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Promotoria acusa ex-diretor da Volks de desvio de 1,95 milhão de euros

15 de novembro de 2006

A Promotoria Pública de Braunschweig, no Estado da Baxia Saxônia, acusou nesta quarta-feira (15/11) o ex-diretor de Recursos Humanos da Volkswagen, Peter Hartz, de 44 casos de desfalque no escândalo de corrupção e "viagens de lazer" envolvendo a montadora. Em 33 casos, ele teria favorecido membros do conselho de empresa da Volks.

Segundo o auto do processo, entre 1994 e 2005, Hartz desviou 1,95 milhão de euros, através de pagamentos ilegais ao ex-presidente do conselho de empresa da Volkswagen, Klaus Volkert. Além disso, entre 2000 e 2004, aprovou pagamentos no valor de 400 mil euros, "sem contrapartida reconhecível", a Adriana Barros, amante brasileira de Volkert. A terceira parte das acusações faz referência a "vários outros favores" que Volkert e sua companheira teriam recebido.

O Tribunal Regional de Braunschweig informou que o ex-diretor da Volks, que renunciou ao cargo em julho do ano passado, tem até 23 de novembro para se pronunciar sobre as acusações. Até 20 de dezembro, o tribunal deve decidir sobre a abertura do processo. Caso seja condenado, Hartz poderá levar até cinco anos de prisão, o que alguns juristas consideram improvável.

A Promotoria Pública informou ainda que continuam as investigações contra os outros 12 acusados no escândalo de subornos e "viagens de lazer", realizados por alguns diretores e sindicalistas da Volkswagen, às custas da montadora.

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