Privada de US$ 5 milhões é roubada de museu no Reino Unido
14 de setembro de 2019
Vaso de ouro maciço é levado do palácio onde nasceu o ex-premiê britânico Winston Churchill. Peça era parte de mostra e podia ser usada pelos visitantes. Furto ocorre dois dias após abertura da exibição.
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Um vaso sanitário de ouro 18 quilates foi roubado na madrugada deste sábado (14/09) do Palácio de Blenheim, residência rural na Inglaterra onde nasceu o ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill, informou a polícia britânica.
A peça, intitulada "America", estava exposta como parte de uma exibição do artista conceitual italiano Maurizio Cattelan e podia ser usada pelos visitantes.
O palácio afirmou, em nota, ser "uma grande vergonha" que o trabalho de arte, de ouro maciço e em plena funcionalidade como vaso sanitário, tenha sido levado apenas dois dias após a exposição ser aberta.
Um homem de 66 anos foi detido por suposto envolvimento com o roubo da privada, avaliada em mais de 5 milhões de dólares (mais de 20 milhões de reais). Anteriormente, havia sido divulgado que a obra valia cerca de 1 milhão de libras esterlinas (5 milhões de reais).
A polícia de Thames Valley informa que o sumiço do vaso, que estava conectado aos encanamentos, "causou danos graves e vazamento", o que motivou o fechamento provisório da mansão situada em Woodstock, no condado de Oxfordshire.
Os agentes consideram que os autores do crime podem ter "atuado em grupo e usado pelo menos dois veículos".
"A obra de arte ainda não foi recuperada, mas efetuamos uma investigação exaustiva para encontrá-la e levar os responsáveis à Justiça", declarou a inspetora Jess Milne.
A privada dourada foi exibida pela primeira vez no Guggenheim de Nova York em 2016, onde também podia ser usada pelos visitantes, ficando lá até o ano seguinte. A peça foi repetidamente associada ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, segundo o museu nova-iorquino, se tornou um "sinônimo de vasos sanitários dourados".
O chamado Palácio de Blenheim, do século 18 e onde ainda residem os descendentes do antigo líder conservador, é patrimônio da humanidade e uma das atrações turísticas do Reino Unido.
A administração do lugar afirmou que ainda há "muitos tesouros fascinantes no palácio" como parte da exibição e que pretende reabrir o prédio à visitação ainda neste domingo.
Quando ainda não havia celular, e muito menos Instagram, eles eram parte obrigatória das férias. Uma exposição em Berlim lembra os 150 anos do cartão-postal.
Foto: Museum für Kommunikation Berlin
"Cartão de correspondência"
Em 1865, Heinrich von Stephan, que viria a ser o diretor dos correios no Reich Alemão, sugeriu substituir a carta por uma opção mais barata: o "Postblatt", uma "folha de correio" aberta. Mas a novidade foi inicialmente rejeitada por seus superiores, que viam o cartão aberto como uma ameaça à privacidade. Coube aos austro-húngaros oficialmente introduzir o novo formato em 1º de outubro de 1869.
Foto: Museum für Kommunikation Berlin
Inundação de postais
Os alemães acabaram adotando o formato em 1870. E o público alemão adotou entusiasticamente o cartão-postal. No dia de sua introdução em Berlim, a 25 de junho de 1870, foram vendidos mais de 45 mil exemplares. Em 1885, passaram a ser permitidas fotos nos postais. Era tão moderno mandar postais, que em 1900 foram enviados quase um bilhão de cartões-postais.
Foto: Museum für Kommunikation Berlin
Fotos como cartão
Este cartão postal histórico de 1905 tem a foto de um carteiro junto a uma caixa de correio, olhando em direção de sua bicicleta de entrega. Na janela, uma menina. Não só as litografias artísticas serviram de modelo para cartões-postais, mas também as primeiras fotografias. Tais postais também eram colecionados em álbuns, especialmente por enamorados.
Foto: Museum für Kommunikation Berlin
Rápida entrega
Este cartão foi enviado de Port Said, Egito, em 1899. Transportado de barco a vapor e de trem, levou uma semana para chegar ao destino, em Schwerin, no norte da Alemanha. As ilustrações nos primeiros cartões-postais deixavam espaço para a mensagem. Em 1905, a parte de trás do cartão passou a ser dividida: o lado esquerdo foi reservado à mensagem e o direito, ao endereço do destinatário.
Foto: Museum für Kommunikation Berlin
Belo novo mundo
Lembra-se da histeria na passagem para o novo século em 2000? Em vez de tanta ansiedade, este postal de 1900 celebrou com otimismo quase surreal: ao fundo no cartão-postal histórico, vê-se uma ensolarada nova era, com uma linha telegráfica, um trem, um barco a vapor e a fumaça de chaminés industriais, enquanto a jovem profética representando a nova era segura um ramo de palma, um símbolo de paz.
Foto: Museum für Kommunikation Berlin
Até evento militar
Em 1898, o remetente deste cartão escreve sobre o privilégio de assistir a um desfile militar liderado pelo imperador alemão Guilherme 2º. O autor menciona inclusive que teve oportunidade de conhecer o próprio soberano.
Foto: Museum für Kommunikation Berlin
Notícias do front
Este postal de 1906 mostra a alegria de soldados recebendo um pacote ou uma carta. Nele, podiam ser dadas notícias sobre a sua saúde / fome / sede / situação financeira. Os cartões-postais já eram extremamente populares na Guerra Franco-Prussiana em 1870-71, e os soldados enviaram cerca de 10 bilhões de cartões postais durante a Primeira Guerra Mundial - todos gratuitos.
Foto: Museum für Kommunikation Berlin
Postais como informação
Assim como compartilhamos nas mídias sociais hoje fotos de tragédias ou fatos que nos afetam, antigamente cartões-postais com imagens de acontecimentos dramáticos eram rapidamente impressos para serem enviados ao mundo. Este mostra uma "terrível catástrofe" ferroviária em Berlim em 26 de setembro de 1908, como diz o texto que o acompanha.
Foto: Museum für Kommunikation Berlin
Construindo mitos
Wilhelm Voigt foi um vigarista que se vestiu de militar prussiano e convenceu um grupo de soldados a seguir seu comando e roubar valores da prefeitura de Köpenick. Até mesmo o imperador achou o golpe tão impressionante que perdoou Voigt antes do fim do cumprimento da pena de prisão. O "Capitão de Köpenick" virou herói popular através de peças de teatro, figura no museu de cera e postais como este.
Foto: Museum für Kommunikation Berlin
Por trás da "art nouveau"
O artista austríaco Raphael Kirchner era conhecido pelas suas obras em estilo "art nouveau", como esta de 1904. Mas também foi um pintor influente com representações de mulheres em poses eróticas. Durante a 1ª Guerra Mundial, soldados europeus e americanos colecionavam esses postais. Na 2ª Guerra Mundial, as pessoas preferiram cada vez mais enviar notícias em cartas seladas em vez de postais.