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Proibição de lâmpadas incandescentes preocupa alemães

1 de setembro de 2012

A Europa sela o fim da clássica lâmpada incandescente a fim de melhorar a eficiência energética. Mas muitos alemães se negam a adotar as novas lâmpadas econômicas, com receio do mercúrio encontrado dentro delas.

Ein Energiesparhelfer schraubt am Mittwoch (18.07.2012) eine alte Glühbirne aus einer Lampe in einer Wohnung in Berlin. Bei der Aktion Stromsparcheck soll der Energieverbrauch in Einkommensschwachen Haushalten verringert und damit deren Kostenbelastung reduziert werden, gleichzeitig erhalten Langzeitarbeitslose über ihre Tätigkeit als Stromsparhelfer die Chance auf einen Wiedereinstieg ins Berufsleben. Foto: Markus Heine dpa/lbn (zu dpa "Die Stromspar-Helfer" vom 22.07.2012) +++(c) dpa - Bildfunk+++
Foto: picture-alliance/dpa

A partir deste sábado (01/09) lâmpadas convencionais incandescentes de 40 e 20 watts não podem mais ser produzidas nem importadas na União Europeia. As mais potentes, de 100, 75 e 60 watts, já saíram de circulação nos anos anteriores. O varejo ainda tem permissão para esgotar seus estoques.

As lâmpadas clássicas logo vão virar peças de museu no continente. Elas usam apenas 5% da eletricidade que consomem para produzir a luz, o resto é dissipado em forma de calor. Nas lâmpadas halógenas, mais de 90% da energia também é perdida na forma de calor. Já as lâmpadas econômicas e LEDs convertem cerca de 25% da eletricidade que consomem em luz.

Possíveis ameaças à saúde

A Alemanha, entretanto, é o lugar onde a resistência à proibição, aprovada pela UE em 2009, é mais forte. Na maioria dos outros países a medida tem sido implementada sem contratempos, segundo funcionários da Comissão Europeia. Apesar de os alemães serem conhecidos pela preocupação com a preservação do meio ambiente, muitos consumidores no país não gostam da luz fria emitida pela maioria das lâmpadas econômicas. Além disso, muitos se preocupam com o teor de mercúrio encontrado dentro delas.

Na capital da UE, Bruxelas, são realizados esforços para que as preocupações dos cidadãos sejam dissipadas. O toxicologista alemão Helmut Greim, da Comissão de Especialistas sobre Riscos à Saúde e ao Meio Ambiente da UE, viu o documentário austríaco Bulb Fiction, que chama atenção para os efeitos nocivos das lâmpadas de economia de energia à saúde. O filme mostra um garoto com queda de cabelo e faz uma conexão entre a doença da criança e a quebra de uma lâmpada de economia de energia. "Não há literatura científica provando que o contato com mercúrio leva à perda de cabelo", enfatiza Greim.

Lâmpadas de economia de energia consomem, no mínimo, 75% menos que modelos incandescentesFoto: dpa

Mercúrio

Uma porta-voz do comissário para Meio Ambiente da UE, Janez Potocnik, afirma que o teor de mercúrio nas lâmpadas econômicas é muito baixo. E até o dia 1° de janeiro de 2013, o limite deve ser reduzido, mais uma vez, dos atuais 3,5 miligramas para 2,5 miligramas.

A respeitada fundação alemã Stiftung Warentest (Fundação Teste de Produtos) considera o nível aceitável. "A quantidade de mercúrio permitida atualmente pode ser encontrada em poucos quilos de atum", garante a entidade, apontando, entretanto, ser importante que a indústria reduza ainda mais essa cota.

A Agência Federal do Meio Ambiente da Alemanha, sediada em Dessau-Rosslau, afirma que a quebra de lâmpadas econômicas não constitui um perigo, mas instrui os consumidores a, nestes casos, arejarem o ambiente por pelo menos 15 minutos. Depois, os fragmentos devem ser coletados com um pano úmido ou fita adesiva, e os resíduos não devem ser jogados no lixo comum e sim nos destinados a reciclagem especial.

MD/epd/afp
Revisão: Mariana Santos

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