1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Protestos antecedem votação de medidas de austeridade pelo Parlamento grego

11 de fevereiro de 2012

Parlamento grego deverá votar no domingo as resoluções aprovadas por ministros em Atenas. Elas são pré-requisito para que a Grécia receba um novo pacote de resgate. Sindicatos convocam novos protestos.

Foto: dapd

Após longas discussões e querelas dentro da coalizão de governo da Grécia, os ministros do governo Lucas Papademos conseguiram, na madrugada deste sábado (11/02), chegar a um acordo sobre as duras medidas de austeridade impostas pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para o país.

O primeiro-ministro grego exigiu a aprovação das medidas. "Não devemos permitir que a Grécia vá à falência", disse o premiê. Papademos ameaçou expulsar possíveis dissidentes de seu governo. O pequeno partido de extrema direita Laos se recusou a concordar com as medidas e retirou seus ministros do governo.

Neste domingo (12/02), o Parlamento grego deverá votar as resoluções aprovadas pelo Executivo. Elas são pré-requisito para que a Grécia receba um novo pacote de resgate de 130 bilhões de euros. Especialistas acreditam que as medidas deverão ser aprovadas pelo Parlamento. Mesmo com a perda de apoio da extrema direita, o "sim" parece estar garantido.

O líder dos socialistas gregos, George Papandreou, clamou pela coesão dos deputados de seu partido na votação das medidas de austeridade no Parlamento. "Trata-se de uma luta pela Grécia e pelos direitos dos cidadãos a um Estado social", afirmou o ex-premiê em discurso transmitido pela televisão. As discussões no Parlamento têm início neste sábado e a votação deverá ocorrer na noite de domingo.

Papandreou clama por coesãoFoto: dapd

Títulos a vencer

O prazo dado à Grécia está chegando ao fim. Caso não receba ajuda financeira da UE e do FMI até o dia 20 de março, a Grécia, altamente endividada, estará inadimplente, pois até esta data Atenas precisa de 14,5 bilhões de euros para pagar títulos da dívida que irão vencer.

As polêmicas medidas de austeridade impõem redução da aposentadoria complementar, cortes de 22% nos salários mínimos e a demissão de 150 mil servidores públicos até 2015. A UE exige, além disso, novos cortes no valor de 325 milhões de euros e a promessa dos líderes partidários de que as reformas serão implementadas.

Novos protestos

Os sindicatos estão em polvorosa. Pelo segundo dia consecutivo, uma abrangente greve paralisou a vida pública do país. Neste sábado, principalmente o transporte público foi afetado. Como na última sexta-feira, motoristas de ônibus e bondes continuaram em greve. Barcas para as ilhas do Mar Egeu permaneceram no cais. Cerca de 2 mil policiais fecharam o centro da capital grega.

Protestos continuam em AtenasFoto: picture-alliance/dpa

Segundo dados da polícia, cerca de 2 mil manifestantes estiveram reunidos na Praça Sintagma por volta do meio-dia de sábado. Eles carregavam faixas com os dizeres "abaixo a chantagem da Troika" e "eles arruínam nossa vida".

Na sexta-feira, oito pessoas saíram feridas dos protestos devido aos tumultos. Membros do Partido Comunista grego estenderam na Acrópole, o cartão-postal de Atenas, uma enorme faixa com os dizeres: "Abaixo a ditadura de monopólios da UE". Novos protestos estão marcados para a noite de domingo.

CA/dpa/afp/rtr
Revisão: Soraia Vilela

Pular a seção Mais sobre este assunto