Velocidade com que imunizantes foram desenvolvidos leva muitos a questionarem se as reações adversas realmente foram medidas. Até agora, resultados são bastante positivos.
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Centenas de milhões de pessoas no mundo esperam a vacina contra a covid-19. Muitas, porém, com um sentimento ambivalente: embora queiram se proteger contra a infecção, também temem possíveis efeitos colaterais.
A principal dúvida é se um imunizante desenvolvido tão rapidamente realmente seria seguro. Outra questão, associada à primeira, é se possíveis efeitos colaterais a longo prazo foram devidamente investigados pelas farmacêuticas.
Reações normais de vacinação
É normal ter certas reações após uma vacinação: vermelhidão, inchaço ou dor ao redor do local da injeção. Fadiga, febre, dor de cabeça e dores nos membros também não são incomuns nos primeiros três dias após a vacinação.
Estas reações normais são geralmente suaves e diminuem após alguns dias. Mostram, na verdade, que a vacina é eficaz, pois estimula o sistema imunológico, e o organismo produz anticorpos contra uma infecção "simulada" pela vacinação.
Além das reações típicas da vacinação, houve também casos individuais de efeitos colaterais às vezes graves após a vacinação. Entre eles estão choques alérgicos, que foram relatados em detalhes pelos desenvolvedores. Mas ainda se trata de casos isolados.
De modo geral, as vacinas aprovadas são seguras de acordo com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), a FDA, do governo americano, e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Caso contrário, não teriam aprovado as vacinas.
Algumas das novas vacinas - as chamadas vacinas de RNA - são fundamentalmente diferentes das vacinas conhecidas: elas não contêm carga de vírus, mas apenas uma instrução de construção para um componente do patógeno covid-19.
Outras são as chamadas vacinas vetoriais, que utilizam adenovírus inofensivos (como vírus frios que afetam apenas os chimpanzés) como transportadores angpara introduzir a proteína de superfície do Sars-CoV-2, e assim desencadear a resposta imunológica.
Biontech-Pfizer
Durante a fase de aprovação da vacina da Biontech-Pfizernão ocorreram efeitos colaterais graves com a substância ativa BNT162b2. As reações típicas da vacinação, como fadiga e dor de cabeça, eram menos frequentes e fracas em pacientes mais velhos.
Desde que esta vacina de RNA está em uso, alguns poucos pacientes entre centenas de milhares mostraram forte reação alérgica imediatamente após a injeção. Um paciente nos EUA e dois britânicos chegaram a sofrer o chamado choque anafilático, associado à vermelhidão da pele e à falta de ar. Como estes indivíduos não tinham nenhuma doença anterior nem alergias conhecidas, as autoridades britânicas advertiram pessoas alérgicas contra a vacinação.
Os fabricantes não veem nenhuma conexão direta com a vacina no caso de um médico americano sem doenças anteriores que morreu 16 dias após a vacinação devido a uma hemorragia cerebral em consequência de uma trombocitopenia imune. Trata-se de um distúrbio hemorrágico, no qual o sistema imunológico reduz o número de plaquetas no sangue.
Também gerou manchetes o fato de 33 mortes serem registradas na Noruega alguns dias após a primeira vacinação, todas de pessoas com mais de 75 anos e com doenças graves. Enquanto os fabricantes buscam as causas, as autoridades norueguesas afirmaram não haver evidência de uma ligação direta entre o uso da vacina da Pfizer-Biontech e as mortes de idosos. Mas a Agência Norueguesa de Medicamentos alterou suas instruções para vacinar pessoas idosas e frágeis contra a covid-19: os médicos deverão decidir individualmente se os benefícios da vacinação superam os riscos de efeitos colaterais.
Moderna
A vacina mRNA-1273, da empresa americana Moderna, é uma vacina muito semelhante à da BioNTech/Pfizer.
Durante os ensaios clínicos, a vacina foi bem tolerada, de acordo com o fabricante e as autoridades responsáveis pelos testes. As reações habituais de vacinação foram apenas leves ou moderadas e de curta duração. Entretanto, de acordo com um relatório provisório de um painel de monitoramento independente, a fadiga ocorreu em até 9,7% dos vacinados.
Com a vacina da Moderna, houve também uma reação alérgica em poucos e paralisia do nervo facial em um número muito pequeno de vacinados. Entretanto, ainda não está claro se estas reações estão realmente relacionadas à vacinação.
Casos isolados de paralisia facial, uma paralisia geralmente temporária dos músculos faciais, ocorreram esporadicamente durante os ensaios clínicos da Biontech-Pfizer e da Moderna e também durante as vacinações em Israel.
É possível que os efeitos colaterais não tenham sido desencadeados pelo mRNA, mas por nanopartículas lipídicas que servem de transporte para o mRNA e depois são degradadas pelo corpo.
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AstraZeneca-Oxford
Na empresa britânico-sueca AstraZeneca, que desenvolveu sua vacina em parceria com a Universidade de Oxford, um incidente durante testes clínicos em setembro causou agitação: um paciente sofreu inflamação da medula espinhal após a vacinação. O processo foi interrompido brevemente até que um painel independente de especialistas determinou que a inflamação não estava relacionada à vacinação.
Com a vacina da AstraZeneca, também ocorreram apenas as típicas reações de vacinação, como dor no local da injeção, dor muscular e dor de cabeça, além de fadiga. As reações de vacinação foram menos frequentes e mais suaves em indivíduos mais velhos.
Trata-se de uma vacina vetorial.
Coronavac
No Brasil, estudos da Coronavac, vacina produzida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, mostraram que 35% dos 9 mil voluntários, com idades entre 18 e 59 anos, tiveram reações adversas leves após a aplicação da vacina. Não houve qualquer registro de efeito colateral grave durante a fase 3 de testes.
Após a primeira dose, as reações mais comuns entre os participantes do estudo foram dor no local da aplicação (19%) e dor de cabeça (15%). Depois da segunda dose, as reações adversas mais relatadas foram dor no local da aplicação (19%), dor de cabeça (10%) e fadiga (4%). Apenas 0,1% dos participantes teve febre baixa.
Desde que o imunizante passou a ser aplicado no Brasil como parte da campanha de vacinação contra a covid-19, nenhum efeito adverso grave foi reportado.
Sputnik V
Já em agosto de 2020, a vacina vetorial Gam-Ccovid-Vac (Sputnik V) foi aprovada na Rússia, mas sem esperar pelos ensaios da fase 3, feitos com dezenas de milhares de pessoas. A Sputnik V utiliza dois adenovírus modificados de forma diferente (rAd26-S e rAd5-S).
Houve reservas consideráveis em todo o mundo sobre a vacina desenvolvida pelo centro de pesquisa Gamaleya, de Moscou, pois no estudo de vacina apresentado houve dados suspeitos, que poderiam indicar manipulação.
Entretanto, a Sputnik V já está sendo usada em muitos países, não apenas na Rússia, mas também em Belarus, Emirados Árabes Unidos (EAU), Índia e Argentina.
Em 2 de janeiro de 2021, o ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, disse aos jornalistas que mais de 1,5 milhão de doses foram entregues às regiões russas e um total de mais de 800 mil pessoas foram vacinadas.
De acordo com o Ministério da Saúde russo, houve apenas as reações habituais de vacinação, como dores de cabeça ou febre. Na Argentina, reações típicas de vacinação ocorreram em 317 de um total de 32.013 pessoas vacinadas, segundo o governo.
Não há relatos de efeitos colaterais graves após uma vacinação Sputnik V. No entanto, as reservas aparentemente também são grandes na Rússia. De acordo coma a agência de notícias Reuters, 52% de 3.040 médicos e outros profissionais de saúde russos entrevistados declararam em pesquisas que não queriam ser vacinados com a Sputnik 5 devido à insuficiência de dados.
Vale o risco?
É uma questão que cada um deve decidir por si mesmo. É uma avaliação individual dos benefícios e riscos. É mais importante proteger a mim e aos outros através da vacinação e retornar a uma vida mais normal? Ou os riscos dessas ainda novas tecnologias de vacinas são grandes demais para mim?
Todos os riscos e efeitos colaterais registrados até agora são apenas recortes dos últimos meses - isso deve ser destacado apesar de toda a euforia sobre o rápido desenvolvimento da vacina. Ainda não se sabe nada sobre os possíveis efeitos a longo prazo das vacinas individuais. Somente os estudos de longo prazo que acompanham as vacinações em todo o mundo e que continuarão após a aprovação proporcionarão clareza.
Até o momento, falta informação sobre efeitos colaterais raros, possivelmente graves, por exemplo no caso de doenças raras pré-existentes ou em certos grupos de risco, como os que sofrem de alergia.
Tais efeitos colaterais só se tornam aparentes após muitas pessoas terem sido vacinadas e após um período de observação mais longo. "Há, portanto, um risco residual", diz Christian Bogdan, diretor do Instituto de Microbiologia Clínica, Imunologia e Higiene do Hospital Universitário de Erlangen, na Alemanha. "O quão alto ele é, terá que ser examinado nos próximos meses e anos".
Pesar os benefícios e riscos
Em princípio, a decisão é sempre baseada em uma avaliação de risco-benefício, afirma Bogdan, que também é membro da Comissão Permanente de Vacinação (STIKO) no Instituto Robert Koch (RKI), referência na Alemanha.
Em entrevista à imprensa alemã, ele deu um exemplo de cálculo: se uma pessoa idosa morre de uma infecção por coronavírus com uma probabilidade de 20%, e ao mesmo tempo o risco de obter um grave efeito colateral da vacinação é de 1 para 50 mil ou até menos, vale a pena correr o risco.
Bogdan diz, porém, que não vacinaria crianças, porque o risco de morte infantil por covid-19 é próximo de zero. De acordo com ele, mulheres grávidas ou amamentando também não devem ser vacinadas como medida de precaução com base nos dados atuais.
Uma recomendação dos Centros de Controle de Doenças (CDC), dos EUA, entretanto, não exclui a vacinação de mães grávidas ou lactantes com vacinas de RNA após exame e consulta médica.
A evolução da pandemia de covid-19
A partir da China, o coronavírus Sars-Cov-2 se espalhou pelo mundo. Enquanto países adotam medidas para controlar a doença, cientistas buscam medicamentos e uma vacina. Reveja alguns fatos marcantes.
Foto: Christian Ohde/Imago Images
O começo de tudo em Wuhan
A China notifica a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre uma misteriosa pneumonia em Wuhan, de cerca de 11 milhões de habitantes. Especialistas de todo o mundo começam a tentar identificar o agente causador. Supõe-se que ele tenha se originado num mercado de frutos do mar na cidade. Inicialmente é comunicado haver cerca de 40 pessoas infectadas. (31/12/2019)
Foto: Imago Images/UPI Photo/S. Shaver
Nova cepa de coronavírus
Pesquisadores descartam se tratar do vírus Sars, da doença respiratória originada na China em 2002 que matou quase 800 pessoas. Cientistas chineses identificam um novo vírus, da cepa do coronavírus, causadores de Sars e do resfriado comum. Batizado provisoriamente 2019-nCoV e depois denominado Sars-Cov-2, ele causa febre, tosse, dificuldade respiratória e pode evoluir para pneumonia. (07/01)
Foto: picture-alliance/BSIP/J. Cavallini
Primeira morte na China
A China anuncia a primeira morte causada pelo novo coronavírus. Um homem de 61 anos, que havia feito compras no mercado de frutos do mar de Wuhan, morreu de complicações por causa de uma pneumonia. (11/01)
Foto: Reuters/Str
Vírus atinge países vizinhos
Países como Tailândia e Japão começam a relatar casos da doença em pessoas que estiveram na China. Em Wuhan, é confirmada a segunda morte. Até 20 de janeiro, há três óbitos e mais de 200 infecções no país. Aeroportos em todo mundo passam a controlar passageiros vindos da China. Na mesma data, é confirmado que o vírus pode ser transmitido diretamente entre pessoas. (20/01)
Foto: Reuters/Kim Kyung-Hoon
Milhões sob quarentena
Wuhan é colocada sob quarentena, na tentativa de limitar a propagação do vírus. O transporte coletivo é suspenso, e trabalhadores começam a construir um novo hospital para tratar pacientes infectados, que totalizavam mais de 830 em 24 de janeiro. O isolamento é estendido para 13 outras cidades, afetando pelo menos 36 milhões de pessoas. (23/01)
Foto: AFP/STR
O coronavírus chega à Europa
As autoridades da França confirmam três casos do novo coronavírus dentro de suas fronteiras, marcando a chegada da doença à Europa. Horas depois, a Austrália confirma que quatro pessoas foram infectadas. Na Alemanha, o primeiro caso de covid-19 é confirmado três dias depois. (24/01)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Mortagne
Primeira morte fora da China
Autoridades das Filipinas informam que um homem de 44 anos morreu no país vítima do coronavírus, marcando assim a primeira morte relacionada à doença fora da China. O paciente era da cidade chinesa de Wuhan e havia sido internado num hospital em Manila em 25 de janeiro. (02/02)
Foto: Getty Images/AFP/T. Aljibe
Morre médico chinês que tentou avisar autoridades sobre covid-19
O médico chinês Li Wenliang morre após contrair o Sars-Cov-2. Em janeiro, ele havia tentado avisar as autoridades de seu país a respeito da epidemia e da chance de a covid-19 sair do controle, mas acabou sendo reprimido. Li foi obrigado a assinar um documento no qual declarava que seus avisos não tinham fundamento. (07/02)
Foto: KW
Número de mortes supera a do Sars
A China informa que o número de mortos por covid-19 chegou a 811, ultrapassando as 774 vítimas do surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), também causada por um coronavírus, entre 2002 e 2003. (09/02)
Foto: picture-alliance/AP/Chinatopix
Vírus chega ao Brasil
O governo brasileiro confirma o primeiro caso no país: um homem de 61 anos que viajou à Itália a trabalho. Até então, o novo coronavírus havia se espalhado para mais de 40 países e territórios, matado mais de 2.700 pessoas e infectado mais de 80 mil. (26/02)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/FotoRua/F. Vieira
Itália impõe quarentena em todo o território
O governo em Roma determina restrições ao deslocamento de todos os seus 60 milhões de cidadãos e proíbe aglomerações públicas para tentar conter o coronavírus. Habitantes só podem deixar a área em que vivem com justificativa. No mesmo dia, a Alemanha registra as duas primeiras mortes por covid-19 no país. (09/03)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Calanni
OMS declara pandemia
A OMS considera que a disseminação de covid-19 pode ser caracterizada como pandemia, observando que o número de casos fora da China se multiplicou por 13 e o de países afetados triplicou em apenas duas semanas. "Pandemia" designa a difusão de uma enfermidade por vários países ou continentes. (11/03)
Foto: Getty Images/E. Cremaschi
Estado de emergência na Espanha
A Espanha declara estado de emergência para conter a propagação do coronavírus Sars-Cov-2. O país já conta quase 6 mil casos de infecção, com cerca de 180 mortos. O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anuncia que o país decidiu limitar a livre circulação da população, colocando assim cerca de 47 milhões de pessoas sob quarentena parcial. (14/03)
Foto: picture-alliance/Pacific Press/F. C. Arroyo
Fechamento de fronteiras
Como parte dos esforços para conter a proliferação do novo coronavírus, a Alemanha fecha suas fronteiras. No mesmo dia, o número de casos fora da China supera o registrado no país asiático. (16/03)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Frey
China zera transmissão local
Pela primeira vez desde o início da pandemia, a China anuncia que nas últimas 24 horas não registrou nenhum novo caso de covid-19 transmitido localmente. No entanto, havia 34 casos importados de outros países. Três dias depois, o país voltaria a registrar um caso de transmissão local. No mesmo dia, o número de mortos pelo coronavírus na Itália supera o de mortos na China. (19/03)
Foto: picture-alliance/dpa/Tass/A. Ivanov
São Paulo e Rio em quarentena
O estado de São Paulo e a cidade do Rio de Janeiro dão início a medidas de contenção por determinação das gestões locais, com fechamento do comércio não essencial e restrição à circulação de pessoas – além do fechamento de escolas, que já havia sido determinado anteriormente. Em São Paulo, a medida afeta 54 milhões de habitantes em 645 municípios. (24/03)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Isolamento total no Reino Unido
O premiê britânico, Boris Johnson, volta atrás e, após dados que previam a evolução da doença sem medidas mais restritivas, apresentados pelo Imperial College de Londres, determina isolamento horizontal no país. Até então, Johnson defendia a chamada "imunização de rebanho", ou seja, permitir que a população entrasse em contato com o vírus para que desenvolvesse imunidade. (23/03)
Foto: picture-alliance/R. Pinney
Bairros de Pequim voltam a adotar bloqueio por coronavírus
Autoridades de Pequim isolam 11 bairros residenciais devido a várias novas infecções por coronavírus, relacionadas a um mercado de carnes. O chefe do local afirmou ao site "Beijing News" que o vírus foi encontrado em tábuas que processavam salmão importado. (13/06)
Foto: Getty Images/AFP/G. Baker
OMS interrompe testes com hidroxicloroquina
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anuncia que decidiu interromper os experimentos com hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, após evidências apontarem que o fármaco não reduz a mortalidade em pacientes internados com a doença. (17/06)
Foto: AFP/G. Julien
UE reabre fronteiras internas, mas se blinda do resto do mundo
As fronteiras da União Europeia são reabertas, após três meses de fechamentos forçados devido à pandemia de coronavírus, iniciados no mês de março. Algumas restrições, porém, ainda permanecem no bloco, que seguirá fechado para visitantes de países onde o vírus está fora de controle, como Brasil e EUA. (15/06)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Rehder
OMS diz que dexametasona é avanço contra covid-19
A OMS considera que a utilização do esteroide dexametasona, que reduziu significamente a mortalidade em pacientes seriamente afetados pelo novo coronavírus, é um avanço científico na luta contra a pandemia de covid-19. É o primeiro tratamento comprovado que reduz a mortalidade em pacientes que apenas conseguem respirar com o uso de respiradores. (17/06)
Foto: Getty Images/M. Horwood
Mundo ultrapassa 10 milhões de casos de covid-19
Dados da Universidade Johns Hopkins apontam que número de mortes confirmadas pela doença está próximo de ultrapassar marca de 500 mil. Brasil e EUA lideram em números de casos e mortes. (28/06)
Foto: Reuters/A. Kelly
Comissão Europeia tenta assegurar doses de Remdesivir
Executivo da União Europeia inicia negociação para compra de medicamento com fabricante americano, após Estados Unidos adquirirem praticamente toda a produção dos próximos três meses. (02/07)
Foto: picture-alliance/Yonhap
Bolsonaro com covid-19
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou que teve resultado positivo em um exame para detectar a covid-19. Ao anunciar o resultado, em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, ele aproveitou a ocasião para mais uma vez reclamar das medidas de isolamento impostas por prefeitos e governadores. Bolsonaro também disse estar se tratando com hidroxicloroquina. (07/07)
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Vacina da Moderna mostra resultado e vai para fase final de testes
A vacina em fase de desenvolvimento contra o novo coronavírus da empresa americana Moderna foi bem tolerada e criou anticorpos neutralizantes em todos os participantes do estudo, anunciaram os pesquisadores responsáveis na revista especializada "The News England Journal of Medicine". A Moderna anunciou que a fase final dos ensaios clínicos deve ir de 27 de julho a 27 de outubro. (14/07)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Schmidt
Estudo indica que imunidade ao coronavírus é temporária
Pesquisadores britânicos monitoraram os níveis de anticorpos contra a covid-19 em 90 pacientes recuperados. Resultados sugerem que o contato com o vírus só fornece imunidade por alguns meses, como no caso da gripe. (14/07)
Foto: Getty Images/M. Hitij
Rússia é acusada de tentar hackear pesquisa de vacina contra covid-19
Reino Unido diz que hackers possivelmente ligados ao serviço secreto russo têm atacado instituições britânicas, dos EUA e do Canadá para roubar dados sobre vacina contra novo coronavírus. Kremlin rejeita acusações. (16/07)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Ohde
Mundo tem recorde diário de infecções com covid-19, aponta OMS
Segundo organização, mais de 230 mil pessoas testaram positivo para o coronavírus na sexta-feira. Total de casos oficialmente identificados se aproxima de 14 milhões. EUA e Brasil são os países mais afetados. (18/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/D. Ochoa
Persistência do coronavírus pode estar ligada a jovens assintomáticos
Enquanto novos surtos obrigam países a voltarem atrás no relaxamento, pesquisas indicam que aqueles que se consideram seguros podem, na verdade, estar contribuindo decisivamente para a disseminação do novo coronavírus. (23/07)
Foto: picture-alliance/dpa/W. Steinberg
Coronavírus pode ser transmitido em raio de oito metros, diz estudo
Pesquisadores analisam surto em frigorífico alemão e revelam que transmissão do vírus não depende apenas de proximidade social, mas também das condições do ambiente. (24/07)
Pesquisadores descobriram que cães farejadores podem discernir entre amostras de indivíduos saudáveis e infectados pelo vírus. Nível de precisão é tão alto que se vê possibilidade de aplicação prática. (24/07)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Frey
Confronto em protesto contra restrições deixa 45 policiais feridos em Berlim
Polícia enfrentou resistência ao dispersar manifestantes que ignoravam regras de higiene e saúde. Mais de 130 pessoas foram presas no protesto, amplamente criticado por lideranças políticas na Alemanha.(01/08)
Foto: Getty Images/M. Hitij
Pandemia causou maior interrupção da educação da história, diz ONU
Nações Unidas alertam para "catástrofe geracional" devido ao fechamento das escolas, que afeta 1 bilhão de estudantes em 160 países. Retorno às aulas deve ser prioridade onde pandemia estiver sob controle, diz Guterres. (04/08)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Focos regionais de covid-19 elevam taxas de infecção na Europa
O número de novos casos da doença está aumentando no continente. Autoridade europeia vê risco elevado de uma nova escalada da pandemia em países cuja população não se atém mais às regras de distanciamento e higiene. (13/08)
Foto: picture-alliance/dpa/C. Charisius
Vacina russa contra covid-19 é novo orgulho de Putin
Primeiro imunizante para o coronavírus aprovado por um governo nacional, Sputnik V é tido como produto prematuro por cientistas ocidentais. Mas dá ao Kremlin o sabor momentâneo de vitória na corrida pelo antídoto. (14/08)
Foto: picture-alliance/dpa/Yonhap
China aprova primeira patente de vacina contra covid-19
Mídia estatal diz que governo concedeu sua primeira patente à empresa chinesa CanSino. Vacina pode ser produzida em massa em curto período de tempo, afirma documento. Fase 3 dos ensaios clínicos ainda não foi concluída. (17/08)
Foto: picture-alliance/Geisler-Fotopress/C. Hardt
Estudo associa umidade do ambiente a disseminação da covid-19
Ar seco de recintos refrigerados ou aquecidos por calefação podem favorecer mobilidade viral e impulsionar contágios, afirma pesquisa realizada por cientistas indianos e alemães, baseada em dez estudos internacionais. (21/08)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Guenther
Hong Kong tem primeiro caso de reinfecção
Paciente de 33 anos contraiu novamente o vírus pouco mais de quatro meses após ter se recuperado da doença. Descoberta é um revés para defensores da estratégia de imunidade de rebanho. (24/08)
Foto: Reuters/T. Siu
Reinfecções
Casos de reinfecção em Hong Kong, Holanda e Bélgica lançam dúvidas em relação tanto à possibilidade de uma imunidade permanente contra a covid-19, quanto à eficácia das vacinas em desenvolvimento por todo o mundo. (26/08)
Foto: picture-alliance/dpa/B. Pedersen
Mundo supera 25 milhões de casos
Marca é alcançada após Índia bater recorde mundial de infecções diárias, ao registrar mais de 78 mil casos de coronavírus em 24 horas. Quatro em cada dez infectados no mundo estão nos EUA ou no Brasil. (30/08)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/H. Bhatt
Crianças assintomáticas podem carregar coronavírus por semanas
Dois estudos americanos apontam que menores não apenas apresentam uma carga surpreendentemente alta do Sars-Cov-2, como podem transmitir a doença por semanas, mesmo sem sintomas. (31/08)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Hirschberger
Testes indicam eficácia de vacina russa
Publicado na "The Lancet", estudo com 76 voluntários mostra desenvolvimento de anticorpos e nenhum efeito colateral sério. Pesquisadores russos reconhecem necessidade de testes adicionais para maior segurança. (04/09)
Foto: picture-alliance/dpa/Yonhap
Impacto brando do coronavírus na África intriga cientistas
Com grandes aglomerações e sistemas de saúde precários, previa-se um quadro de horror para a pandemia nas nações africanas, o que não ocorreu. Entre possíveis causas estão idade da população e imunidade a patógenos. (06/09)
Foto: Getty Images/AFP/S. Maina
Livro revela que Trump minimizou pandemia intencionalmente
Em entrevistas ao jornalista Bob Woodward, presidente americano admitiu que sabia que o coronavírus era perigoso e mortal, mas decidiu não ser claro com a população para não criar pânico. "Sempre minimizei." (10/09)
Foto: Tom Brenner/Reuters
Pandemia impõe desafio adicional à prevenção de suicídios
Crise tem sido especialmente desafiadora para pessoas com problemas de saúde mental. No Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, especialistas pedem que distanciamento físico não impeça ajuda a quem precisa. (10/09)
Foto: picture-alliance/dpa/Weber/Eibner
Virologista rebate mitos sobre a covid-19
Em cartazes de protesto e na internet circulam diversas teorias, absurdas ou plausíveis, que atribuem culpas pela pandemia ou rechaçam medidas de precaução. Especialista alemão em coronavírus responde a algumas delas. (18/09)
Foto: Guglielmo Mangiapane/Reuters
O risco de festas familiares para a transmissão da covid-19
Em alguns casos, basta um infectado para causar um surto e espalhar a doença por diversas regiões. Apesar do potencial para propagar o coronavírus, superdisseminadores podem também ser uma arma no combate à pandemia. (28/09)
Foto: picture-alliance/dpa/D. Mauer
Cidade onde a covid-19 surgiu volta à normalidade
Considerada o "marco zero" da pandemia do novo coronavírus, Wuhan tem ruas comerciais cheias e festas em piscinas. A cidade chinesa não registra novos casos desde maio, e moradores criticam a resposta global à pandemia. (28/09)
Foto: AFP/Getty Images
Mundo ultrapassa marca de 1 milhão de mortes por covid-19
EUA e Brasil concentram 35% das mortes oficialmente identificadas no mundo, apesar de representarem apenas 7% da população global. Secretário-geral da ONU pede mais "liderança responsável" e diz que "desinformação mata". (29/09)
Foto: Sally Hayden/Sopa/Zuma/picture alliance
Testes rápidos para nações pobres
A OMS anunciou a distribuição de 120 milhões de testes rápidos para países pobres, afirmando se tratar de um meio simples e barato de interromper cadeias de transmissão do coronavírus. Acordo foi firmado entre fabricantes de teste rápido e a Fundação Bill e Melinda Gates. Campanha faz parte de iniciativa global lançada em abril por OMS, Comissão Europeia, Fundação Gates e o governo francês.(30/09)
Foto: picture-alliance/ZUMAPRESS.com/N. Sharma
Mundo pode ter vacina contra covid-19 até o fim do ano, diz OMS
Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde diz haver esperança de que imunizante contra o coronavírus esteja disponível ainda em 2020, enquanto entidades avançam em estudos pelo mundo. (06/10)
Foto: picture-alliance/dpa/Tass/V. Prokofyev
Coronavírus pode sobreviver por até 28 dias em superfícies
A 20 °C, o novo coronavírus é "extremamente robusto" em superfícies lisas, como telas de celulares, sobrevivendo por 28 dias sobre vidro, aço inoxidável e cédulas de dinheiro feitas de plástico. Pesquisadores da Austrália testaram o Sars-Cov-2 em ambientes escuros sob três temperaturas e concluíram que a capacidade de sobrevivência do vírus diminui conforme aumenta o calor no ambiente.
Foto: AFP/National Institutes of Health
Reinfecção pelo coronavírus pode ser mais grave, diz estudo
Pesquisadores chamam atenção para caso de americano que contraiu covid-19 pela segunda vez e precisou de ajuda respiratória. Constatação pode mudar não só corrida por vacina, como forma como mundo combate a pandemia. (13/10)
Foto: MEHR/M. Safari
Sindemia? Covid-19 pode ser mais que uma pandemia
Glossário da crise do coronavírus ganha novo termo. Ele reflete a ideia de que o vírus não atua simplesmente sozinho, mas sim compactuando com outras doenças. E isso demanda uma abordagem diferente. (14/10)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Mejia
Cães farejadores de covid: eficazes e baratos
Pesquisadores da Finlândia já estão utilizando cachorros treinados para detectar o coronavírus, com precisão de quase 100%. Preconceito de ser diagnosticado por um animal explica desinteresse de políticos. (23/10)
Foto: Lehtikuva/Reuters
Recuperados da covid-19, mas ainda não saudáveis
Estudos iniciais apontam que pelo menos metade dos pacientes infectados lidam com exaustão e falta de ar até meses após terem sido considerados curados. Efeitos a longo prazo do coronavírus ainda intrigam pesquisadores. (25/10)
Foto: Janina Semenova/DW
Europa enfrenta alta alarmante de mortes por covid-19
Em meio a uma segunda onda de infecções, países europeus batem recordes de óbitos pelo coronavírus em meses e aumentam restrições. Número de mortes diárias no continente aumentou quase 40% em relação à semana anterior, diz OMS. (27/10)
Foto: Ludovic Marin/AFP
Alemanha anuncia lockdown parcial para conter segunda onda
Merkel e governadores endurecem medidas em meio a recordes de novos casos de covid-19. Restaurantes, bares e cinemas voltarão a fechar por todo mês de novembro. Escolas e creches permanecem abertas. Também na França foi decretado lockdown parcial em todo o país, incluindo o fechamento de restaurantes e bares. "Fiquem em casa o máximo possível e respeitem as regras", pediu o presidente. (28/10)