Qual é o risco de fraude nas eleições dos Estados Unidos?
Sarah Steffen
9 de julho de 2024
Imigrantes votando ilegalmente, manipulação de votos eletrônicos e por correio – há algum fundo de verdade nisso? DW avalia alegações que voltaram a circular nas redes a poucos meses da eleição à Casa Branca.
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A menos de quatro meses para a eleição à Presidência dos Estados Unidos, em 5 de novembro, já circulam alertas na internet sobre possíveis fraudes ao pleito. A DW analisou as quatro narrativas mais recorrentes.
Imigrantes "roubando" a eleição
Diversas publicações nas redes sociais alertam que estrangeiros poderiam votar na eleição à Casa Branca – apesar de o direito ao voto em eleições federais, por lei, ser reservado somente a cidadãos americanos.
Uma postagem com mais de 73 milhões de visualizações no X cita um artigo do tabloide New York Post ao afirmar que "os escritórios de assistência social em 49 estados estão distribuindo formulários de registro de eleitores a imigrantes ilegais".
"Estamos para o que é, talvez, a iniciativa de fraude eleitoral mais abrangente na história da política americana", comentou um na mesma rede social. "Podemos estar diante de uma repetição de 2020."
Checagem da DW: A história é enganosa.
Congressistas republicanos como o presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson, insistem nessa narrativa, mas não há nenhuma evidência de fraude eleitoral ampla por parte de cidadãos estrangeiros.
A Heritage Foundation, um think tank americano conservador, criou um banco de dados sobre fraude eleitoral e encontrou 24 casos de cidadãos estrangeiros que votaram entre 2003 e 2023.
De fato, estrangeiros até poderiam obter formulários de registro eleitoral nos escritórios de assistência social – não só nesses escritórios, mas em vários outros lugares.
"Formulários de registro de eleitores estão disponíveis em praticamente qualquer lugar nos Estados Unidos, inclusive online", pontua David Becker, diretor-executivo e fundador do Centro para Inovação em Eleições e Pesquisa (CEIR), uma entidade apartidária e sem fins lucrativos baseada em Washington, capital dos Estados Unidos.
Só que, como ele explica, "cada pessoa nos Estados Unidos que busque se registrar como eleitor precisa apresentar um documento de identificação no ato do registro". E esses documentos de identificação, segundo ele, permitem saber se alguém é ou não cidadão americano.
"Vários estudos e investigações conduzidas pelo Estado demonstraram que estrangeiros votando em eleições federais e estaduais é algo que praticamente nunca acontece", constata o Centro Brennan para Justiça da Escola de Direito da Universidade de Nova York. "É ilegal, e se um estrangeiro intencionalmente se registrar ou votar em uma dessas eleições, ele enfrentará multas, prisão e deportação."
Documento sem foto facilita fraudes?
Alguns posts em redes sociais exigem a obrigatoriedade da apresentação de documento com foto para quem quer votar, e alegam que aqueles que se opõem "à identificação do eleitor querem esconder a fraude, e não resolvê-la".
Em uma mensagem com 11 milhões de visualizações, o bilionário Elon Musk endossa a narrativa: "Não exigir um documento com foto para votar obviamente torna impossível provar fraude eleitoral. É por isso que a extrema esquerda se recusa a exigir documento com foto para votar."
Reforçando o argumento de Musk, vários outros posts nas redes exibem uma longa lista de tarefas cotidianas que requerem a apresentação de documento com foto.
Checagem da DW: A informação não procede.
Cada estado americano tem suas próprias regras para identificar o eleitor na hora de votar. A maioria exige a apresentação de algum documento. Pode ser uma identidade, uma carteira de motorista ou passaporte com foto – ou, ainda, um cartão de registro de eleitor, a certidão de nascimento ou o cartão de seguridade social.
Pela lei federal, há também regras especiais para eleitores de primeira viagem que não tenham se registrado pessoalmente ou que não tenham apresentado seus documentos ao se registrarem.
Em 36 dos 50 estados americanos há leis que exigem dos eleitores a apresentação de algum documento de identificação na hora de votar. Os demais 14 estados e o distrito federal em Washington "usam outros métodos para verificar a identidade dos eleitores", segundo a Conferência Nacional das Legislaturas Estaduais. Um desses métodos é a comparação da assinatura no ato da votação com a do registro de eleitor.
Todos os eleitores, independente do tipo de verificação exigida pelos estados, podem ser processados em caso de fraude.
No caso de alguém tentar se passar por outra pessoa, Becker, do CEIR, pondera que há "controles muito rígidos" e cita uma probabilidade "muito alta" de que o verdadeiro eleitor apareça e tente votar.
Para ele, é descabível comparar o ato de votar sem documento com outras tarefas que requerem a apresentação de documento com foto, como a compra de bebidas alcoólicas, por exemplo.
"O voto é um direito constitucional nos Estados Unidos; comprar álcool, não", explica. "O direito ao voto está na base de todos os nossos outros direitos. Se impomos barreiras a esse direito, é muito razoável que pessoas de boa-fé dos dois lados [democratas e republicanos] queiram se certificar de que esses obstáculos não vão resultar acidentalmente no impedimento de alguém que pode votar."
Uma análise recente do Centro para Democracia e Engajamento Cívico da Universidade de Maryland constatou que quase 21 milhões de pessoas aptas a votar não têm carteira de motorista válida. Outras cerca de 29 milhões têm, mas seus endereços residenciais atualizados não constam do documento.
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Fraudes em voto pelo correio
Outra narrativa enganosa que circula na internet é a de que o voto por correio precisa ser banido para evitar fraudes. "Quando você olha para a realidade de toda essa votação por correio e as urnas eletrônicas, [é como se] nós realmente estivéssemos pedindo para que a fraude eleitoral aconteça", afirma um internauta.
Checagem da DW: A informação não procede.
Fraude eleitoral associada a votos enviados por correio é algo extremamente raro, segundo o Centro Brennan para Justiça – "tão raro que diversas análises mostraram que é mais provável alguém ser atingido por um raio do que fraudar um voto".
Há medidas para evitar que isso aconteça, por exemplo com monitoramento por vídeo de caixas de correio ou equipes de funcionários eleitorais mistas (formadas por republicanos e democratas).
"[Os votos] são verificados na hora que o eleitor solicita a cédula eleitoral, e são verificados de novo no momento em que o eleitor devolve a cédula – muitas vezes conferindo a assinatura ou talvez o número da carteira de motorista", afirma Becker.
"Cada cédula de votação, seja enviada por correio ou outro tipo, está disponível apenas porque um eleitor específico na lista de eleitores a solicitou. Em outras palavras: você não pode simplesmente imprimir cédulas. Elas devem estar vinculadas a um registro de eleitor."
Votos por correio existem há bastante tempo e são, para o Centro de Políticas Bipartidárias, uma forma de votar segura e "utilizada por eleitores de todos os partidos políticos". Os registros de eleitores são regularmente verificados, com a exclusão de pessoas que morreram ou se mudaram para outro estado.
Até mesmo o ex-presidente Donald Trump, que ao atribuir sua derrota eleitoral em 2020 a um sistema de votação "manipulado", agora está a usarem as opções de voto antecipado e por correio.
E quanto às urnas eletrônicas?
A falha na apuração de votos nas primárias que escolheram os candidatos a governador de Porto Rico aumentou a desconfiança sobre as máquinas. Mas a maioria dos eleitores nos EUA não usa a urna eletrônica – ou, quando o faz, geralmente eles têm um backup do voto em papel.
"Só alguns eleitores em estados como Louisiana, Mississippi e Tennessee têm voto puramente digital, onde os votos são realmente contabilizados com base nas seleções feitas em uma tela sensível ao toque", explica Becker.
"Mais de 95% dos americanos votam em cédulas de papel. Essas cédulas de papel são contadas por máquinas, mas podemos recontar e, principalmente, auditar para confirmar que as contagens das máquinas foram precisas."
Um exemplo disso são as eleições de 2020, com a recontagem manual de cerca de 5 milhões de cédulas na Geórgia após o então presidente Trump alegar fraude. O resultado foi confirmado pelo secretário de Estado da Geórgia após uma "primeira e histórica auditoria estadual".
"Ninguém está dizendo que as máquinas são perfeitas. Ninguém está dizendo que elas não podem falhar ou que qualquer máquina é impossível de hackear", ressalta Becker. "É por isso que é realmente importante que tenhamos as auditorias que temos nos Estados Unidos, para confirmar que os resultados das máquinas estão corretos."
O mês de julho em imagens
O mês de julho em imagens
Foto: Evan Vucci/AP Photos/picture alliance
Líder do Hamas é morto no Irã
O Hamas e a Guarda Revolucionária Iraniana confirmaram que Ismail Haniyeh, um dos principais líderes do grupo radical islâmico no exílio, foi morto na capital iraniana, Teerã. O assassinato ocorreu em um momento extremamente delicado, aumentando temores de uma guerra generalizada na região. O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança a Israel. (31/07).
Foto: Iran's Presidency/WANA/REUTERS
Israel lança ataque contra Hezbollah em Beirute
Uma explosão foi registrada em Beirute, capital do Líbano. Pouco depois, Israel confirmou ter lançado um "ataque direcionado" contra um um comandante do grupo Hezbollah, supostamente responsável por um ataque que provocou a morte de 12 crianças israelenses. O alvo seria Fuad Shukr, um veterano do Hezbollah. Israel afirma que o bombardeio foi bem-sucedido e que Shukr está morto. (30/07)
Foto: ANWAR AMRO/AFP/Getty Images
Maduro é declarado vencedor após contagem de votos nebulosa
Sem divulgar dados completos, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, um órgão fortemente controlado pelo regime chavista, declarou que Nicolás Maduro, no poder desde 2013, conquistou um terceiro mandato de seis anos como presidente. O anúncio foi imediatamente visto com ceticismo por parte da comunidade internacional e levantou acusações de fraude pela oposição. (29/07)
Foto: Fausto Torrealba/REUTERS
Israel à beira de guerra total contra o Hezbollah após ataque a vilarejo druso matar 12
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu que a milícia terrorista libanesa Hezbollah "pagará um alto preço" após um ataque no dia anterior matar 12 civis crianças e adolescentes israelenses e ferir outros 30 na cidade de Majdal Shams, nas Colinas de Golã, uma região ocupada por Israel desde 1967. (28/07)
Foto: picture alliance/dpa
Compositor Wolfgang Rihm morre aos 72 anos
Um dos mais tocados compositores da música contemporânea europeia, alemão deixa mais de 500 obras, entre elas óperas e músicas para orquestra e de câmara. Entre seus trabalhos mais famosos estão "Dionysos", "Jakob Lenz", "Proserpina", "Das Gehege" e "Die Hamletmaschine". (27/07)
Foto: Uli Deck/dpa/picture alliance
É dada a largada dos Jogos Olímpicos de Paris
Sob chuva e após sabotagem à rede ferroviária, abertura do evento esportivo transcorreu sem maiores incidentes e encantou público, que assistiu a um espetáculo tendo como cenário o rio Sena, a torre Eiffel e o Trocadéro. É a primeira vez que a abertura do evento esportivo ocorre fora de um estádio. (26/07)
Foto: Cheng Min-Pool/Getty Images
Humanidade sofre "epidemia de calor extremo", alerta ONU
Embora muitas vezes menos visível que outros efeitos devastadores da mudança climática, como tempestades ou inundações, o calor intenso é mais mortal: ceifou cerca de 489 mil vidas a cada ano entre 2000 e 2019, segundo a entidade. Apelo é por ações de mitigação, melhores sistemas de alerta e contenção do aquecimento global – algo que não ocorrerá sem a redução das emissões de carbono. (25/07)
Foto: ETIENNE LAURENT/AFP/Getty Images
Maduro provoca Lula às vésperas das eleições na Venezuela
"Quem se assustou que tome chá de camomila", disse Nicolás Maduro, ditador venezuelano, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestar preocupação com ameaça do autocrata de que país será palco de "banho de sangue" em caso de derrota do chavismo nas eleições. (24/07)
Foto: Gustavo Moreno/AP Photo/picture alliance
Deslizamento de terra causa centenas de mortes no sul da Etiópia
Segundo país mais populoso da África, com cerca de 120 milhões de habitantes, Etiópia é altamente vulnerável a catástrofes climáticas, incluindo inundações e secas. Dois deslizamentos de terra ocorridos após fortes chuvas deixaram centenas de mortos no distrito de Gofa, no sul do país. Maior parte das vítimas estava no local para ajudar os afetados pelo primeiro deslizamento. (23/07)
Foto: Gofa Zone Government Communication Affairs Department
Arrecadação recorde após Kamala ser cotada para disputa presidencial
Campanha democrata arrecada mais de 81 milhões de dólares (R$ 450 milhões) nas primeiras 24 horas após a desistência de Joe Biden da corrida eleitoral no domingo, o maior volume diário de doação desde as eleições de 2020. A atual vice presidente, Kamala Harris, é a favorita a conquistar a nomeação do partido para concorrer contra Donald Trump. (22/07)
Foto: Susan Walsh/AP Photo/picture alliance
Biden desiste de candidatura e endossa vice Kamala Harris
O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que desistiu de disputar a reeleição e declarou que apoia que sua vice, Kamala Harris, assuma a cabeça da chapa como candidata democrata à Presidência. A desistência ocorre após semanas de pressão sobre o presidente de 81 anos, que vinha sendo instado a desistir após um desempenho desastroso contra o rival Donald Trump num debate em junho. (21/07)
Foto: Susan Walsh/AP/dpa/picture alliance
Scholz exalta militares que tentaram matar Hitler há 80 anos
Membros da classe política alemã, incluindo o chanceler federal Olaf Scholz, participaram de uma cerimônia que marcou o 80º aniversário da tentativa de assassinato de Adolf Hitler por oficiais do exército alemão. "A tentativa de golpe em 20 de julho de 1944 fracassou. Mas os objetivos unificadores da resistência não falharam", disse Scholz durante a cerimônia comemorativa em Berlim. (20/07)
Foto: Hannes P Albert/dpa/picture alliance
Apagão cibernético paralisa setores essenciais ao redor do mundo
Falha em software da empresa global de cibersegurança Crowdstrike levou ao colapso do sistema operacional Windows. Aviões tiveram que pousar às pressas, aeroportos e estações de trens paralisaram, hospitais cancelaram atendimentos e até mesmo emissoras de TV saíram do ar. Recuperação pode levar semanas, e computadores afetados podem ter que ser consertados manualmente. (19/07)
Foto: Bodo Marks/dpa/picture alliance
Ursula von der Leyen é reeleita presidente da Comissão Europeia
Com 401 votos favoráveis, novo Parlamento Europeu deu à alemã um segundo mandato de cinco anos no órgão executivo da UE – ela precisava de ao menos 361 votos. Bloco tem pela frente crises que vão desde a guerra na Ucrânia até mudanças climáticas, migração, falta de moradia e alta no custo de vida. Von der Leyen prometeu reduzir emissões de carbono e reforçar a segurança nas fronteiras. (18/07)
Foto: Johanna Geron/REUTERS
O 10° aniversário da derrubada do voo MH17 na Ucrânia
Em cerimônia no monumento ao MH17 no povoado de Vijfhuizen, na Holanda, familiares e autoridades lembraram as 298 vítimas do voo da Malaysian Airlines, que foi abatido sobre a Ucrânia em 17 de julho de 2014 por um míssil de fabricação russa disparado de território controlado por rebeldes e tropas ligadas ao Kremlin. (17/07)
Foto: Sem van der Wal/ANP/picture alliance
Roberta Metsola é reeleita presidente do Parlamento Europeu
A eurodeputada maltesa de centro-direita Roberta Metsola foi reeleita para a exercer por mais dois anos e meio a presidência do Parlamento Europeu. Representante do Partido Popular Europeu (PPE), ela foi reconduzida ao cargo por 562 dos 623 parlamentares que participaram da votação, a maior margem de vitória já registrada para um presidente do Parlamento. (16/07)
Foto: Jean-Francois Badias/AP/picture alliance
Trump é candidato oficial
A decisão foi rápida: em sua convenção nacional em Milwaukee, Wisconsin, o Partido Republicano a candidatura do ex-presidente Donald Trump na eleição presidencial de novembro. Como vice, ele escolheu o senador do Ohio J.D.Vance. (15/07)
Foto: Ines Pohl/DW
Trump passa bem após atentado em comício na Pensilvânia
Candidato republicano à Casa Branca, ex-presidente sobreviveu a uma tentativa de assassinato enquanto discursava a apoiadores no dia anterior. A ação durou segundos, e Trump foi escoltado às pressas for agentes do Serviço Secreto, com a orelha ferida por uma bala. Além do suspeito, uma pessoa que acompanhava o evento da plateia foi morta. Outras duas estão gravemente feridas. (14/07)
Foto: Evan Vucci/AP Photo/picture alliance
A 13 dias de início dos Jogos, ministra francesa dos Esportes nada no Rio Sena
Ao lado do triatleta triatleta paralímpico Alexis Hanquinquant, Amélie Oudéa-Castéra quis mostrar que as águas do rio parisiense estão prontas para acolher as provas de natação. Ao custo de 1,4 bilhão de euros, a descontaminação das águas do Sena era um dos principais pontos de dúvida da competição, já que chuvas recorrentes nos últimos meses comprometeram a qualidade da água. (13/07)
Foto: Ministry Of Sport, Olympic And Paraolympic Games/AP/picture alliance
Selo azul no X de Elon Musk viola regras da UE, diz bloco
Rede social do bilionário viola regras para conteúdo digital, aponta relatório preliminar da Comissão Europeia. Órgão alega que comercialização do "selo azul" na plataforma outrora conhecida como Twitter "afeta negativamente a capacidade que os usuários têm de tomar decisões livres e informadas sobre a autenticidade das contas e do conteúdo com o qual interagem". (12/07)
Foto: Alain Jocard/AFP [M]
Envio de mísseis americanos à Alemanha irrita Rússia
Reagindo ao anúncio de que a Alemanha abrigará bases de mísseis americanos de longo alcance a partir de 2026, a Rússia disse que avalia medidas para frear a "séria ameaça à segurança" do país por parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). "Essa decisão foi preparada por muito tempo e não é uma surpresa", afirmou o chanceler alemão, Olaf Scholz. (11/07)
Foto: Evan Vucci/AP Photo/picture alliance
Perigo de vida no Vale da Morte
O Death Valley, no deserto do leste da Califórnia e condado de Nevada, já é considerado o local mais quente do planeta. Em meio à atual onda de calor, então, as temperaturas nesse parque nacional americano têm ultrapassado diariamente os 50ºC. As autoridades dos EUA expediram alertas aos visitantes. (10/07)
Foto: Mario Tama/Getty Images
Rússia condena artistas de teatro à prisão
Em nova ofensiva contra liberdade artística, regime russo considerou que peça teatral "Finist", escrita cinco anos atrás e encenada em 2020, sobre o destino de "noivas do Estado Islâmico", é "apologia do terrorismo" e sentenciou diretora Zhenya Berkovich e dramaturga Svetlana Petriychuk a seis anos de prisão. (09/07)
Uma série de bombardeios russos na Ucrânia deixou mais de 35 mortos em vários pontos do país e atingiu dois hospitais, um deles em Kiev, especializado no atendimento de crianças. Os ataques geraram condenação internacional e levaram à convocação de uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU, agendada para o dia seguinte. (08/07)
Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo/picture alliance
Esquerda e centro conseguem frear ultradireita na França
A esquerda e o centro conseguiram frear o que parecia uma ascensão implacável da ultradireita francesa no segundo turno da eleição legislativa francesa. A aliança de esquerda Nova Frente Popular (NFP) e a coligação de centro Juntos, do presidente Emmanuel Macron, conseguiram formar as maiores bancadas de deputados, ficando à frente da ultradireitista Reunião Nacional (RN). (07/07)
Foto: Christophe Ena/AP/picture alliance
Reforma vence pleito presidencial do Irã
O reformista Masud Pezeshkian se impôs no segundo turno do pleito presidencial do Irã, que teve uma participação nas urnas de 49,9 %. Ele obteve 53,6 % dos votos, contra 44,3 % para o ultraconservador Saeed Jalili. Em seus primeiros comentários após o resultado eleitoral, o presidente eleito definiu a votação como o início de uma "parceria" com o povo iraniano. (06/07)
Foto: Vahid Salemi/AP/picture alliance
Após 14 anos com conservadores no poder, Reino Unido tem premiê trabalhista
Consagrado com uma maioria esmagadora na eleição legislativa antecipada, Keir Starmer, 61, é o sétimo primeiro-ministro do Partido Trabalhista. Ele substitui o conservador Rishi Sunak, que ficou menos de dois anos no cargo. O Partido Conservador perdeu as eleições ao conquistar apenas 121 assentos na Câmara dos Comuns (baixa), contra 412 do Trabalhista. (05/07)
Foto: JUSTIN TALLIS/AFP/Getty Images
Bolsonaro vira alvo da PF em duas frentes
Não foi uma quinta-feira fácil para o ex-presidente. Primeiro, a PF deflagrou a segunda fase da Operação Venire, que apura inserção de dados falsos nos registros de vacinação contra a covid-19 e uma suposta fraude nos cartões de vacinação de sua família. Mais tarde, saiu a notícia de que ele foi indiciado no caso das joias sauditas por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. (04/07)
Foto: Eraldo Peres/AP/picture alliance
Furacão Beryl avança pelo Caribe
O furacão Beryl, de categoria 4, atingiu com força a costa sul da Jamaica após deixar um rastro de destruição em outras regiões do Caribe, com ao menos sete mortos. Serviços meteorológicos registraram ventos de até 220 quilômetros por hora. O governo impôs um toque de recolher em todo país e pediu que a população de 2,8 milhões obedeça possíveis ordens de evacuação. (03/07)
Foto: Curlan Chrissey Campbell/Reuters
Tumulto em cerimônia hindu na Índia deixa mais de 100 mortos
Mais de uma centena de pessoas, incluindo mulheres e crianças, morreram após um tumulto ocorrido ao final de uma cerimônia religiosa hindu no norte da Índia. Forte calor e falta de ar no local do evento podem ter contribuído para a tragédia. Pessoas que participaram da cerimônia disseram que cerca de 50 mil devotos estavam presentes no local. (02/07)
Foto: Manoj Aligadi/AP/picture alliance
Suprema Corte dos EUA diz que Trump tem imunidade contra processos criminais em ações oficiais como presidente
A Suprema Corte dos EUA decidiu que o ex-presidente Donald Trump tem direito a blindagem parcial contra acusações criminais. A corte entendeu que ex-chefes de Estado têm imunidade contra processos por ações tomadas como presidente, mas que o mesmo não se aplica a atos como pessoa física. Assim, diminui a chance de que seja julgado em três processos antes das eleições, em 5 de novembro. (01/07)