Professores alemães pedem proibição de celulares em escolas
Elizabeth Schumacher lpf
8 de setembro de 2018
Associação de docentes afirma que smartphones deveriam ser proibidos para alunos com menos de 14 anos de idade, argumentando que aparelhos contribuem para bullying. França já adotou proibição.
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A Associação Alemã de Professores (DL, na sigla em alemão) defendeu nesta sexta-feira (07/09) que crianças com menos de 14 anos de idade sejam proibidas de usar telefones celulares na escola, citando preocupações com bullying.
"Durante o recreio, o celular é uma fonte permanente de bullying", disse o presidente da associação, Heinz-Peter Meidinger. "Hoje, quase todo o bullying físico é acompanhado de bullying na internet e nas redes sociais."
De acordo com a empresa de pesquisa de mercado Statista, 88% das crianças alemãs com idades entre 12 e 13 anos tinham um celular no ano passado. Na faixa dos 16 aos 18 anos, o percentual era de 94%.
Diversos estudos apontam que o uso de smartphones por alunos pode levar a um aumento de comportamentos como bullying e compartilhamento de conteúdo inapropriado.
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), cerca de metade das crianças e adolescentes mundo afora já foi vítima de bullying – termo que inclui violência física e psicológica – por parte de seus colegas de escola.
Um estudo realizado pela Universidade Estadual de Bridgewater, nos Estados Unidos, concluiu que o risco de sofrer bullying aumenta quando se possui um smartphone.
Assim era o primeiro smartphone do mundo com acesso à internet. O Nokia 9000 Communicator tinha as características de um computador, incluindo software para escritório, navegador para a internet e função de fax. As vendas começaram em 15 de agosto de 1996, e o aparelho custava cerca de 1.400 euros – ou aproximadamente a metade caso o usuário fechasse um contrato com a operadora.
Foto: dpa/Nokia
Leve, mas poderoso
Os smartphones evoluíram muito desde então. Mas o fato de os atuais pesarem muito menos que modelos anteriores não significa que fazem menos. Na verdade, os aparelhos de hoje têm milhões de vezes a capacidade de processamento de computadores usados pela Apollo 11 para pousar na Lua.
Foto: Getty Images
Usos variados
Milhares de apps tentam garantir que os usuários de smartphones nunca sofram com o tédio, mas há também aplicativos extremamente úteis para as autoridades. Indonésios usam smartphones para detectar exploração ilegal de madeira por meio de um software que "ouve" o som de motosserras e, em seguida, dispara um alerta.
Foto: Getty Images
Bom meteorologista
Pesquisadores da empresa OpenSignal descobriram que os sensores de smartphones com o sistema operacional Android, originalmente projetados para medir a temperatura da bateria, intensidade luminosa e pressão também podem ser usados para apresentar boletins meteorológicos bem precisos.
Foto: picture-alliance/dpa
Energia a partir de xixi
Cientistas de Bristol, na Inglaterra, desenvolveram uma célula de combustível que pode gerar energia para smartphones "a partir de uma visita ao banheiro". Com o uso de bactérias que transformam o líquido em eletricidade, é possível ter três horas de ligações com 600ml de urina. Uma notícia aparentemente relacionada informa que só os britânicos deixam cair 100 mil smartphones em privadas por ano.
Foto: Imago
Conta salgada
Há alguns anos, a americana Celine Aarons, da Flórida, virou manchete no mundo inteiro depois de receber a conta de celular mais cara da história. Ela teve que pagar 201 mil dólares por causa de mensagens de texto enviadas durante suas férias no Canadá. Uma maneira nafda agradável de ser apresentada às taxas de roaming.
Foto: Imago
História de sucesso irreversível
Há cerca de 1,9 bilhão de usuários de smartphones em todo o mundo, e esse número continua aumentando. Globalmente, 349 milhões de aparelhos foram vendidos no primeiro trimestre deste ano – um aumento de 3,9% sobre 2015. O telefone mais vendido é o Samsung Galaxy S7, acompanhado de perto pelo iPhone 6s e 6s Plus, da Apple.