Procuradoria belga identifica cúmplice dos ataques de Paris
21 de março de 2016
Suspeito até então conhecido como Sufiane Kayal chama-se na verdade Najim Laachraoui e continua desaparecido. Identificação é feita após detenção de Salah Abdeslam, formalmente acusado de terrorismo.
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A procuradoria federal belga afirmou nesta segunda-feira (21/03) que descobriu a verdadeira identidade de um dos possíveis cúmplices dos atentados terroristas de Paris, em novembro de 2015, e que até então era conhecido sob um nome falso. A identificação se deu por testes de DNA.
O suposto cúmplice foi identificado como Najim Laachraoui, de 24 anos, até então conhecido pelo nome falso de Sufiane Kayal. A Justiça belga divulgou uma foto do suspeito e lançou um novo apelo a pessoas que possam ajudar na sua localização.
Segundo o comunicado da procuradoria federal belga, o suspeito teria alugado, usando a identidade falsa, uma casa em Auvelais, no sul da Bélgica, onde teriam sido preparados os atentados de 13 de Novembro em Paris. Laachraoui é também suspeito de ter estado em contato telefônico com membros do comando terrorista na noite de 13 de Novembro.
Veja imagens da prisão de Salah Abdeslam
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Além disso, o suspeito estava num carro que foi abordado por policiais em 9 de setembro de 2015 na fronteira austro-húngara, viajando com Salah Abdeslam e Mohamed Belkaïd, um argelino de 35 anos que foi morto numa operação policial, na terça-feira passada, em Forest, um distrito de Bruxelas. Os acompanhantes de Abdeslam usavam as identidades falsas de Sufiane Kayal e Samir Bouzid.
Promotores disseram que o DNA de Laachraoui foi encontrado na casa alugada em Auvelais, num outro esconderijo no distrito de Schaerbeek, em Bruxelas, e em explosivos usados em Paris.
A identificação de Laachraoui foi feita após a captura, na sexta-feira, de Abdeslam, no distrito de Molenbeek, em Bruxelas, após mais de quatro meses em fuga. Abdeslam foi formalmente acusado de homicídios terroristas e de participação nas atividades de um grupo terrorista.
Os atentados de 13 de Novembro em Paris, reivindicados pelo grupo extremista "Estado Islâmico" (EI), deixaram 130 mortos e mais de 300 feridos.
AS/lusa/afp/ap
Imagens do terror em Paris
Mais de 120 pessoas foram vítimas do terrorismo na noite de 13 de novembro de 2015 na capital francesa. Confira imagens de uma noite que vai mudar o mundo.
Foto: Reuters/Ch. Hartman
Primeiras notícias
O jogo amistoso entre Alemanha e França ainda estava em andamento quando as primeiras notícias de tiros e explosões apareceram na televisão.
Foto: picture-alliance/dpa
Medo nas ruas
As notícias espalharam o medo entre as pessoas que aproveitavam uma noite de temperatura agradável na capital francesa. Autoridades pediram à população para que não deixassem suas residências.
Foto: picture-alliance/dpa
Cenário da barbárie
A sala de espetáculos Bataclan foi invadida por forças de segurança, que libertaram reféns por volta da 1h. Cerca de 1.500 pessoas estavam reunidas para um show de rock.
Foto: Reuters/C. Hartmann
Reação imediata do presidente
François Hollande se dirigiu à população francesa ainda na noite dos atentados. Pouco antes, ele havia deixado o Stade de France, onde assistia ao amistoso entre França e Alemanha. Hollande falou em atentados terroristas sem precedentes.
Foto: Reuters
Torcedores no gramado
Os torcedores inicialmente não puderam deixar o Stade de France e se dirigiram para o gramado.
Foto: Getty Images/AFP/M. Alexandre
Atiradores estão mortos
Os atentados aconteceram simultaneamente em seis pontos de Paris e aparentemente foram executados por oito terroristas. Segundo a polícia, sete deles cometeram suicídio e um foi morto por policiais.
Foto: Getty Images/K. Tribouillard
O medo dos sobreviventes
O número de vítimas pode subir ainda mais, pois há um grande número de feridos. Nas ruas, o medo é visível nos rostos das pessoas.
Foto: Getty Images/AFP/M. Bureau
Segurança reforçada
A segurança foi reforçada em diversas instituições francesas pelo mundo, como no consulado de Nova York.
Foto: Getty Images/S. Platt
Solidariedade mundial
O One World Trade Center, em Nova York, coloriu a antena no alto do prédio com as cores nacionais da França. Em todo o mundo, líderes expressaram solidariedade.