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Pyongyang cogita diálogo com EUA "sob condições apropriadas"

13 de maio de 2017

Alta diplomata norte-coreana afirma que seu país estaria disposto a conversar com Washington "sob as condições apropriadas". Declarações levantam possibilidade de os dois países negociarem pela primeira vez desde 2008.

Nordkorea Choi Sun-hee, Diplomatin
Choi Sun-hee fez declarações durante passagem por Aeroporto Internacional de PequimFoto: picture-alliance/AP Photo/Kyodo News

Uma alta diplomata da Coreia do Norte afirmou neste sábado (13/05) seu país poderia dialogar com os Estados Unidos "sob as condições apropriadas", depois que o presidente americano, Donald Trump, expressasse a sua vontade de se reunir com o líder norte-coreano Kim Jong-un.

No início do mês, Trump afirmou em entrevista à emissora Bloomberg que estaria disposto a se reunir com o líder norte-coreano "sob as circunstâncias adequadas".

Choi Sun-hee, diretora-geral do Departamento para América do Norte no Ministério das Relações Exteriores norte-coreano, fez as declarações no Aeroporto Internacional de Pequim, durante sua passagem pela China, depois de se reunir com uma delegação americana de diplomatas e ex-políticos em Oslo, na Noruega, no início da semana, informaram fontes diplomáticas à agência de notícias sul-coreana Yonhap.

Um passeio por Pyongyang

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Choi não explicitou quais seriam essas condições, mas as suas observações levantaram a possibilidade de Pyongyang e Washington voltarem a negociar pela primeira vez desde 2008, quando as chamadas "conversas de seis lados" – que incluíam Coreia do Sul, China, Rússia, Japão e os Estados Unidos – sobre o programa nuclear norte-coreana fracassaram.

Indagada sobre um possível encontro com o novo presidente sul-coreano empossado na última quarta-feira, Moon Jae-in, ou com alguém de seu governo, a diplomata da Coreia do Norte respondeu: "Vamos ver."

Em primeira conversa telefônica, Moon e Trump acertaram, na quarta-feira, uma cooperação estreita sobre a questão do programa de armas nucleares da Coreia do Norte. Desde que assumiu o poder, o presidente americano elevou a pressão sobre Pyongyang.

Reunião em Oslo

Segundo a agência sul-coreana, entre os participantes da delegação americana em Oslo, estavam, Suzanne DiMaggio, diretora do centro de estudos New America; Thomas Pickering, ex-embaixador dos EUA nas Nações Unidas; e Robert Einhorn, antigo encarregado do Departamento de Estado em Washington para o Desarmamento e Não Proliferação de Armas de Destruição em Massa.

"Eu me encontrei com Pickering e voltaremos a nos falar quando tivermos uma oportunidade no futuro", disse Choi no Aeroporto Internacional de Pequim. Ela encabeçou a missão norte-coreana que se reuniu com o grupo de especialistas.

A reunião em Oslo aconteceu depois da recente escalada da tensão na península coreana, por conta dos repetidos testes de armas e mísseis de Pyongyang e a dura reação dos EUA, que levantaram a possibilidade de realizar ataques preventivos.

Já a administração americana, por sua vez, diminuiu a importância do encontro na capital norueguesa, classificando-o de uma "reunião rotineira que aconteceu de forma independente do governo dos EUA", disse um porta-voz do Departamento de Estado.

CA/afp/efe/ap

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