A Promotoria de Roma decidiu nesta quarta-feira (20/09) investigar as ameaças realizadas nos últimos dias contra o papa, a Santa Sé e a cidade de Roma em sites na internet supostamente vinculados a organizações terroristas islâmicas.

As investigações são coordenadas pelo responsável do grupo antiterrorista da Promotoria de Roma, Franco Ionta, e pretendem verificar se as ameaças podem ser consideradas crimes de instigação a cometer atentados contra um chefe de Estado – cargo exercido por Bento 16 no Vaticano.

Na Turquia, o autor do atentado ao papa João Paulo 2º, Ali Agca advertiu o papa a não visitar o país em novembro próximo. "Como alguém que conhece bem estas coisas, eu lhe digo, sua vida está em perigo. Não venha à Turquia", diz uma declaração divulgada pelo advogado de Agca.

Agca encontra-se preso em Istambul, onde deve cumprir pena até 2010 por assassinato e roubo. Ele também é acusado de ter ligações com grupos terroristas. Agca esfaqueou e feriu gravemente o papa João Paulo 2º há 25 anos na Praça de São Pedro, em Roma.

Bento 16 afirmou nesta quarta-feira que tem um "respeito profundo" pelo islã e que espera que as declarações que deu durante um discurso na Alemanha na semana passada possam levar ao diálogo entre as religiões.