Recente avanço de coalizão de milícias insurgentes alterou totalmente a guerra civil da Síria, com a deposição de Assad. Quem são os grupos rebeldes e as potências que estão moldando o cenário após o fim do regime?
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A guerra civil da Síria chegou a um momento decisivo com a queda do ditador Bashar al-Assad, pondo fim a um regime de décadas marcado pela corrupção, repressão e intervenção estrangeira.
Uma coalizão de forças rebeldes iniciou uma ofensiva relâmpago que alterou drasticamente o curso do conflito, que havia anos aparentava estar congelado.
No entanto, a oposição síria é uma colcha de retalhos de grupos com ideologias e objetivos conflitantes. Muitos são apoiados por potências estrangeiras, o que muitas vezes os coloca em conflito uns com os outros.
Estes são os principais atores que poderão moldar o cenário pós-Assad na Síria:
Organização para a Libertação do Levante
A recente ofensiva que levou à queda do regime de Bashar al-Assad foi liderada pela milícia Organização para Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, ou HTS), um grupo militante islamista liderado por Abu Mohammed al-Jolani, cujo nome verdadeiro é Ahmad al-Sharaa.
O HTS está profundamente enraizado na guerra civil síria. Inicialmente criado com o nome de Frente Al Nusra, em 2011, o grupo era a filial local da Al Qaeda, fundado com o envolvimento de Abu Bakr al-Baghdadi, o líder jihadista que mais tarde iria se desligar da Al Qaeda para liderar o Estado Islâmico.
Conhecida por sua ideologia jihadista, a Frente Al Nusra frequentemente entrava em conflito com outros grupos de oposição, incluindo a então principal coalizão rebelde, o Exército Livre da Síria.
Em 2016, Jolani rompeu os laços com a Al Qaeda e rebatizou o grupo como Organização para Libertação do Levante, fundindo-o posteriormente com várias facções islamistas menores.
Embora a ideologia do HTS permaneça amplamente alinhada com a Al Qaeda, a principal diferença está no foco: o HTS se concentra na luta contra o regime de Assad e no estabelecimento de um governo islâmico fundamentalista na Síria, distanciando-se de ambições globais mais amplas, como a do "califado mundial".
Desde então, o HTS consolidou sua base de poder na província de Idlib, no noroeste do país, onde atua como o governo de fato e tenta passar uma imagem de moderação. No entanto, acusações de moradores e grupos de direitos humanos de brutal desrespeito dos direitos humanos prejudicam esses esforços por legitimidade.
O HTS é considerado uma organização terrorista pela ONU, pelos EUA e também pela Turquia. No entanto, a recente ofensiva do grupo para derrubar Assad se alinha aos interesses turcos e provavelmente não teria ocorrido sem a coordenação e o apoio da Turquia, apesar de as autoridades turcas negarem envolvimento direto.
Analistas dizem que o governo turco estava informado sobre a ofensiva dos insurgentes jihadistas. Sem o consentimento ou mesmo o apoio de Ancara, eles não teriam tido qualquer chance, diz o especialista em Oriente Médio Michael Lüders.
"Ancara certamente não apenas sabia desse avanço, como também o apoiou militarmente. Porque os insurgentes obviamente precisam de armas apropriadas. Devido à sua localização geográfica, eles só podem obtê-las da Turquia", afirmou Lüders em entrevista à emissora alemã Deutschlandfunk.
Exército Nacional Sírio (SNA)
Além do HTS, muitas outras milícias estão lutando na guerra civil da Síria e perseguem suas próprias agendas.
Um grande grupo da oposição armada que participou da ofensiva contra Damasco é o Exército Nacional Sírio (SNA), criado em 2017 e que reúne dezenas de facções com ideologias variadas.
Em contraste com a Organização para a Libertação do Levante, mais centralizada e coesa, o SNA é uma coalizão fragmentada de grupos armados distintos. Alguns deles operavam anteriormente sob a bandeira do Exército Livre da Síria. Frequentemente, alguns desses grupos entraram em conflito entre si.
Apesar de suas divisões internas, muitas facções do SNA têm em comum os laços com a Turquia. Algumas, como a Brigada Sultão Suleiman Shah, a Divisão al-Hamza e a Divisão Sultão Murad, estão estreitamente alinhadas com Ancara, refletindo o apoio turco por meio de nomes que homenageiam figuras otomanas.
Entretanto, nem todas as facções do SNA estão totalmente alinhadas aos interesses turcos. Alguns grupos, embora cooperem com Ancara, procuram equilibrar suas próprias prioridades. Por exemplo, a coalizão inclui facções rebeldes influentes como a Ahrar al-Sham, cujos objetivos declarados são "derrubar o regime de Assad" e "estabelecer um estado islâmico governado pela lei da sharia".
Nos últimos dias, as forças do SNA entraram em confronto com as forças curdas nas províncias do norte e tomaram várias cidades e vilarejos estratégicos. Essas operações estão alinhadas com o que é o principal objetivo da Turquia na Síria: derrubar o governo autônomo curdo no norte-nordeste da Síria e impedir a presença de organizações e militares curdos ao longo da fronteira turco-síria.
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Forças Democráticas Sírias (SDF)
As Forças Democráticas Sírias (SDF) são uma coalizão sobretudo de combatentes curdos, mas também de árabes e outros grupos étnicos, que se formou durante a guerra civil da Síria.
Formadas em 2015, as SDF operam sob a liderança das Unidades de Proteção Popular (YPG), uma organização armada curda, e receberam apoio significativo dos EUA, especialmente na campanha contra o grupo terrorista Estado Islâmico.
Depois que o Estado Islâmico foi em grande parte derrotado, as forças lideradas pelos curdos consolidaram o controle sobre as cidades do nordeste da Síria, onde são o braço armado de um governo autônomo curdo.
No entanto, os combatentes curdos ainda enfrentam seu inimigo de longa data, a Turquia, que os vê como a extensão de uma insurgência separatista curda e do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que o governo em Ancara classifica de terrorista.
Turquia
A Turquia exerceu sua influência na Síria principalmente por meio do apoio de grupos armados, no caso turco sobretudo o SNA. Mas, desde o início da guerra civil, os militares turcos também fizeram várias intervenções militares do outro lado da fronteira com a Síria, principalmente contra as forças lideradas pelos curdos sírios.
A operação mais recente data de outubro de 2019, com o objetivo de Ancara de empurrar os combatentes curdos a pelo menos 30 quilômetros de distância de sua fronteira e estabelecer uma chamada "zona segura" em partes da Síria, para onde planeja enviar refugiados.
Desde então, a Turquia na prática tem controlado uma área ao longo da fronteira norte da Síria, o que permitiu a coordenação com grupos rebeldes.
Rússia
A Rússia foi, ao lado do Irã, o principal parceiro de Assad, fornecendo apoio militar e logístico desde a sua intervenção, em 2015. Os ataques aéreos russos foram fundamentais para Assad virar o jogo e ajudaram o ditador agora deposto a se manter no poder por anos.
Porém, a capacidade russa de intervir diminuiu à medida que os recursos foram sendo desviados para a guerra na Ucrânia.
A queda de Assad provavelmente significa o fim das bases militares russas na Síria. "Não consigo ver como o novo regime ou a nova ordem sociopolítica permitirá que os russos permaneçam depois de tudo o que eles fizeram para sustentar o regime de Assad", opinou o especialista em segurança Andreas Krieg, do King's College de Londres.
O serviço secreto militar ucraniano comunicou que a Rússia já começou a retirar seus navios de guerra da base marítima em Tartus, a maior da Rússia no Oriente Médio e que fica no Mar Mediterrâneo, bem como equipamento militar remanescente na base aérea de Hmeimim, na província de Lataquia.
"O mundo inteiro foi surpreendido pelo que aconteceu. Nós não somos exceção", afirmou o porta-voz do Kremlin.
Irã
O Irã tinha a Síria como um elemento essencial do Eixo da Resistência, uma coalizão de milícias e governos no Oriente Médio que são unidas pela luta contra a influência dos EUA e de Israel.
O Irã apoiou Assad enviando forças iranianas e militantes do Hezbollah, e em troca o regime sírio permitiu a passagem de armas do Irã e do Iraque para o Líbano.
O primeiro golpe no Eixo da Resistência foi a esmagadora campanha militar israelense contra o Hamas, em Gaza, um dos grupos apoiados pelo Irã. Depois Israel atacou o aliado mais poderoso do Irã, a milícia Hezbollah, no Líbano, eliminando praticamente toda a sua liderança. E agora o aliado de longa data na Síria também saiu do mapa.
O alto funcionário iraniano afirmou à agência de notícias Reuters que o Irã abriu uma linha direta de comunicação com os rebeldes da nova liderança síria numa tentativa de "evitar uma trajetória hostil" entre os dois países.
"A principal preocupação do Irã é se o sucessor de Assad afastará a Síria da órbita de Teerã", disse uma outra autoridade iraniana. "Esse é um cenário que o Irã quer evitar."
Estados Unidos
Os EUA inicialmente apoiaram grupos de oposição durante os estágios iniciais da guerra civil, que se iniciou em 2011, mudando posteriormente o foco para o combate ao Estado Islâmico, com apoio aos combatentes curdos.
Atualmente, cerca de 900 soldados americanos permanecem na Síria, principalmente nas áreas ricas em petróleo e controladas pelos curdos no nordeste do país, bem como num posto militar avançado na zona de fronteira entre a Síria, o Iraque e a Jordânia.
O mês de dezembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: Anas Alkharboutli/dpa/picture alliance
Mundo celebra chegada de 2025
Milhões foram às ruas para comemorar a virada do ano em diversos países. Na Austrália, um milhão de pessoas viram o show de fogos de artifícios na capital do país. (31/12)
Foto: Bianca De Marchi/AAP via REUTERS
2024 é o ano mais quente já registrado, confirma ONU
As mudanças climáticas desencadearam uma série de eventos climáticos extremos e uma década de calor sem precedentes, afirmou a Organização Meteorológica Mundial. O órgão confirmou que 2024 é o ano mais quente já registrado, com recorde de emissões de gases do efeito estufa, e apelou ao mundo para que abandone a "estrada rumo à ruína". (30/12)
Foto: MARIO TAMA/AFP/Getty Images
Acidente de avião na Coreia do Sul
Um avião com 181 pessoas a bordo saiu da pista e explodiu após pousar no aeroporto de Muan, na Coreia do Sul. Segundo autoridades, a explosão deixou 179 mortos. Dois pessoas sobreviveram. O avião da companhia Jeju Air partiu da capital da Tailândia, Bangcoc, com destino a Muan. Uma falha no trem de pouso, ocasionada provavelmente por uma colisão com pássaros, teria causado a tragédia. (29/12)
Foto: Yonhap via REUTERS
Manifestantes na Geórgia fazem corrente humana para pedir nova eleição
Milhares de pessoas formaram uma corrente humana na capital da Geórgia, Tbilisi, para exigir novas eleições parlamentares, marcando um mês de protestos pró-UE. O país está tensionado desde as contestadas eleições parlamentares de outubro e da escolha de um presidente pró-Rússia para comandar o país. (28/12)
Foto: Zurab Tsertsvadze/picture alliance
Sonda da Nasa atinge aproximação recorde do Sol
A sonda espacial Parker Solar Probe, da Nasa, conseguiu chegar mais próximo do Sol do que qualquer objeto já fabricado por humanos e está "operando normalmente", segundo a agência espacial americana. Ela agora entra em órbita, como visto nesta ilustração, a 6,1 milhões de quilômetros da superfície do Sol. (27/12)
Foto: APL/NASA/ZUMA Wire/picture alliance
Finlândia apreende navio suspeito de sabotar cabo de energia
Autoridades da Finlândia apreenderam e assumiram o comando de um navio-tanque de combustível suspeito de sabotar um cabo submarino de energia. A embarcação, que navega sob bandeira das Ilhas Cook, faria parte da frota fantasma usada pela Rússia para contornar sanções que impedem Moscou de exportar petróleo. (26/12)
Foto: PantherMedia/picture alliance
Avião da Embraer cai no Cazaquistão
Um avião de fabricação brasileira modelo Embraer 190 que decolou do Azerbaijão com destino à Rússia levando 67 pessoas caiu próximo à cidade de Aktau, no Cazaquistão, informaram autoridades cazaques, que contabilizam pelo menos 29 sobreviventes do acidente. A aeronave era operada pela Azerbaijan Airlines. (25/12)
Foto: Azamat Sarsenbayev/REUTERS
"O ódio não pode ter a palavra final", diz presidente alemão em discurso de Natal
Em seu tradicional discurso de Natal à nação, o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, abordou o ataque a um mercado de Natal em Magdeburg na semana passada, que deixou cinco mortos. Pedindo união e coesão ao país, Steinmeier se solidarizou com as famílias das vítimas e os feridos e afirmou que "ódio e a violência não podem ter a palavra final". (24/12)
Equipes buscam desaparecidos após colapso de ponte sobre o Rio Tocantins
Equipes de resgate buscam 14 desaparecidos após a Ponte Juscelino Kubitschek, que liga os estados do Tocantins e do Maranhão, colapsar no último domingo, provocando a queda de 10 veículos. Ao menos três mortes foram confirmadas até o momento. Devido ao derramamento de produtos tóxicos no acidente, autoridades proibiram o uso da água do Rio Tocantins em 19 municípios. (23/12)
Foto: Bombeiro Militar/Governo do Tocantins
Queda de avião em Gramado mata empresário e 9 familiares
Um avião de pequeno porte caiu no município de Gramado, no Rio Grande do Sul. A aeronave atingiu uma loja de móveis, uma pousada e residências perto do centro da cidade. Os dez ocupantes da aeronave morreram. Todos eram da mesma família. Outras 17 pessoas que estavam no solo foram encaminhadas a um hospital, duas delas em estado grave. (22/12)
Foto: Defesa Civil do Rio Grande do Sul/Divulgação
Magdeburg tem dia de homenagens e protestos após ataque
Centenas de pessoas homenagearam as vítimas de um atentado que deixou 5 mortos e 200 feridos em Magdeburg. O suspeito do crime é um médico saudita de 50 anos, que se dizia ex-muçulmano, alegava ser perseguido por radicais religiosos e simpatizava com a ultradireitista AfD. Em resposta, manifestantes ocuparam as ruas da cidade com slogans anti-imigração. (21/12)
Foto: Michael Probst/AP/picture alliance
Motorista invade mercado de Natal na Alemanha e atropela dezenas
Um motorista avançou em alta velocidade contra um mercado de Natal na cidade alemã de Magdeburgo, no estado da Saxônia-Anhalt, leste da Alemanha, atropelando dezenas de pessoas e deixando mortos e feridos. O suspeito, um médico psiquiatra saudita de 50 anos, foi preso. Aparentemente, ele tinha perfil crítico ao islã. (20/12)
Foto: Heiko Rebsch/dpa/picture alliance
Ex-marido de Gisèle Pelicot é condenado a 20 anos de prisão
Dominique Pelicot, que passou uma década dopando sua então esposa, Gisèle, e convidando outros homens a estuprá-la, foi condenado a 20 anos pela Justiça francesa. Ele foi considerado culpado por estupro com agravantes e por gravar e distribuir imagens dos atos. Gisèle tornou-se um ícone feminista global ao decidir tornar público o julgamento e assistir às sessões com o rosto descoberto. (19/12)
Foto: Laurent Coust/ABACA/picture alliance
Macron e Zelenski discutem envio de tropas europeias à Ucrânia
Presidentes da Franca, Emmanuel Macron, e da Ucrânia, Volodimir Zelenski, voltaram a discutir possibilidade de a Europa enviar tropas para a Ucrânia no intuito de ajudar a alcançar uma paz estável. "Garantias confiáveis são essenciais para que a paz possa realmente ser alcançada”, disse Zelenski, que também se reuniu com chefe da Otan, Mark Rutte, em Bruxelas. (18/12)
Foto: Nicolas Tucat, Pool Photo via AP/picture alliance
General russo morre em explosão em Moscou
O general Igor Kirillov, chefe da defesa radiológica, química e biológica da Rússia, foi morto num ataque a bomba em Moscou. A bomba foi acionada quando Kirillov, de 54 anos, estava saindo de uma casa com seu assessor, que também foi morto no atentado. Investigadores citados pelo jornal Kommersant apontaram os serviços secretos ucranianos como os possíveis autores do ataque. (17/12)
Foto: ASSOCIATED PRESS/picture alliance
Olaf Scholz perde moção de confiança
O chanceler alemão Olaf Scholz perde voto de confiança no Bundestag (parlamento alemão) depois de não conseguir obter a maioria no Legislativo após o colapso de seu governo de coalizão. O resultado abre caminho para a dissolução da atual legislatura e a convocação de eleições federais antecipadas, que devem ocorrer em 23 de fevereiro, marcand o fim da era Scholz. (16/12)
Foto: Lisi Niesner/REUTERS
Escolas reabrem na Síria após queda do regime de Assad
Dezenas de crianças e adolescentes voltaram às escolas em Damasco neste domingo, uma semana após a queda do ditador Bashar al-Assad. A rotina também está lentamente voltando ao normal em universidades e nos centros comerciais, depois de um período de comemorações e incertezas sobre o futuro da Síria. (15/12)
Foto: Ammar Awad/REUTERS
PF prende general Braga Netto no inquérito do golpe
Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes mandou prender preventinamente o ex-ministro da Defesa de Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto, acusado de tentar obstruir as investigações. Ele é tomado pela Polícia Federal como um dos coordenadores do plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aplicar um golpe de Estado. (14/12)
Foto: SERGIO LIMA/AFP
Multidão toma as ruas de Damasco para celebrar queda de Assad
Milhares de pessoas se reuniram em cidades sírias para celebrar o fim do regime de Bashar al-Assad após as primeiras orações de sexta-feira desde que os rebeldes assumiram o poder. Em Damasco, uma multidão se reuniu na praça Umayyad, no centro da capital. O local é simbólico por ter também recebido os protestos massivos de 2011, que deram início à guerra civil no país. (13/12)
Foto: Ghaith Alsayed/AP/dpa/picture alliance
Trump é a Pessoa do Ano de 2024 da revista "Time"
Publicação cita "volta por cima de proporções históricas" ao justificar escolha e diz que republicano é beneficiário e agente da perda de confiança nos valores liberais. (12/12)
Foto: Heather Khalifa/AP Photo/picture alliance
Assembleia Geral da ONU pede cessar-fogo imediato, incondicional e permanente em Gaza
Por 158 votos favoráveis, órgão que reúne 193 países pediu o fim do conflito entre Israel e o Hamas no território palestino e a libertação imediata de todos os reféns sequestrados por islamistas. Mas diferentemente das votações no Conselho de Segurança, decisão não é juridicamente vinculativa. Conflito em Gaza já dura 14 meses, sem fim à vista. (11/12)
Foto: Mohammed M Skaik/Avalon/picture alliance
Rebeldes sírios anunciam novo governo de transição
Mohammad al-Bashir, que liderava o governo no reduto rebelde de Idlib, vai assumir gestão interina do país até 1º de março, mudando a liderança do país após 24 anos de regime de Bashar al-Assad. Novo primeiro-ministro é ligado ao grupo radical islâmico HTS. (10/12)
Foto: Omar Haj Kadour/AFP/Getty Images
STF obriga PM de São Paulo a manter uso de câmeras corporais
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais pelos policiais militares do estado de São Paulo. A determinação é uma derrota para o governador Tarcísio de Freitas, que desde a campanha eleitoral se posicionou contra o uso dos equipamentos e vinha tentando propor modelos alternativos. (09/12)
Foto: FotoRua/NurPhoto/IMAGO
Rebeldes derrubam regime na Síria, e Assad foge para a Rússia
Após uma ofensiva que durou menos de duas semanas, insurgentes sírios liderados pelo grupo islamista Organização para a Libertação do Levante (HTS) chegaram à capital da Síria, Damasco, e a declararam "livre" do regime do presidente Bashar al-Assad. Citando fontes do Kremlin, veículos russos afirmam que o ditador e sua família estão asilados em Moscou. (08/12)
Foto: Louai Beshara/AFP
Restaurada, Catedral de Notre-Dame é reaberta cinco anos após incêndio devastador
Bancada por doações, reconstrução de monumento arquitetônico parisiense custou cerca de 700 milhões de euros e demandou o trabalho de cerca de 2 mil especialistas. Construída entre os séculos 12 e 14, catedral quase foi destruída em incêndio de causas desconhecidas. Solenidade foi prestigiada por chefes de governo e de Estado do mundo inteiro. (07/12)
Foto: Stevens Tomas/ABACA/IMAGO
Mercosul e União Europeia anunciam acordo de livre comércio
Após 25 anos de negociações, blocos concluíram texto final do acordo que prevê a redução ou eliminação de tarifas e barreiras comerciais, facilitando a exportação de produtos de ambos os lados. A líder da UE, Ursula von der Leyen (centro), disse que o pacto é uma "vitória para Europa". Ratificação deve, porém, esbarrar em resistência de países como a França. (06/12)
Foto: EITAN ABRAMOVICH/AFP/Getty Images
Após tomar Aleppo, Rebeldes avançam pela Síria e anunciam conquista de Hama
Islamistas apoiados pela Turquia fizeram seu mais rápido avanço em 13 anos de guerra civil no país. A captura de Hama vem após o enfraquecimento do Hezbollah, tradicional aliado do ditador sírio Bashar al-Assad, ao lado de Rússia e Irã. (05/12)
Governo da França é derrubado após moção de censura
Deputados de esquerda e da ultradireita se uniram para derrubar o governo do premiê francês, Michel Barnier, que assumiu o cargo há menos de 100 dias. Barnier enfrentava duas moções de censura, após usar um controverso mecanismo para forçar a aprovação do Orçamento. A primeira moção acabou sendo aprovada com 331 votos, selando o fim do governo do aliado do presidente Emmanuel Macron. (04/12)
Foto: Sarah Meyssonnier/REUTERS
Presidente sul-coreano impõe e depois desiste de lei marcial
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, surpreendeu o país e o mundo ao decretar lei marcial em pronunciamento transmitido pela TV. Ele justificou a militarização do país como forma de conter uma "ameaça comunista". Horas depois, após protestos e uma votação unânime do Parlamento para derrubar medida, ele recuou e suspendeu lei. (03/12)
Foto: JUNG YEON-JE/AFP/Getty Images
Trabalhadores da Volkswagen entram em greve em toda a Alemanha
Milhares de trabalhadores da Volkswagen na Alemanha entraram em greve, depois que a empresa anunciou planos de fechar três fábricas e cortar aposentadorias. "Se necessário, esta será a disputa salarial mais dura que a Volkswagen já viu", disse Thorsten Gröger, que está liderando as negociações sindicais com a gigante automobilística alemã. (02/12)
Foto: Jens Schlueter/AFP via Getty Images
Regime sírio perde controle de Aleppo
O regime do ditador sírio Bashar al-Assad perdeu completamente o controle de Aleppo, a segunda cidade do país, informou uma ONG. Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), o grupo Hayat Tahrir al Sham, antigo ramo sírio da rede terrorista Al Qaeda, e outras facções rebeldes aliadas "controlam a cidade de Aleppo, com exceção dos bairros controlados pelas forças curdas". (01/12)