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Produtos agrícolas alemães também vendem bem no exterior

sk / lk20 de fevereiro de 2005

Setor abalado pela concorrência acirrada e dumping registrou no ano passado alguma melhora graças às vendas externas.

Controle de qualidade de queijo alemãoFoto: dpa

Os números são modestos, se comparados com os 730 bilhões de euros que as exportações de produtos industriais alemães renderam no ano passado. Mas o setor dos agronegócios registrou igualmente um faturamento recorde com vendas para o exterior, em 2004: 34 bilhões de euros, 6,4% a mais do que ano anterior.

Também neste segmento, o selo "Made in Germany" é associado a qualidade, controle e segurança, afirma Martina May, da Sociedade Central de Marketing do Setor Agrícola (CMA). Depois dos Estados Unidos, França e Holanda, a Alemanha é o quarto maior exportador de produtos agrícolas do mundo.

Principais mercados – Maiores compradores dos produtos desse setor continuam sendo os tradicionais parceiros da União Européia, liderados pela Holanda, Itália e França que, juntas, absorvem 75% das exportações agrícolas da Alemanha.

Também a demanda por parte dos novos países-membros do bloco é cada vez maior, tendo crescido 12% em 2004. Outros mercados interessantes são, além dos Estados Unidos, a Rússia, a China e o Oriente Médio.

Principais produtos – Frangos e perus da Alemanha vendem bem no Oriente Médio, em Dubai e Omã, enfim em todo o mundo árabe, onde o consumo de carnes de aves é tradicionalmente grande. A carne de vaca é requisitada especialmente pela Rússia, Romênia e Ucrânia, países que não conseguem atender a toda a demanda interna com a produção própria.

Outro setor no qual a Alemanha conseguiu se posicionar bem no exterior é o dos laticínios. As vendas de queijo não param de aumentar, por ser ele um dos ingredientes prediletos na composição dos produtos de fast-food. A tonelada de mozzarella, por exemplo, subiu no período de dois anos de 1900 para 3000 dólares.

Os italianos não dão conta de suprir o mercado internacional, acontecendo o mesmo com gregos e holandeses com seus queijos típicos, tais como o feta, o gouda e o edamer. As lacunas são preenchidas, em parte, por produtos de laticínios alemães.

Chance contra crise – Dentro do próprio país, o setor de alimentos passa há anos por uma crise, motivada pela concorrência acirrada entre as cadeias de supermercados e o conseqüente dumping. Conseguir novos mercados no exterior é, para as empresas do setor, a única possibilidade de crescer. "Os aumentos de faturamento da indústria alimentícia foram gerados exclusivamente pelas exportações e não pelas vendas internas", acentua Martina May.

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