Presidente da Rússia confirma participação nas eleições de março de 2018 em busca de um quarto mandato. Com taxa de popularidade de 80%, chance de vitória é grande. Principal opositor está impedido de se candidatar.
Anúncio
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou nesta quarta-feira (06/12) que concorrerá à reeleição nas eleições presidenciais previstas para março de 2018.
"Vou apresentar minha candidatura ao posto de presidente da Federação Russa", afirmou Putin durante um comício pelo aniversário de uma fábrica de carros na cidade de Nizhni Novgorod.
Perante os trabalhadores e diretores da fábrica, o chefe do Kremlin assegurou que "provavelmente não há melhor lugar nem melhor momento para fazer este anúncio", segundo informaram as agências russas.
O anúncio foi recebido pelos trabalhadores da fábrica de automóveis Gorki (GAZ, na sigla em russo) com grandes aplausos, que o presidente agradeceu.
"Obrigado por esta reação, obrigado pelo trabalho de vocês, principalmente. Obrigado pela atitude, trabalho de vocês para a empresa, cidade e país. Tenho certeza que vamos conseguir", destacou Putin.
Horas antes, em Moscou, Putin havia assinalado sua intenção de anunciar em breve se concorreria às eleições presidenciais de 2018.
Embora fosse dado como certo que o chefe do Kremlin tentaria a reeleição – para outros seis anos –, a demora de Putin em anunciar sua candidatura foi nas últimas semanas motivo de comentários e análise de especialistas e meios de comunicação.
Quarto mandato
Essa será a quarta vez que Putin concorrerá a pleitos presidenciais. Ele cumpriu dois mandatos consecutivos, entre 2000 e 2008. Depois, impedido constitucionalmente de se recandidatar, ele exerceu as funções de primeiro-ministro enquanto o aliado Dmitri Medvedev, no cargo de presidente, ampliava o mandato presidencial para seis anos.
Em 2012, quando terminou o mandato de Medvedev, Putin voltou a se candidatar e a ser eleito presidente. Com uma taxa de popularidade de 80%, o presidente, no poder há 17 anos, tem a vitória praticamente assegurada. Se vencer as eleições em março, ficará no poder até 2024.
Os candidatos opositores dos últimos anos – o líder comunista Guenadi Ziuganov, o ultranacionalista Vladimir Jirinovski e o liberal Grigori Iavlinski – já anunciaram a intenção de se recandidatar.
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos noFacebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App
Como os líderes políticos passam as férias
Até mesmo os políticos precisam de uma folga de vez em quando. De topless na Sibéria a sonhos comunistas com a Disneylândia, uma lista dos líderes mundiais em momentos de lazer.
Foto: picture-alliance/dpa/C. Fusco
Angela Merkel
A chanceler federal alemã é um mulher de hábitos: em todo verão da última década, ela foi com o marido para a região alpina do Norte da Itália, sempre munidos do característico chapéu apelidado "Kanzler-Käppi" (quepe da chanceler) pelos alemães. As férias de Merkel foram manchete em 2014, quando ela fraturou a bacia esquiando.
Foto: picture-alliance/ANSA/R. Olimpio
Donald Trump
O presidente dos Estados Unidos tem inúmeras opções quando se trata de lazer, já que possui um monte de clubes de golfe, inclusive na Escócia (foto). Para fugir da umidade de Washington D.C. e do calor das investigações ligadas à Rússia, o bilionário, que criticava Barack Obama por "tirar folga demais", tomou um jato até seu resort em Nova Jersey, para 17 dias de "férias de trabalho".
Foto: Getty Images/AFP/A. Buchanan
Vladimir Putin
O chefe do Kremlin gosta de tirar férias onde possa exibir seu físico. Para o retiro de verão em 2017, ele se dirigiu à Sibéria, levando consigo um cortejo de repórteres que o fotografaram e filmaram na pesca subaquática, velejando e se bronzeando ao sol da Rússia. E os cidadãos puderam participar do lazer de Putin, pois as aventuras ao ar livre de seu líder foram transmitidas pela televisão.
Foto: Getty Images/AFP/A. Druzhinin
Theresa May
Assim como sua homóloga alemã, a primeira-ministra britânica também adora caminhadas. Em 2016, ela vagou pelos Alpes Suíços com o marido (foto). As férias mais famosas de May, no entanto, foram em abril de 2017, no Parque Nacional Snowdonia, no País de Gales. Retornando a Londres após cinco dias, ela imediatamente convocou eleições nacionais antecipadas.
Foto: Reuters/M. Bertorello
Emmanuel Macron
O novo presidente da França não tirará férias de verão em 2017, pelo menos não em agosto. Em vez disso, Macron passará um mês tentando convencer o Parlamento a aprovar suas controvertidas reformas trabalhistas. Mas ele e Brigitte relaxam sempre que podem. Na foto, o casal a caminho das encostas dos Alpes Franceses, em abril de 2017, para uma pausa da campanha eleitoral.
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Feferberg
Justin Trudeau
O premiê canadense pode ser um queridinho da mídia, mas nem todas as suas férias são vistas com bons olhos pelos cidadãos de seu país. Sua viagem de Ano Novo para as Bahamas gerou críticas de transgressão ética, ao vir à tona que ele tomara um helicóptero particular, em vez de um veículo governamental. Neste verão, ele preferiu ficar mais perto de casa com a esposa, em Nova Escócia (foto).
Foto: picture-alliance/AP Images/The Canadian Press/A. Vaughan
Mariano Rajoy
O chefe de governo da Espanha não via a hora de tirar férias, depois de depor como testemunha, em julho de 2017, num caso de suborno e fraude envolvendo seu conservador Partido Popular. Em seguida a uma coletiva de imprensa, Rajoy partiu para a região ocidental da Galícia, seu tradicional local de descanso, que fica no extremo oposto da separatista região da Catalunha.
Foto: Imago/Agencia EFE
Robert Mugabe
O ditador do Zimbábue nunca tira férias sem receber uma boa dose de críticas. Embora seu país atravesse a pior depressão econômica desde 2009, todos os invernos o líder de 93 anos se retira por um mês, entregando a conta para a população necessitada pagar. Consta que a viagem de Mugabe a Cingapura no início de 2017 custou ao país 6 milhões de dólares.
Foto: picture-alliance/AP Photo/T. Mukwazhi
Kim Jong-un
O ditador da Coreia do Norte pode estar confinado a seu país internacionalmente isolado, mas isso não significa que ele não sonhe em tirar férias. Sabe-se que desde a infância Kim Jong-un é fanático pela Disney, e, segundo a mídia japonesa, em 1991 ele teria visitado a Disneylândia Tóquio sob identidade falsa. Em 2012 apareceu na TV estatal ao lado de alguém fantasiado de Mickey Mouse.