Autópsia revela que Prince aplicou acidentalmente dose elevada de analgésico à base de ópio. Cantor morreu intoxicado. Medicamento é indicado para pacientes com dores crônicas.
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A autópsia do cantor americano Prince revelou que ele morreu de uma overdose acidental de opioide, afirmou nesta quinta-feira (02/06) a polícia de Minnesota. O cantor foi encontrado morto em sua casa em um subúrbio de Minneapolis no final de abril.
Segundo a autópsia, Prince aplicou acidentalmente uma dose elevada de fentanil e morreu intoxicado. O analgésico do grupo dos opioides, à base de ópio, é mais forte do que morfina e costuma ser usados para pacientes com dores crônicas, geralmente após cirurgias, e é vendido apenas com prescrição médica.
As autoridades concentraram as investigações sobre as causas morte em analgésicos depois de receitas de medicação opioide terem sido encontradas na casa do cantor e de relatos sobre um possível vício do cantor.
Reveja momentos da carreira de Prince
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Autoridades federais, incluindo o DEA, órgão do Departamento de Justiça americano para o combate às drogas, colaboraram com as investigações. Os investigadores aguardavam os resultados dos testes de toxicidades para divulgar a conclusão da autópsia.
O site de celebridades TMZ afirmou ainda nesta quinta-feira que o internamento de Prince em Moline, no Illnois, seis dias antes da sua morte, ocorreu devido a uma overdose de um analgésico opioide.
Inovador e polêmico
Nascido em Minneapolis como Prince Rogers Nelson em 7 de junho de 1958, o artista era considerado um dos cantores, compositores e multi-instrumentistas mais inovadores de seu tempo.
Ele ganhou fama no fim dos anos 1970 e, ao longo das décadas seguintes, estourou canções como Purple Rain, Kiss e Raspberry Beret, que combinam jazz, funk e disco.
De 1993 a 2000, o músico mudou seu nome para um símbolo impronunciável, o que foi visto à época como um protesto contra a sua gravadora. Por um período, chegou a ser chamado de "o artista antes conhecido como Prince".
Muito reservado, ele vendeu mais de cem milhões de discos durante a sua carreira, ganhou sete prêmios Grammy e entrou no Hall da Fama do Rock and Roll em 2004. Seu último disco, "HITnRUN: Phase Two", foi lançado em dezembro de 2015. Prince morreu em 21 de abril aos 57 anos.
CN/rtr/apf/lusa
O que faziam cinco estrelas da música antes de fazerem sucesso
Você sabe o que músicos como Sting e o vocalista do Rammstein faziam antes da fama? A ocupação deles não era nada glamourosa.
Foto: Joseph Eid/AFP/Getty Images
Sting
Quando criança, Gordon Sumner – o verdadeiro nome do cantor – ajudava o pai entregando leite. Mais tarde, ele trabalhou como operário de construção, motorista de ônibus e como agente fiscal. Após fazer o curso de Magistério, lecionou por dois anos. No tempo livre, tocava em bandas de jazz, até que em 1977 finalmente fundou a banda "The Police".
Foto: picture-alliance/dpa
Till Lindemann, do Rammstein
Pode-se imaginar o vocalista da Rammstein em qualquer profissão, menos na de cesteiro. Isso mesmo, nos anos 1980, ele fazia cestas na antiga Alemanha Oriental. "Foi um trabalho legal!", disse certa vez. Ele tinha dinheiro para viver, podia fazer música, e sua vida era estável. Até que caiu o Muro de Berlim, e no caos da Reunificação alemã foi criada a mundialmente conhecida banda Rammstein.
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Rudolf Schenker, do Scorpions
Rudolf Schenker fazia o curso de eletricista de alta tensão quando fundou a precursora da banda Scorpions, em 1965. Na época, ainda subia em postes e trabalhava com transformadores. Mais tarde, aprendeu a profissão de fotógrafo, que ajudou a financiar a banda em início de carreira.
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Adriano Celentano
O cantor e ator italiano deixou a escola depois do quinto ano e ajudou no sustento da família como afiador de tesouras e mecânico de carros. Depois aprendeu joalharia na empresa do pai. Em 1957, quando tinha 19 anos, foi descoberto como cantor por causa da voz rouca. Mais tarde ele seguiu carreira como ator.
Foto: Getty Images
DJ Bobo
No começo da década de 1980, Peter René Baumann fez um curso de padeiro em Aargau, na Suíça. Ele só assumiu o pseudônimo DJ Bobo mais tarde, quando começou a trabalhar em discotecas. Embora a maioria dos pais prefira que os filhos "aprendam uma profissão decente", a maior estrela musical suíça no exterior diz hoje que isso é besteira e que ele deveria ter seguido seu sonho já aos 15 anos.