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SociedadeHolanda

Protestos antilockdown na Holanda terminam com 19 detidos

21 de novembro de 2021

Holanda voltou a ser palco de manifestações violentas pela segunda noite consecutiva. Milhares de pessoas também saíram às ruas de Bruxelas, na Bélgica, para protestar contra restrições.

Niederlande Breda Coronavirus Protest
Protesto na cidade holandesa de Breda. País vem sendo palco de manifestações após governo voltar a impor restriçõesFoto: Jules van Iperen/Pro Shots/picture alliance

A polícia holandesa informou neste domingo (21/11) que 19 pessoas foram detidas após uma segunda noite de protestos violentos contra as mais recentes medidas sanitárias implementadas pelo governo para conter a pandemia da covid-19.

No sábado, em Haia, policiais da tropa de choque avançaram contra grupos de manifestantes que atiravam pedras e outros objetos nos agentes de segurança. Pelo menos cinco policiais ficaram feridos.

Um dia antes, a violência na cidade portuária de Roterdã teve um balanço de 51 detidos e três pessoas baleadas. O prefeito de Roterdã, Ahmed Aboutaleb, descreveu os distúrbios como uma "orgia de violência".

Também houve atos violentos em Urk, uma pequena cidade protestante localizada no centro do país, e em várias cidades da província de Limburg, ao sul.

Na semana passada, a Holanda voltou a impor parcialmente medidas de lockdown para retardar o ressurgimento do vírus, num momento em que os números diários de infecção atingem os níveis mais altos desde o início da pandemia. As medidas incluem o fechamento mais cedo de bares, restaurantes e lojas.

Protestos na Bélgica

Milhares de pessoas também tomaram as ruas de Bruxelas, na Bélgica, contra as restrições impostas pelo Governo belga para controlar a pandemia, especialmente a adoção do passe sanitário. Vários manifestantes antivacinas também se juntaram ao movimento. A polícia estimou que 35 mil pessoas participaram.

A Bélgica estendeu o uso obrigatório de máscaras a partir dos 10 anos e decidiu que o teletrabalho é obrigatório, na tentativa de controlar uma nova onda de casos de covid-19 no país.

"Os sinais de alarme estão agora no vermelho", disse recentemente o primeiro-ministro Alexander De Croo.

As restrições impostas por vários governos europeus para conter a nova onda de covid-19 tem levado, nos últimos dias, milhares de pessoas a protestarem nas ruas não apenas na Bélgica e Holanda, mas também da Áustria, Irlanda do Norte, Itália, Suíça e Croácia.

Na áustria, Cerca de 35 mil manifestantes foram às ruas da Áustria no sábado protestar contra a adoção de um lockdown em todo o país para frear o número de infecções por covid-19. A nação europeia tem hoje a terceira maior taxa de incidência de novos casos do mundo.

A Áustria já havia imposto um lockdown exclusivo para os não vacinados no início da semana passada, mas o aumento do número de infecções colocou pressão sob o governo para que agisse rápido para conter a disseminação do vírus.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já manifestou grande preocupação com o aumento de casos de covid-19 na Europa e advertiu que cerca de 500 mil pessoas podem morrer até março de 2022 se não forem tomadas medidas urgentes.

jps (AFP, Lusa, DW, ots)

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