Indignado com a aproximação do novo regime com o Ocidente, grupo "Estado Islâmico" vem incentivando combatentes de outros países a se voltarem contra o governo de Ahmed al-Sharaa.
"Estado Islâmico" condenou novo líder da Síria, Ahmad al-Sharaa (dir), por se "dobrar" a TrumpFoto: Bandar Al-Jaloud/Saudi Royal Palace/IMAGO
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"Traidor da causa", "infiel" e "escravo" que "se prostrou" diante do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na última edição de seu boletim semanal, o grupo terrorista"Estado Islâmico" (EI) não escondeu seus sentimentos em relação ao novo presidente interino da Síria, Ahmad al-Sharaa, e seu encontro com o líder americano na semana passada.
A inimizade entre o EI e o grupo rebelde que al-Sharaa liderou, o Hayat Tahrir al-Sham (HTS) não é novidade.
Entre 2012 e 2013, o HTS foi parte integrante do EI antes de se aliar à Al-Qaeda, com quem rompeu laços em 2016. Após esse período, o HTS passou quase uma década combatendo o EI. Dessa forma, as críticas à postura política aparentemente mais moderada e pragmática de Al-Sharaa não são inesperadas.
Mas há outro aspecto interessante no texto publicado no boletim do EI. O grupo também fez um apelo aos combatentes estrangeiros na Síria para que abandonem o novo governo liderado por Al-Sharaa e se juntem ao EI.
O boletim e a reunião de Al-Sharaa com Trump chamaram a atenção para um dos maiores problemas enfrentados pelo governo interino da Síria: o que fazer com os combatentes estrangeiros que estão no país.
Durante o encontro, o presidente dos EUA pressionou Al-Sharaa a "ordenar a todos os terroristas estrangeiros para deixarem Síria", fazendo desta uma das condições impostas por Washington para o alívio das sanções ao país árabe. Enviados franceses e alemães também fizeram declarações semelhantes. Em geral, o temor dos países do Ocidente é que a Síria se torne um refúgio para grupos extremistas agirem internacionalmente.
Quem são os combatentes estrangeiros da Síria?
É difícil saber exatamente quantos estrangeiros lutaram ao lado do HTS. É possível que eles sejam entre 1.500 e 6.000, com muitos especialistas sugerindo que o número estaria dentro dessa margem.
O maior grupo é composto por uigures, muitos dos quais estão envolvidos com o Partido Islâmico do Turquestão, vindos da Ásia Central e Oriental, incluindo a China.
Outros seriam da Rússia e de outros antigos estados soviéticos; dos Bálcãs, da França, do Reino Unido, da Turquia e de vários países árabes, entre outros.
A maioria chegou à Síria no início da guerra civil no país (2011-2024) ou respondendo aos chamados do EI, que tentava estabelecer um califado na região a partir de 2014. Depois de o HTS romper laços com o EI e a Al-Qaeda, alguns estrangeiros deixaram o grupo rebelde, enquanto outros permaneceram.
No final de 2024, durante a campanha liderada pelo HTS que derrubou o ditador sírio Bashar al-Assad, vários grupos de estrangeiros, incluindo uigures e chechenos, teriam desempenhado um papel fundamental no sucesso da ofensiva.
Al-Sharaa afirmou que eles deveriam ser recompensados por sua ajuda e, em janeiro, vários combatentes estrangeiros foram nomeados para cargos de alto escalão nas novas Forças Armadas sírias, uma decisão que causou controvérsia.
É difícil estimar a importância dos combatentes estrangeiros para as forças de segurança sírias hoje em dia, avalia Aaron Zelin, esstudioso do HTS e membro do Instituto Washington, "porque, obviamente, há muito mais sírios do que estrangeiros".
Alguns, porém, são mais importantes do que outros, observa. Por exemplo, combatentes do contingente uigur agora atuam como uma espécie de força de segurança pessoal de al-Sharaa. "Eles são essencialmente aqueles que o protegem porque ele confia neles, são vistos como irmãos em armas na luta contra Assad", disse Zelin.
Um refugiado sírio que agora vive na Alemanha contou à DW que conheceu vários combatentes estrangeiros enquanto lutava contra as forças do regime de Assad na cidade síria de Aleppo. "Alguns eram bons, outros nem tanto", disse o sírio, pedindo anonimato por questões de segurança. "Eles eram muito focados na luta e muitos deles tinham uma mentalidade salafista", observou, referindo-se ao movimento muçulmano sunita ultraconservador e fundamentalista. "Eles queriam ir para onde as batalhas estavam acontecendo."
"Os que ficaram agora têm famílias na Síria. Então, pessoalmente, eu lhes daria uma chance, especialmente porque, se os expulsarmos, também expulsaremos as mulheres e as crianças. De qualquer forma, não se esqueçam, também há muitos sírios que compartilham pelo menos um pouco dessa mentalidade [religiosa]". acrescentou o ex-combatente.
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Quão perigosos são os combatentes estrangeiros?
Combatentes estrangeiros com inclinação religiosa mais radical foram acusados de participar de atos recentes de violência contra minorias sírias. Eles também foram acusados de policiar as vestimentas femininas e os costumes sociais nas grandes cidades da Síria.
Até recentemente, o HTS ainda se colocava como um "defensor do islamismo sunita", explicou o analista de pesquisa e especialista em Síria Orwa Ajjoub, em um texto para o Instituto Italiano de Estudos Políticos Internacionais. Mas, após a queda do regime de Assad, o grupo adotou uma postura mais liberal, segundo ele.
"Essa mudança abrupta de narrativa representa um ajuste significativo para suas bases", explicou Ajjoub. "Essa transição pode ser desafiadora para combatentes acostumados a uma visão mais restrita e sectária. Muitos combatentes do HTS, que nunca deixaram o ambiente conservador de Idlib, encontram agora comunidades menos conservadoras em Damasco."
Adesões ao "Estado Islâmico"
"Se o HTS continuar sua tendência a uma moderação relativa – como tolerar mulheres sem véu, venda de álcool e participação em um processo político de estilo ocidental [...], elementos linha-dura dentro do HTS, particularmente os jihadistas estrangeiros, podem se separar, desertar ou cooperar com o EI ou a Al-Qaeda", alertou em janeiro Mohammed Salih, pesquisador sênior do Instituto de Pesquisa de Política Externa, um think tank sediado na Filadélfia, nos EUA.
Estrangeiros que lutaram ao lado do HTS muitas vezes são temidos e admirados por suas habilidades de combateFoto: Juma Mohammad/AP Photo/picture alliance
Zelin, no entanto, disse ter dúvidas quanto à possibilidade de os combatentes estrangeiros na Síria representarem "qualquer ameaça em larga escala".
Aqueles que sentiam que o HTS não era mais radical o suficiente provavelmente já partiram, observou. Além disso, segundo Zelin, muitos dos combatentes estrangeiros menos radicais que permaneceram são altamente disciplinados. Há anos Al-Sharaa também tenta marginalizar, prender ou expulsar quaisquer combatentes estrangeiros que resistissem à nova direção do grupo.
É claro que combatentes estrangeiros ainda podem cometer crimes ou causar problemas, observou. "Mas a maior ameaça vem dos combatentes estrangeiros que já estão dentro do 'Estado Islâmico', aqueles que continuam a lutar em uma insurgência de baixa intensidade no leste da Síria, bem como os detidos no nordeste da Síria pelas Forças Democráticas Sírias (FDS)", explicou, se referindo aos campos de detenção administrados por curdos sírios.
O que vem a seguir para os combatentes estrangeiros?
Após o encontro de al-Sharaa com Trump, surgiram rumores de que as forças de segurança sírias haviam invadido bases de combatentes estrangeiros em Idlib. No entanto, observadores locais dizem que não está claro se se trataram apenas rumores, teatro político ou se as ações realmente aconteceram.
Uma grande repressão parece improvável. Membros do novo regime sírio argumentam que os combatentes estrangeiros não representam nenhuma ameaça a outros países, e que seu número reduzido não deve impactar significativamente o rumo do novo Exército sírio. De qualquer forma, o regime afirma que eles são leais ao novo governo. Especialistas dizem que integrá-los às novas forças de segurança sírias pode, na verdade, ser a melhor maneira de lidar com eles.
Ainda assim, Zelin avaliou que "de todos os pedidos feitos pelos EUA, este é provavelmente o mais difícil para a Síria". "Não acho que eles realmente queiram entregar os combatentes estrangeiros, a menos que, por exemplo, estejam fazendo algo contra a lei".
O mês de maio em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: Francesco Sforza/REUTERS
Torcida comemora vitória do PSG na Champions League
O Paris Saint-Germain venceu a Champions League pela primeira vez ao golear a equipe italiana Inter de Milão por 5 a 0. O PSG é apenas o segundo clube francês a conquistar o principal troféu do futebol europeu. Em paris, a Torre Eiffel se iluminou com as cores do time, e comemorações de torcedores levaram a confrontos coma polícia. (31/06)
Foto: Thibaud Moritz/AFP/Getty Images
Musk se despede do governo Trump após mandato conturbado
Bilionário participou de evento de despedida no Salão Oval ao lado do presidente americano, Donald Trump. Saída acontece após expressar "decepção" com um megaprojeto fiscal e orçamentário do presidente dos Estados Unidos. Mandato de Musk no governo ficou marcado por eliminar milhares de empregos no serviço público e acabar com programas na área de cooperação internacional. (30/05)
Foto: Nathan Howard/REUTERS
Vilarejo na Suíça é soterrado após colapso de geleira
Um vilarejo numa região turística da Suíça foi soterrado por uma massa de rochas e gelo após o colapso de um glaciar encobrir parte do Vale Lötsch. Lar de 300 moradores, local já havia sido evacuado dias antes após autoridades alertarem para riscos. Rio represado por desastre agora ameaça outras comunidades vale abaixo, e especialistas apontam papel do aquecimento global. (29/05)
Cooperação entre Berlim e Kiev para produzir armas de longo alcance
Alemanha e Ucrânia querem produzir armas de longo alcance em conjunto, anunciou o chanceler federal alemão, Friedrich Merz, ao receber em Berlim o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski. Carta de intenções prevê a fabricação conjunta e também a "aquisição de sistemas de armas de longo alcance de produção ucraniana". (28/05)
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Rei Charles 3° defende autodeterminação do Canadá
O rei Charles 3° destacou a independência do Canadá ao proferir o discurso inaugural do Parlamento na capital Ottawa, após repetidas ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de anexar seu vizinho norte-americano. Charles, que é chefe de Estado do Canadá, se tornou o primeiro monarca britânico em quase 70 anos a presidir a abertura do Parlamento canadense. (27/05)
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Motorista atropela torcedores no Reino Unido
Um motorista atropelou dezenas de torcedores que comemoravam a vitória do Liverpool FC na Premier League no Reino Unido. O incidente ocorreu na Water Street, no centro da cidade de Liverpool. Pelo menos 27 pessoas ficaram feridas. Um homem de 53 anos, de nacionalidade britânica, foi preso. (26/05)
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A Rússia lançou no domingo o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início da guerra, na segunda noite consecutiva de ataques intensos com drones e mísseis balísticos. A capital, Kiev, foi mais uma vez o foco da ofensiva, que deixou ao menos 12 mortos, incluindo 3 crianças, e dezenas de feridos. (25/05)
Foto: Russland-Ukraine-Krieg/picture alliance/AP
Ucrânia e Rússia trocam centenas de prisioneiros
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Morre Sebastião Salgado, gênio brasileiro da fotografia documental
Fotógrafo entrou em 1979 para a lendária agência Magnum Photos e ganhou fama internacional com suas imagens icônicas em preto e branco. Se no princípio a pobreza, a guerra e as migrações foram os principais motivos de seus trabalhos, mais tarde ele transformou sua obra numa homenagem colossal ao planeta. Reconhecido internacionalmente, Salgado morreu aos 81 anos. (23/05)
Foto: imago images / photothek
Israel reforça segurança de embaixadas após atirador matar dois de seus funcionários nos EUA
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Salão Oval vira, mais uma vez, palco de "emboscada"
O presidente dos EUA, Donald Trump, aproveitou a visita do presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, para apresentar supostas provas de um "genocídio" contra fazendeiros brancos sul-africanos, teoria propagada por Elon Musk. O mal-estar diplomático foi transmitido ao vivo. Jovens negros são as maiores vítimas da violência na África do Sul, que ainda enfrenta marcas do apartheid. (21/05)
Foto: Jim Watson/AFP/Getty Images
Reino Unido sanciona Israel por ofensiva militar em Gaza
Após avisar que tomaria "ações concretas" contra a escalada das operações israelenses em Gaza, o Reino Unido interrompeu as negociações sobre um acordo de livre comércio com Israel, convocou a embaixadora do país para prestar esclarecimentos e impôs novas sanções contra colonos da Cisjordânia. Já a UE disse estar aberta a revisar um acordo de associação com Israel. (20/05)
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Quase nove anos depois de votar pelo Brexit, o Reino Unido chegou a um amplo acordo com a União Europeia que vai redefinir seus laços comerciais e de defesa. O pacto viabiliza investimentos militares, reduz controles de fronteira e compartilha controle comercial marítimo. (19/05)
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Leão 14 celebra missa inaugural de seu pontificado
O papa Leão 14 celebrou sua missa de entronização, que inaugura seu pontificado e marca oficialmente o início de seu período à frente do Vaticano e da Igreja Católica. Na homilia, o papa pediu união e amor à humanidade, e condenou o sistema econômico que explora os recursos da Terra e marginaliza os pobres (18/05)
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Áustria vence Eurovision 2025
O festival Eurovision 2025 chegou ao fim com a vitória de Johannes Pietsch, conhecido como JJ, da Áustria, que apresentou a canção "Wasted Love". O cantor de ópera foi o vencedor com um total de 436 pontos, 154 dos quais obtidos através do voto popular. (17/05)
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Surto de gripe aviária no Brasil
A confirmação do primeiro surto de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil levou alguns países como China e Argentina a interromperem a compra de carne de frango brasileira, pressionando o mercado bilionário de exportação do produto. Governo afirma que as medidas de contenção e erradicação para debelar a doença e manter a capacidade produtiva do setor já foram tomadas. (16/05)
Foto: JUSTIN SULLIVAN/Getty Images/AFP
Israel intensifica ataques enquanto mantem bloqueio a Gaza
Defesa Civil palestina relatou mais de 100 mortes em apenas um dia em ataques israelenses à Faixa de Gaza, onde a crise humanitária e a escassez de recursos atingem níveis cada vez mais alarmantes. ONU alerta que estoques de alimentos, água potável, combustíveis e medicamentos atingiram níveis extremamente baixos. (15/05)
Foto: Hatem Khaled/REUTERS
Alemanha prende três por planejarem atos de sabotagem
O Ministério Público da Alemanha anunciou a prisão de três cidadãos ucranianos, dois deles na Alemanha e um na Suíça, por suspeita de atuarem como agentes da Rússia para realizar atos de sabotagem com explosivos no transporte de cargas alemão. (14/05)
Foto: Uli Deck/dpa/picture alliance
Morre "Pepe" Mujica, o presidente mais humilde do mundo
O ex-presidente do Uruguai José "Pepe" Mujica morreu aos 89 anos. Ele estava em estágio terminal de um câncer de esôfago e recebia cuidados paliativos. Sua morte foi informada pelo atual líder do país sul-americano, Yamandu Orsi. Líderes do mundo inteiro se despediram do ex-guerrilheiro uruguaio. (13/05)
Foto: Gerardo Vieyra/NurPhoto/IMAGO
Hamas anuncia libertação de refém israelense-americano
O braço armado do Hamas informou que libertou o soldado israelense-americano Edan Alexander, de 21 anos, que havia sido mantido como refém em Gaza desde 7 de outubro de 2023. A libertação ocorreu "após contatos com a administração dos EUA, no âmbito dos esforços dos mediadores para chegar a um cessar-fogo", disse a organização terrorista palestina em comunicado (12/05).
Foto: Ohad Zwigenberg/AP/dpa/picture alliance
Primeira bênção dominical do papa Leão 14
Em sua primeira bênção dominical na Praça de São Pedro, o papa Leão 14 pediu uma paz genuína e justa na Ucrânia e um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. "Depois desse cenário dramático de uma terceira guerra mundial em pedaços, como tantas vezes afirmou o papa Francisco, eu me dirijo também aos grandes do mundo, repetindo o apelo sempre atual: nunca mais a guerra", afirmou o pontífice. (11/05)
Foto: Vatican Media/ZUMA Press/IMAGO
Macron, Merz, Starmer e Tusk visitam Kiev
Os líderes do Reino Unido, Keir Starmer, da França, Emmanuel Macron, da Alemanha, Friedrich Merz, e da Polônia, Donald Tusk, se encontraram com o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, em Kiev, uma demonstração conjunta de apoio à Ucrânia. A visita ocorre um dia após o presidente russo, Vladimir Putin, receber aliados no evento que marcou os 80 anos do fim da Segunda Guerra em Moscou. (10/05)
Foto: LUDOVIC MARIN/POOL/AFP/Getty Images
Leão 14 celebra sua 1ª missa como novo papa
O papa Leão 14 celebrou sua primeira missa após ter sido escolhido como o novo líder da Igreja Católica. O missionário agostiniano retornou à Capela Sistina, onde ocorreu o conclave, para celebrar a missa na presença dos cardeais. Na homilia, disse que foi eleito para que a Igreja possa ser um "farol" para iluminar as regiões do mundo onde haja falta de fé. (09/05)
Foto: VATICAN MEDIA/Handout/AFP
Cardeal americano Robert Prevost é eleito novo papa
O conclave elegeu o cardeal americano Robert Prevost, de 69 anos, como o 267º papa da Igreja Católica. Missionário agostiniano, ele é o primeiro pontífice nascido nos EUA da história. Em seu primeiro discurso aos fiéis, homenageou o papa Francisco, pediu construção de pontos e paz a todos os povos. (08/05)
Foto: Guglielmo Mangiapane/REUTERS
Começa o conclave que irá eleger o novo papa
Cardeais de todo o mundo estão reunidos no Vaticano para eleger o próximo líder da Igreja Católica.133 cardeais de 71 países estão aptos a votar no maior e mais geograficamente diverso conclave em 2 mil anos de história. Ao fim do primeiro dia, fumaça preta na chaminé da Capela Sistina indicou que não houve consenso em torno de um novo nome. (07/05)
Foto: Gregorio Borgia/AP/picture alliance
Merz toma posse após tropeço histórico no Bundestag
O Bundestag (Parlamento) elegeu oficialmente, em segunda votação, o conservador Friedrich Merz, da União Democrata Cristã (CDU), como o novo chanceler federal do país Ele é o terceiro membro da CDU a chefiar o governo alemão desde a reunificação do país, em 1990. O conservador conseguiu o feito inédito de não conseguir se eleger na primeira rodada de votação (06/05).
Foto: Lisi Niesner/REUTERS
Israel se prepara para ampliar ofensiva militar em Gaza
O gabinete de segurança de Israel aprovou um plano para expandir as operações militares em Gaza, incluindo a "conquista" do território palestino e a pressão para que residentes se desloquem para o sul. No domingo, militares israelenses já haviam iniciado uma convocação em massa de reservistas para ampliar a ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza. (05/05)
Foto: Omar Ashtawy/ZUMAPRESS.com/picture alliance
Míssil disparado do Iêmen cai perto do aeroporto de Tel Aviv
O Aeroporto Internacional de Ben Gurion, na região de Tel Aviv, foi alvo de um ataque de míssil. Os rebeldes Houthis, do Iêmen, grupo aliado do Hamas, reivindicaram a autoria do ataque, que causou interrupção no tráfego aéreo. O exército israelense reconheceu que não conseguiu interceptar o míssil. (04/05)
Foto: Ohad Zwingenberg/AP/dpa/picture alliance
Austrália: esquerda reelege premiê em meio a onda anti-Trump
O primeiro-ministro da Austrália, o trabalhista Anthony Albanese, proclamou a vitória de seu partido nas eleições gerais. Ele se tornou, assim, o primeiro chefe de governo a conquistar um segundo mandato consecutivo de três anos em 21 anos. "Os australianos escolheram enfrentar os desafios globais do jeito australiano, cuidando uns dos outros e construindo o futuro", disse Albanese. (03/05)
Foto: Rick Rycroft/AP Photo/picture alliance
Inteligência alemã classifica AfD como extremista de direita
A inteligência interna da Alemanha classificou sigla de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD) como uma "organização comprovadamente extremista de direita" que ameaça a democracia e viola a dignidade humana ao tentar excluir grupos populacionais, como os imigrantes. A medida permite às agências de segurança monitorarem de forma mais incisiva o partido. (02/05)
Foto: dts Nachrichtenagentur/IMAGO
Trabalhadores ao redor do mundo protestam no 1º de Maio
Redução de jornada, garantia de direitos e melhoria do ambiente de trabalho foram algumas das reivindicações de manifestações em todo o mundo no Dia do Trabalhador, como nesta em Daca, capital de Bangladesh. A data remonta ao início de uma greve em Detroit ocorrida em 1886, que resultou na prisão e morte de trabalhadores. (01/05)