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Produção industrial alemã tem maior queda em três décadas

8 de junho de 2020

Produção mensal despencou 25,3% em abril na comparação com o mesmo período de 2019, o pior resultado desde 1991. Pandemia teve maior impacto no setor automotivo, que recuou 74,6%.

Fábrica da Bayer-Monsanto
Indústria tem recuo histórico na Alemanha em abril. Foto: Getty Images/AFP/M. Hitji

A produção industrial mensal da Alemanha despencou 17,9% em abril em relação a março, e 25,3% na comparação com abril do ano passado, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (08/06) pelo Departamento Federal de Estatísticas da Alemanha (Destatis). Esse é o maior recuo desde o início da série histórica, que começa em janeiro de 1991.

A queda mensal foi quase o dobro do recuo de 8,9% registrado em março. Os números são piores do que os previstos por analistas, mostrando o forte impacto das medidas de isolamento social impostas para conter o avanço da pandemia de covid-19, que só começaram a ser relaxadas a partir de 20 de abril.

Após a divulgação dos dados, o Ministério da Economia afirmou que "o ponto mais baixo da desaceleração foi alcançado".

A indústria automotiva teve peso importante no recuo da produção industrial em abril, com queda de 74,6%, consequência da paralisação das cadeias de suprimentos. O setor de bens de consumo caiu bem menos, 8,7%.

Na semana passada, o governo da chanceler Angela Merkel anunciou um pacote de 130 bilhões de euros  em medidas de estímulo, incluindo subsídios para a compra de veículos elétricos e isenção temporária de impostos.

Os dados de encomendas de fábricas, divulgados na sexta-feira, mostraram uma queda em 25,8% em abril, após recuo de 15% em março. No primeiro trimestre, a Alemanha aparentemente conseguiu se sair melhor que seus pares,com a economia recuando apenas 2,2% no período.

LL/rtr/afp/dpa/ap

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