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Putin manda saudações de Ano Novo para Obama

31 de dezembro de 2014

Em discurso, presidente destaca papel de Rússia e EUA de garantir estabilidade internacional. Ele também aponta "volta para casa" da península da Crimeia como marco da história de seu país.

Foto: Reuters/M. Zmeyev

Num discurso televisionado nesta quarta-feira (31/12), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, enviou saudações de Ano Novo líder dos EUA, Barack Obama, dizendo que os dois países compartilham a responsabilidade de garantir a paz mundial.

No comunicado com mensagens para chefes de Estado, Putin se dirigiu a Obama apesar da crise entre Rússia e EUA diante da crise na Ucrânia. O discurso foi transmitido para o Extremo Oriente Russo horas antes da exibição em Moscou, que costuma acontecer pouco antes da meia-noite.

O líder russo afirmou que o ano que vem marcará os 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, quando países se uniram conta Adolf Hitler. "Esta data histórica faz lembrar a responsabilidade da Rússia e dos EUA de apoiar a paz e a estabilidade internacional", disse.

Putin afirmou ainda que a "volta para casa" da península ucraniana da Crimeia, anexada por Moscou em março deste ano, é um fato muito importante na história da Rússia. "Amor à pátria é um dos sentimentos mais poderosos e edificantes. Ele se manifestou por completo no apoio fraternal ao povo da Crimeia, que decidiu resolutamente voltar para casa", disse Putin.

Em entrevistas recentes, Obama disse que enquanto muitos acreditam que Putin foi esperto ao anexar a Crimeia, agora ele está parecendo fraco diante das consequências das sanções do Ocidente sofridas pela economia russa.

"Talvez algumas pessoas estejam pensando que o que o Putin fez não foi tão inteligente", disse o presidente americano à emissora NPR nesta semana.

O Ocidente acusa o Kremlin de enviar tropas para a Ucrânia, onde separatistas pró-Rússia combatem forças de Kiev desde abril deste ano.

Em seu discurso, Putin também enviou saudações a vários políticos que não estão mais no poder, incluindo Silvio Berlusconi, George Bush e Nicolas Sarkozy.

LPF/afp/rtr

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