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Quadros de Andy Warhol vendidos em leilão causam polêmica na Alemanha

13 de novembro de 2014

As obras "Triple Elvis" e "Four Marlons" pertenciam a um cassino da rede alemã Westspiel, da Renânia do Norte-Vestfália. Críticos condenam a saída de bens culturais do estado para tapar buracos no orçamento.

Andy Warhols Werke Auktion Christie's
Foto: Reuters/Brendan McDermid

Dois quadros raros de Andy Warhol, pertencentes a um cassino do estado alemão da Renânia do Norte-Vestfália e vendidos nesta quarta-feira (12/11) pela renomada casa de leilões Christie's, em Nova York, têm causado polêmica na Alemanha.

As duas obras, Triple Elvis e Four Marlons, que retratam o cantor Elvis Presley e o ator Marlon Brando em telas de 2,13 metros de altura, haviam sido adquiridas nos anos de 1970 pela companhia de cassino alemã Westspiel, de propriedade do banco estatal NRW. Críticos afirmam que a venda serviu como medida para tapar buracos orçamentários e condenam a saída de bens culturais do país.

Triple Elvis e Four Marlons estão entre as obras mais famosas de Warhol e foram arrematadas por US$ 81,9 milhões e US$ 69,6 milhões, respectivamente. Elas foram as grandes responsáveis por levar a Chrstie's a bater um recorde: as vendas do dia totalizaram US$ 852,9 milhões, o mais alto valor já arrecadado em um leilão.

A pintura que retrata Elvis três vezes, arrematada por um preço muito além da expectativa de US$ 60 milhões, havia sido comprada pelo cassino por apenas US$ 85 mil, enquanto a serigrafia Four Marlons foi adquirida pelo Westspiel por US$ 100 mil.

O mercado de arte, entretanto, é considerado imprevisível e as imagens de Warhol sempre causaram surpresas na avaliação, tanto negativas quanto positivas.

Rebatendo as críticas

Os operadores da rede Westspiel pretendem com o lucro do leilão reestruturar seus cassinos deficitários e construir uma nova casa de jogos em Colônia. Logo após as vendas das duas obras de arte, o ministro das finanças do estado, Norbert Walter-Borjans, rebateu as críticas.

Em entrevista à rádio WDR2 na manhã desta quinta-feira, ele declarou que empresas de propriedade do Estado devem agir como qualquer outra empresa. "Se as finanças não vão bem, a primeira coisa que se olha é: 'o que eu tenho de patrimônio próprio?'", disse.

Contra críticas sobre a saída de bens culturais da Alemanha, o primeiro-ministro alemão Hannelore Kraft declarou que as obras não são patrimônio nacional, mas de propriedade privada da Westspiel. Ele assegurou que o país não tem a intenção de vender obras de arte de posse direta do Estado.

NM/ap/dpa

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