Quadro de Klimt é o terceiro mais caro já leiloado na Europa
2 de março de 2017
Valor de 48 milhões de libras é recorde para um pintor austríaco. Obra foi pintada durante período áureo da carreira do simbolista e é considerada uma obra-prima da arte vienense do início do século passado.
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A paisagem floral Bauerngarten, de 1907, do simbolista austríaco Gustav Klimt, foi vendida por 47,97 milhões de libras (59 milhões de dólares), um recorde para um pintor austríaco e o terceiro maior preço já alcançado por uma obra num leilão na Europa, segundo a casa Sotheby's.
Na mesma sessão, dedicada à arte impressionista e moderna, arrematou-se por 17,03 milhões de libras a natureza morta Planta de Tomate, de Pablo Picasso, que o artista espanhol pintou em 1944, pouco antes da libertação de Paris pelos Aliados, na Segunda Guerra Mundial. Esta é a natureza morta mais cara já leiloada do artista, segundo a Sotheby's.
Clássicos da Pintura: "O Beijo", de Gustav Klimt
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O retrato Portrait de Baranowski, feito pelo italiano Amedeo Modigliani, foi leiloado por 16,02 milhões de libras. O óleo, uma das 39 pinturas do italiano que foram exibidas na Bienal de Veneza de 1930, mostra uma modelo de corpo alongado e formas geométricas e estilizadas.
O quadro de Klimt, estrela do leilão, foi pintado durante o período áureo da carreira do austríaco e é considerado uma obra-prima da arte vienense do início do século passado.
Já a tela de Picasso é um dos quadros de uma série de cinco que tem sido considerada um símbolo pictórico da resistência e vitória das forças aliadas na Europa. No verão de 1944, o pintor espanhol vivia com sua amante, a modelo Marie-Thérèse Walter, no Boulevard Henri 4º de Paris, semanas antes de os Aliados libertarem a cidade dos nazistas.
Picasso começou a observar a evolução de uma planta de tomate que crescia nas janelas do apartamento, numa época em que havia escassez de comida, e tomou a resistência do vegetal como um símbolo de esperança.
Outro quadro do pintor espanhol vendido na sessão, por 13,65 milhões de libras, foi o óleo Femme nue assise, de 1965, que ele criou quando vivia com sua musa Jacqueline Roque.
AS/efe/rtr
As obras de arte mais caras do mundo
Colecionadores pagam fortunas por obras de artistas famosos. Poucos trabalhos, no entanto, foram comprados por mais de 100 milhões de dólares. Veja as dez obras mais valiosas.
Foto: picture-alliance/AP Photo/S. Wenig
O mais caro do mundo
A pintura "Salvator mundi" (Salvador do Mundo), de Leonardo da Vinci, foi leiloada em Nova York em 15 de novembro de 2017 por 450 milhões de dólares, tornando-se o quadro mais caro de todos os tempos. A pintura a óleo representando Cristo foi feita em madeira há 500 anos e mede 66 x 46 cm. Não foi revelado quem adquiriu o quadro, que era a última obra conhecida do autor em mãos privadas.
Foto: picture-alliance/AP Photo/S. Wenig
Picasso está na lista quatro vezes
O quadro "As mulheres de Argel (versão 0)", de Pablo Picasso, foi leiloada em 11 maio de 2015. Por mais de 179 milhões de dólares, a tela mudou de dono na casa Christie's de Nova York. Com essa transação, o pintor moderno espanhol aparece quatro vezes na lista das obras de arte que alcançaram os lances mais altos. E está em excelente companhia.
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Vice-campeão italiano
O pintor italiano Amedeo Modigliani pintou este "Nu deitado" em 1917, três anos antes de morrer. Em novembro de 2015, a tela foi arrematada na Christie's de Nova York por 170,4 milhões de dólares. O novo proprietário é Liu Yiqian, negociante e bilionário de Xangai, China.
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Bacon, o ex-número um
"Três estudos de Lucian Freud" de Francis Bacon era, até maio de 2015, o quadro mais caro já leiloado. Em 2013, os retratos que o inglês fez do também pintor Freud foram arrematados por 142,4 milhões de dólares. O tríptico pertence à colecionadora americana Elaine Wynn.
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Venda privada
O quadro "Adele Bloch-Bauer I" foi pintado pelo austríaco Gustav Klimt em 1907 e é mais conhecido como "Adele Dourada". Em 2006, o empresário americano Ronald Lauder o adquiriu por 135 milhões de dólares para uma galeria em Nova York, onde está exposto. Trata-se de uma venda particular, mas que foi organizada pela casa de leilões Christie's.
Em maio de 2012, a versão em pastel de "O grito", feita pelo norueguês Edvard Munch em 1985, foi leiloada por 119,9 milhões de dólares. Poucos sabem, no entanto, que há quatro versões deste quadro. Ao lado de "Mona Lisa", de Da Vinci, e "Girassóis", de Van Gogh, é um dos quadros mais conhecidos no mundo. O comprador foi o americano Leon Black.
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Monet: recorde do Impressionismo
Em maio de 2019, uma pintura da série "Meules", do pintor francês Claude Monet, foi vendida por US$ 110,7 milhões em um leilão em Nova York, marcando um recorde para o artista e para o Impressionismo. Pintada no inverno de 1890 na casa do artista em Giverny, na região francesa da Normandia, a obra é considerada um dos ícones do Impressionismo.
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Nudez milionária
Pablo Picasso pintou "Nu com folhas verdes e busto" num único dia de 1932, retratando sua amante da época. Em termos atuais, um salário-hora milionário. Em 2010, um colecionador incógnito arrematou a tela pelo telefone, por 106,5 milhões de dólares. Em 2011, foi emprestada à galeria Tate, de Londres.
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"Acidente com carro prata", de Andy Warhol
Em 1963, o artista americano Andy Warhol produziu esta obra, que mostra várias imagens de um acidente de carro. A obra-prima foi leiloada por 105,4 milhões de dólares pela Sotheby's em 2013.
Foto: AUSSCHNITT: picture-alliance/dpa/Sotheby's
Outra obra de Picasso
O óleo "Rapaz com cachimbo" foi pintado por Pablo Picasso em 1905. Ele marca a transição do período azul para rosa do pintor. O quadro foi leiloado em Nova York em 2004 por 104,2 milhões de dólares.
Foto: picture-alliance/dpa
Escultura mais cara
O modernista suíço Alberto Giacometti também quebrou o próprio recorde no leilão de maio de 2015 em Nova York. Sua escultura "Homem apontando" alcançou 141,3 milhões de dólares.
Outra escultura de bronze de Giacometti, "Homem caminhando I" foi arrematada por 103,7 milhões de dólares pela filantropa brasileira Lily Safra. A escultura, de 1960, é considerada uma das mais destacadas obras de arte suíças no século 20. Ainda hoje ela estampa a cédula de 100 francos suíços.