Québec vai impor imposto a não vacinados contra covid-19
12 de janeiro de 2022
Governo da província canadense considera que não é justo que maioria dos cidadãos arquem com as despesas de uma minoria que não deseja se imunizar. Não vacinados também não poderão comprar álcool e maconha.
Anúncio
O primeiro-ministro do Québec, a segunda província mais populosa do Canadá, anunciou nesta terça-feira (11/01) que os residentes adultos que se recusarem a se vacinar contra a covid-19 deverão pagar uma "contribuição de saúde".
François Legault disse que não se vacinar leva a consequências para o sistema de saúde e a maioria dos quebequenses não devem pagar por isso.
Ele afirmou que o imposto não será cobrado de quem não se imunizar por razões médicas. É a primeira vez que um governo estadual do Canadá anuncia uma penalidade financeira para pessoas que se recusam a se vacinar.
Legault disse que o valor do imposto ainda não foi decidido, mas será "significativo", não devendo ficar abaixo de 100 dólares canadenses (cerca de R$ 442).
Segundo Legault, cerca de 10% dos adultos do Québec não estão vacinados. No entanto, eles representam aproximadamente 50% dos pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
"Aqueles que se recusarem a receber suas primeiras doses nas próximas semanas terão que pagar uma contribuição de saúde", disse Legault. "A maioria pede que haja consequências. É uma questão de justiça para os 90% da população que fizeram alguns sacrifícios. Devemos isso a eles", destacou.
Proibição de venda de álcool e maconha
Na tentativa de conter a nova onda de infecções por coronavírus, O governo do Québec anunciou em 30 de dezembro o retorno de algumas restrições, incluindo um toque de recolher às 22h e a proibição de reuniões privadas.
Além disso, a partir de 18 de janeiro, para incentivar a vacinação, as lojas de bebidas alcoólicas e maconha – que é legalizada para uso recreativo no país desde 2018 - também exigirão comprovante de imunização. Após o anúncio, a procura por vacinas aumentou 400% em apenas uma semana.
O governo alertou, ainda, que shoppings e salões de beleza poderão exigir passaportes vacinais em breve.
Críticas da oposição
A fala de Legault provocou crítica de políticos. Eric Duhaime, chefe do partido de oposição conservador do Québec, disse que o imposto apenas "dividiria" os cidadãos. Já o chefe do partido liberal de Quebec, Dominique Anglade, que é a favor da vacinação obrigatória, chamou a taxa de "distração".
O Québec, cuja capital é Montreal, tem cerca de 8 milhões de habitantes e, atualmente, 2.742 pessoas hospitalizadas com covid-19, 255 delas em UTIs. As hospitalizações também continuam aumentando na província vizinha de Ontário, a mais populosa do Canadá, com 3.220 pessoas hospitalizadas e 477 em UTIs.
Anúncio
Penalidades em outros países
Embora o Québec seja o primeiro lugar a instituir um imposto específico, a pressão sobre aqueles que permanecem não vacinados por opção está aumentando em todo o mundo.
Singapura anunciou que não cobrirá mais os custos do tratamento de covid-19 para aqueles que recusaram a vacina.
Na Grécia, pessoas com mais de 60 anos têm até domingo para começar a se imunizar contra o coronavírus. Do contrário, serão multadas em 100 euros a cada mês que não forem vacinadas.
O ministro da Saúde da Áustria anunciou no mês passado que o governo planeja impor multas de até 3.600 euros às pessoas que desrespeitarem a exigência de vacina. A regra deve ser introduzida em fevereiro para todos os residentes maiores de 14 anos.
Na Itália, os moradores com mais de 50 anos que não se vacinarem poderão enfrentar multas de até 1.600 euros a partir de fevereiro.
le (ap, afp, ots)
As melhores cidades do mundo para se viver
Em 2019, Viena mantém a liderança entre 140 cidades avaliadas por consultoria britânica. Canadá e Austrália dominam o top 10. Critérios foram estabilidade, saúde, cultura e meio ambiente, educação e infraestrutura.
Foto: Bob Berwyn
1. Viena, Áustria
Com 99,1 de um total de 100 pontos possíveis, Viena é a cidade mais habitável do mundo pelo 2º ano consecutivo no ranking da Economist Intelligence Unit (EIU), que pertence ao mesmo grupo da revista "The Economist". Neste ano, a capital austríaca já havia sido apontada como a cidade com a melhor qualidade de vida pela empresa de consultoria Mercer, um título que defendeu todos os anos desde 2009.
Foto: Bob Berwyn
2. Melbourne, Austrália
Antes de ser desbancada do primeiro lugar por Viena em 2018, Melbourne liderou a lista "Global Liveability Index" por sete anos consecutivos. Com 98,4 pontos em 2019, ficou outra vez em segundo lugar, apesar de ter recebido 100 pontos nos quesitos saúde, educação e infraestrutura. Graças à sua próspera cena artística, Melbourne é considerada por muitos a capital cultural da Austrália.
Foto: Fotolia/peshkov
3. Sydney, Austrália
De acordo com o estudo, Sydney subiu do quinto para o terceiro lugar neste ano devido aos constantes esforços para enfrentar os impactos da mudança climática, melhorando a pontuação em relação aos aspectos ambiental e cultural. Mas a cidade mais populosa da Austrália ainda permanece um ponto atrás de sua rival, Melbourne.
Foto: picture alliance/dpa/robertharding
4. Osaka, Japão
Osaka caiu do terceiro para o quarto lugar na lista deste ano. A cidade entrou para o ranking das dez cidades mais habitáveis em 2018, após uma redução nas taxas de criminalidade e uma melhoria geral na qualidade do transporte. A cidade portuária é um forte centro econômico do Japão e tem a segunda maior área metropolitana depois de Tóquio.
Foto: Getty Images/UIG/Dukas
5. Calgary, Canadá
Embora tenha caído da quarta para a quinta posição na pesquisa deste ano, Calgary continua sendo a cidade mais habitável da América do Norte, superando as rivais canadenses Vancouver e Toronto. Com 1,3 milhão de habitantes, Calgary é reconhecida por sua alta qualidade de vida.
Foto: picture-alliance/blickwinkel/M. Lohmann
6. Vancouver, Canadá
Vancouver foi a primeira do ranking de 2002 a 2010 e novamente em 2015. Apesar de cair alguns pontos, a cidade mais populosa da Columbia Britânica somou 97,3 pontos, com pontuações perfeitas em saúde, cultura e meio ambiente, educação e infraestrutura.
Foto: Don Emmert/AFP/Getty Images
7. Toronto, Canadá
Toronto completa as cidades da América do Norte na lista das dez melhores para se viver no mundo, com uma pontuação geral de 97,2 em termos de habitabilidade. A metrópole mais populosa do Canadá também foi nomeada a cidade contemporânea mais multicultural do mundo. Metade (51%) de seus moradores vem de fora do Canadá. Na cidade moram pessoas de 230 nacionalidades.
Foto: picture alliance/All Canada Photos
8. Tóquio, Japão
Tóquio passou por uma grande transformação por causa dos preparativos para os Jogos Olímpicos de 2020. Isso fez a cidade somar 97,2 pontos no estudo da Economist Intelligence Unit. A capital japonesa também é conhecida por ser uma das cidades mais seguras do mundo. Ela é popular entre os turistas que procuram tanto o ultramoderno como o tradicional.
Foto: Getty Images/AFP/K. Nogi
9. Copenhague, Dinamarca
Depois de Viena, Copenhague é a segunda cidade europeia na lista das dez mais habitáveis do planeta. Apesar do custo de vida relativamente alto, a capital da Dinamarca oferece uma excelente infraestrutura e uma ótima assistência à saúde. Um de seus fortes é o incentivo ao ciclismo. Até 2025, a meta do governo municipal é que 50% das pessoas se desloquem de bicicleta de casa para o trabalho.
Foto: Morten Jerichau/Wonderful Copenhagen
10. Adelaide, Austrália
Adelaide é a terceira cidade australiana na lista das dez melhores para se viver no mundo em 2019. Com uma população de 1,3 milhão de habitantes, a chamada Cidade das Igrejas, pelo grande número de templos religiosos, é menor que Melbourne e Sydney, mas está se tornando cada vez mais conhecida por suas vinícolas de classe mundial, praias intocadas e crescente cena gastronômica.