somente uma combinação improvável de resultados tira os germânicos da próxima fase.

"Na última rodada, teremos o jogo contra a Argentina apenas para decidir quem fica em primeiro no grupo. Estamos tranqüilos com a nossa classificação", disse o otimista Ballack, autor do primeiro gol do jogo.

"Agora, estamos com um pé na semifinal. Teria que acontecer muita coisa para não chegarmos até lá", rebateu, mais realista, o treinador Jürgen Klinsmann.

Schweinsteiger e Hanke completaram o placar de uma vitória construída apenas no segundo tempo, e depois de muita pressão e vaia da torcida. Já para a Tunísia, a segunda derrota no torneio fez o time dar adeus às esperanças, mesmo com um jogo contra a Austrália na última rodada.

O jogo

Torcida mostrou paz, mas também protestouFoto: AP

Pressão da torcida, da opinião pública ou do treinador, que antes do jogo falou em "clima de final" nos vestiários do estádio de Colônia? O motivo é um mistério, mas os donos da casa entraram em campo e foram dominados pelos africanos no primeiro tempo.

O meio-campo do Bayern de Munique que jogou pela seleção nacional neste final de semana, com Deisler na esquerda, Frings e Ballack centralizados, e Schweinsteiger na esquerda, funcionou apenas uma vez na primeira etapa.

E foi apenas aos 16min, depois de Schweinsteiger virar o jogo para a direita e encontrar Deisler livre. O meia lançou Mertesacker na área, e o ala, sem marcação, chutou a bola em cima do goleiro Boumnijel.

O arqueiro africano, aliás, era o comandante de uma defesa que surpreendeu a todos na Alemanha. A retaguarda da Tunísia demonstrou bom posicionamento, dominou o ataque germânico e cortou todos os lançamentos longos.

Ballack, aos 32min, foi o único que conseguiu vencê-la. Mesmo que parcialmente. Recebeu cruzamento de Schweinsteiger da esquerda e, em jogada típica da equipe, cabeceou no canto oposto. Trabelsi afastou.

Antes disso, o brasileiro naturalizado Clayton, que atua pela lateral-esquerda do atual campeão africano, tentou gol olímpico ao bater escanteio. Conseguiu surpreender o goleiro Lehmann, mas mandou a bola na trave.

Clayton (d) quase marcou um golFoto: AP

Seu compatriota Francileudo também brilhou no primeiro tempo. O atacante que joga no futebol francês foi o diferencial no ataque de sua equipe, que nesta tarde contou também com Jaziri. O brasileiro só perdeu a bola uma vez para Huth, zagueiro alemão que tem estrutura física comparável aos jogadores de rugby.

Ufa!

Os torcedores alemães só sentiram alívio na etapa complementar, quando o time da casa voltou bastante diferente do intervalo. No recomeço do duelo, continuou pressionado pela Tunísia, e curiosamente jogou como visitante, contra-atacando.

E foi africana a primeira chance de gol no segundo tempo. Aos 11min, Francileudo deu bom passe para Jaziri, de fora da área, chutar com o bico da chuteira e obrigar Lehmann a se esticar para defender a bola.

As respostas alemãs vinham sempre com o jovem Podolski, ovacionado pela torcida a cada toque na bola, e Asamoah, que pela falta de mobilidade dificilmente levava perigo ao adversário.

Aos 28min, uma troca de passes entre Schweinsteiger e Ballack levou o camisa 13 a ser derrubado na área. Pênalti, que ele mesmo bateu, agressivamente, e abriu o placar. Pouco tempo depois, Podolski deu grande assistência para Schweinsteiger driblar o goleiro e ampliar para 2 a 0.

Deisler (10) abraça Hanke (c), autor do terceiro golFoto: AP

Os lapsos da defesa da Tunísia foram três. Todos que resultaram em gols. No último, a dois minutos do fim do jogo, a zaga permitiu que Hanke emendasse de cabeça um cruzamento perfeito de Deisler. No rebote da defesa do goleiro, o atacante do Wolfsburg fechou o placar.

TUNÍSIA 0 x 3 ALEMANHA

Tunísia

Boumnijel; Trabelsi, Abdi, Jaidi e Clayton; Ghodhbane (Namouchi), Adel Chadli, Mnari e Nafti; Jaziri (Ben Saada) e Francileudo dos Santos

Técnico: Roger Lemerre

Alemanha

Lehmann; Mertesacker, Huth, Friedrich e Hitzlsperger; Deisler, Frings, Ballack e Schweinsteiger; Podolski (Hanke) e Asamoah (Kuranyi)

Técnico: Jürgen Klinsmann

Data: 18/6/20056 (Sábado)

Local: Estádio de Colônia

Árbitro: Peter Prendergast (Jamaica)

Auxiliares: Anthony Garwood (Jamaica) e Joseph Taylor (Trinidad e Tobago)

Cartões amarelos: Jaidi, Abdi (T); Friedrich (A)

Gols: Ballack, aos 28min, Schweinsteiger, aos 34min e Hanke, aos 43min do 2º T
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