Em meio à pandemia, possibilidade de trabalhar de casa tem levado muitos a deixar grandes centros urbanos como São Paulo em busca de tranquilidade e qualidade de vida. A esperança é que a mudança seja definitiva.
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Com as possibilidades de trabalho remoto abertas devido à pandemia de covid-19, o que antes era visto apenas como um sonho de aposentadoria – ou seja, aquela casinha no campo para usufruir da vida junto à natureza e longe do trânsito – passou a ser realidade para moradores de São Paulo. Entre destinos bucólicos no interior e cenários charmosos no litoral, mudanças de endereço com base numa melhor qualidade de vida têm se tornado recorrentes.
Depois de dois meses completamente confinados em um apartamento de 50 metros quadrados no bairro de Santa Cecília, em São Paulo, o publicitário Oliver Duarte Ramos e seu marido decidiram alugar um carro e pegar a estrada sem destino, apenas para espairecer – e praticamente sem descer em lugar algum. Passaram por diversas cidades e foram até Minas Gerais.
De volta ao apartamento, foram tomados pela questão: por que continuar morando ali? Três semanas depois, estavam vivendo em uma casa em Atibaia, com piscina, jabuticabeira e horta no quintal.
"As grandes cidades brasileiras estão impraticáveis há muito tempo. São Paulo cobra mais do que entrega", diz ele. Como a empresa onde trabalha já avisou que mesmo com o fim da pandemia o home office poderá ser mantido, sua decisão é definitiva.
A empreendedora Maria Paola de Salvo foi para São Paulo na semana passada para concluir sua mudança – do apartamento em Pinheiros para Limeira, no interior, onde vivem seus pais. Quando a quarentena foi decretada, em março, ela percebeu que estava difícil ficar sozinha num apartamento pequeno e decidiu que iria para a casa dos pais.
"Deu certo. Meus colaboradores trabalham de forma remota, um no Rio, outro na Índia. E como as reuniões presenciais com clientes deixaram de ocorrer, não fazia mais sentido ficar em São Paulo", afirma.
Como a ideia, claro, não é ficar indefinidamente na casa dos pais, ela decidiu "testar” o melhor lugar. Alugou uma casa em Ilhabela, "com horta e galinhas no quintal", e está lá neste momento. "Acho que é o momento de repensarmos a vida, a necessidade de ficar todo mundo em um grande centro urbano", comenta. "Vou pensar se é possível cultivar um pouco a própria comida, sem depender tanto do supermercado. É o momento de repensar e, talvez, redistribuir melhor as pessoas, as populações."
Casamento e casa nova
Ter pais morando no interior funciona como uma ajudinha para quem já namorava a ideia de sair da cidade grande. Funcionária do departamento de recursos humanos de uma grande empresa, a psicóloga Maria Eugenia Sobral Goulart morava com o marido em um apartamento paulistano. Sonhava em voltar para sua cidade natal, São José dos Campos, quando se aposentasse.
Com o confinamento, decidiram que seria melhor ficar na casa dos pais dela, com mais espaço – e, claro, pela companhia. Nesse meio-tempo, com o trabalho fluindo bem de forma remota, tomaram a decisão.
"Devolvemos o apartamento, que era alugado, e decidimos reformar um imóvel dos meus pais aqui em São José dos Campos", conta ela. "Mudamo-nos no último fim de semana."
Antes, os dois se casaram no cartório da cidade. A festa vai ficar para o ano que vem, quando esperam que a pandemia tenha passado. Por enquanto a comemoração com os amigos foi como o trabalho: via aplicativo de teleconferência.
"Sei de muitas pessoas que, se pudessem, gostariam de sair de São Paulo. Antes, parecia um sonho impossível, como se mudar de cidade fosse abrir mão da carreira. Hoje, essas coisas podem coexistir", comenta a psicóloga.
O músico Márcio de Camillo se recorda da maneira como, ainda em março, pegou a família e "fugiu" para Ubatuba, no litoral paulista.
"A gente estava no meio da temporada do Crianceiras [projeto musical em que ele transforma poemas de Manoel de Barros em músicas infantis], quando tivemos de parar os shows. No dia seguinte, um domingo, entramos no carro e viemos”, lembra. "A sensação era de que a gente estava saindo, e a cidade ia ser arrasada.”
No isolamento beira-mar, apenas com a mulher, a filha e o genro, está na casa que pertence à família. Passou a focar em um projeto de ensino à distância, levando poesia e música para escolas. "É uma energia diferente, mas veio para ficar", acredita.
"O contato com a natureza é totalmente diferente, maravilhoso", diz Camillo – e é possível ouvir, ao fundo, pássaros cantando. "Acho que vamos ficando por aqui mesmo, mas não estamos pensando muito no futuro para não gerar ansiedade. Daqui para a frente, tudo pode ser diferente", acrescenta.
Valorizando as coisas simples
O publicitário Daniel Negreiros diz que morar numa casa "com mais espaço e mais natureza sempre foi um sonho”. Mas era visto como algo "para o futuro”. "Quando a quarentena se tornou uma realidade, tudo isso desapareceu. Ficamos três meses em casa, as viagens pararam, e todo o restante do trabalho seguiu on-line. A vida em um grande centro urbano perdeu o sentido nesse momento e começamos a refletir sobre isso”, afirma.
Donos do canal de viagens no YouTube e no Instagram Num Pulo, ele e a mulher, a designer Paula Albino, resolveram tentar uma vida nova em Atibaia. Trocaram o apartamento de 56 metros quadrados por uma casa com o dobro do tamanho – e quintal com gramado.
"O espaço fez muita diferença, é claro, mas o quintal especificamente foi um dos motivos de mais alegria. Poder pisar na grama, tomar sol e brincar com o nosso cachorro no quintal já vale todo o esforço da mudança, e ainda temos uma linda vista para a serra da região. Em um momento como o que vivemos são as coisas simples que fazem mais falta e com certeza a nossa qualidade de vida melhorou muito na casa nova", diz o publicitário. "Além disso, o barulho faz muita diferença. Hoje vivemos em um lugar muito silencioso, e antes morávamos em uma rua muito movimentada com muito barulho de trânsito o dia todo."
Para eles, o legado que ficará da pandemia é uma organização entre vida familiar e trabalho com maior ênfase na felicidade. "Claro que dá um medinho. Será que vai ser pior? Será que estamos deixando algo importante para trás? Mas olha, não tem um dia em que a gente não fique feliz por ter realizado a mudança para a casa nova", diz.
Da cidade pequena para o sítio
O êxodo urbano também ocorre em pequenas cidades. Administradora de empresas aposentada, Aparecida Miguel Galante sempre viveu em Novo Horizonte, município de 40 mil habitantes no interior paulista. Quando a pandemia começou, ela e o marido, também aposentado, decidiram se mudar para a casa da chácara, na beira de um rio a 25 quilômetros da cidade.
"É um lugar rústico, simples, nem internet tinha – agora instalamos via rádio", diz ela. Antes, o local era utilizado apenas aos finais de semana, em geral com amigos e familiares.
Galante conta que a nova vida tem o gostinho rural. "Começamos a cultivar uma hortinha e trocamos a produção com vizinhos", exemplifica, contando que na véspera dois mamões foram colhidos no quintal, onde há também coqueiro, pés de rúcula e temperos em geral.
Ela acredita que o êxodo urbano veio para ficar. "Depois da pandemia, muitas mudanças vão acontecer. Antes, as pessoas pensavam muito em trabalho, em realização profissional. E a vida familiar ficava para o que sobrava. Estamos invertendo a ordem das coisas, melhorando a qualidade de vida – e isto vem antes de priorizar o trabalho", afirma.
Reveja os principais fatos desde a confirmação do primeiro caso da doença causada pelo novo coronavírus no Brasil, em fevereiro. Desde então, país está entre as nações com maior número de casos e mortos no mundo.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Sena
Primeiro caso no Brasil
Após já ter se espalhado por cerca de 40 países, matado mais de 2.700 pessoas e infectado mais de 80 mil, o primeiro caso do novo coronavírus é confirmado no Brasil apenas no final de fevereiro. Trata-se de um homem de 61 anos que viajou à Itália a trabalho. (26/02)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/FotoRua/F. Vieira
Brasil registra primeiras mortes pelo novo coronavírus
A primeira vítima de covid-19 no país é um homem de 62 anos, morador de São Paulo e que sofria de diabetes e hipertensão. No mesmo dia, um hospital em Niterói, no Rio de Janeiro, anuncia a morte de um idoso de 69 anos com sintomas de coronavírus. (17/03)
Foto: Getty Images/AFP/N. Almeida
Covid-19 em todos os estados
Roraima, o último estado que ainda não registrava casos do novo coronavírus, reporta dois infectados. Com isso, todos os estados brasileiros e o Distrito Federal já têm casos de covid-19 confirmados. (21/03)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Governo restringe entrada de estrangeiros
Começa a valer a medida que restringe a entrada no país, via aérea, de pessoas vindas da Europa e de vários países asiáticos por 30 dias para conter a disseminação do coronavírus. A portaria não se aplica a brasileiros natos ou naturalizados ou a imigrantes com autorização de residência no país. (23/03)
O presidente faz um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão no qual conclama o país a "voltar à normalidade", pedindo que os estabelecimentos comerciais não fechem as portas e que as pessoas saiam do confinamento em suas casas. Ele chama a covid-19 de "gripezinha" e fala em "histeria" devido à pandemia. Bolsonaro é alvo de panelaços pelo oitavo dia consecutivo. (24/03)
Foto: YouTube/TV BrasilGov
Bolsonaro sanciona ajuda de até R$ 1,2 mil para informais
Bolsonaro sanciona um auxílio emergencial por três meses, no valor de 600 reais, destinados aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. (01/04)
Foto: picture-alliance/robertharding/I. Trower
Mortes por covid-19 no Brasil superam óbitos por dengue e H1N1 em 2019
O país soma 800 mortes em decorrência do novo coronavírus. Durante todo o ano passado, foram registrados 782 óbitos por dengue e outros 312 continuam em investigação, mostra boletim epidemiológico divulgado pela pasta da Saúde. De acordo com outro boletim epidemiológico, em 2019 morreram no Brasil 787 pessoas vítimas de Influenza A (H1N1). (08/04)
Foto: picture-alliance/dpa/EPA/G. Amador
Garoto de 15 anos é primeiro ianomâmi a morrer por covid-19
O adolescente recebia cuidados em um leito de UTI num hospital em Boa Vista desde 3 de abril. Entidades de defesa da causa indígena, como o Instituto Socioambiental (ISA) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), têm denunciado a subnotificação de casos de covid-19 entre indígenas e demonstrado preocupação com o risco para as comunidades. (10/04)
Foto: Adam Renan/Rede Amazônia Sustentável
Bolsonaro demite Mandetta
Em meio à pandemia de coronavírus, Bolsonaro demite o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A decisão ocorre dias depois de o titular da pasta ter dado uma entrevista contrariando a posição do presidente em relação à resposta à pandemia de covid-19. Mandetta defendia o isolamento social. O médico oncologista Nelson Teich foi escolhido para substituir Mandetta. (16/04)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Borges
Novo ministro da Saúde defende plano para saída do isolamento
Em sua primeira entrevista após assumir o comando do Ministério da Saúde, Nelson Teich defende um plano para saída do isolamento e diz que o número de infectados no país é relativamente baixo se comparado com o total da população e não deve alcançar 70% da população em contato com a doença. "É impossível um país sobreviver um ano, um ano e meio parado." (22/04)
Foto: picture-alliance/ ZUMAPRESS/GDA/O. Globo
Brasil supera a China em mortes por covid-19
A contagem diária de mortes por covid-19 atinge número recorde com 474 óbitos, elevando o total de vítimas no país para 5.017. O Brasil se torna o 9º país com o maior número de mortes em todo o mundo, superando a China, onde surgiu a pandemia e 4.637 óbitos foram registrados. Ao ser questionado sobre as mortes, Bolsonaro responde: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?". (28/04)
Foto: AFP/M. Dantas
Bolsonaro livra agentes públicos de responsabilidade por erros durante epidemia
De acordo com medida provisória (MP) editada por Bolsonaro, agentes públicos apenas poderão ser responsabilizados nos âmbitos civil e administrativo se houver "dolo ou erro grosseiro", "manifesto, evidente e inescusável, praticado com culpa grave" e "com elevado grau de negligência, imprudência ou imperícia". Dias depois, o STF limitou o alcance da MP. (14/05)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Covid-19 atinge dezenas de povos indígenas
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) informou que, até 15/05, 38 povos indígenas do país já haviam sido afetados pelo coronavírus. A associação contabilizou 446 infecções e 92 mortes em comunidades indígenas. A maioria das infeções foi registrada na Amazônia, onde está localizada a maioria das comunidades isoladas. Mas também há casos no Sul, Centro-Oeste e Nordeste. (15/05)
Foto: Reuters/B. Kelly
Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde
Menos de um mês após ter assumido o cargo, Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde. Ele afirma que a saída foi decisão dele, sem dar detalhes sobre os motivos. "A vida é feita de escolhas. E hoje eu escolhi sair", destaca. Ele e Bolsonaro vinham discordando sobre medidas na gestão da epidemia. O general Eduardo Pazuello assume o cargo interinamente. (15/05)
Foto: Reuters/A. Machado
Sem base científica, governo amplia uso da cloroquina
O Ministério da Saúde divulga um novo protocolo sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com covid-19, permitindo que os medicamentos sejam administrados também em casos leves da doença. A mudança do protocolo foi feita a pedido de Bolsonaro, apesar de não haver comprovação científica da eficácia do medicamento em pacientes com covid-19. (20/05)
Foto: Getty Images/AFP/G. Julien
Brasil ultrapassa Itália e é terceiro país com mais mortes por covid-19
Exatos cem dias após o primeiro caso registrado, o Brasil ultrapassa a Itália e se torna o terceiro país com mais mortes pela covid-19. O país contabiliza 34.021 mortes e fica atrás apenas dos EUA (108.211) e do Reino Unido (39.987). (04/06)
Foto: Reuters/R. Moraes
Brasil amplia orientações de uso da cloroquina contra a covid-19
O Ministério da Saúde informa que vai ampliar as recomendações de uso da cloroquina e de sua derivada hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, passando a orientar a aplicação precoce das drogas em crianças e grávidas diagnosticadas com a doença. O anúncio ocorre no mesmo dia em que os EUA revogam seu uso emergencial no tratamento da covid-19. (15/06)
Foto: AFP/G. Julien
Casos de covid-19 passam de 1 milhão no Brasil
O Brasil supera a marca de 1 milhão de casos confirmados de covid-19, após registrar um recorde de 54.771 novas infecções pelo novo coronavírus em apenas 24 horas. Menos de quatro meses após a confirmação do primeiro caso, o país soma 1.032.913 ocorrências da doença e é o segundo do mundo com mais casos e mortes, atrás apenas dos EUA. (19/06)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Vacina de Oxford contra covid-19 começa a ser testada no Brasil
O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes de uma vacina desenvolvida pela universidade britânica. O projeto financiado pela Fundação Lemann contará com 2 mil voluntários em São Paulo e outros mil no Rio. A vacina está atualmente na fase 3 de testes. Um dos motivos que levaram à escolha do Brasil foi o fato de a epidemia estar em ascensão no país. (22/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Juiz manda Bolsonaro usar máscara em público
O juiz Renato Coelho Borelli, da 9ª Vara Federal Cível de Brasília, impõe ao presidente Jair Bolsonaro o uso obrigatório de máscara em espaços públicos e estabelecimentos comerciais, como medida de proteção contra o novo coronavírus. Em caso de descumprimento, o magistrado fixou um multa diária de R$ 2 mil. (22/06)
Foto: Getty Images/AFP/E. SA
UE estende proibição à entrada de viajantes do Brasil
Lista elaborada por Bruxelas recomenda que Estados-membros reabram suas fronteiras para viajantes de 15 países a partir de 1º de julho. Brasil, EUA e Rússia ficam de fora devido ao alto número de casos de covid-19. (30/06)
Foto: Delfim Martins
Bolsonaro diz estar com covid-19
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que teve resultado positivo em um exame para detectar a covid-19. Ao anunciar o resultado, em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, ele aproveitou a ocasião para mais uma vez reclamar das medidas de isolamento impostas por prefeitos e governadores. Bolsonaro também disse estar se tratando com hidroxicloroquina. (07/07)
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Casos de covid-19 passam de 2 milhões no Brasil
Menos de um mês depois de o país ter atingido o número de 1 milhão de infectados, em 19 de junho, o Brasil ultrapassou a marca de 2 milhões de casos oficialmente notificados de covid-19. O número de casos identificados da doença dobrou em menos de um mês. (16/07)
Foto: picture-alliance/E. Lustosa
Brasil: 100 mil mortos por covid-19
Menos de seis meses após a identificação do primeiro caso de covid-19 no Brasil, o país cruzou a marca de 100 mil mortes pela doença. O número de casos chegou a 3 milhões. Mesmo num ritmo de mil mortes por dia, o governo do país segue defendendo a flexibilização do isolamento e minimizando os impactos do vírus. (08/08)
Foto: Getty Images/A. Schneider
Mais uma empresa alemã pretende testar vacina contra covid-19 no Brasil
CureVac, de Tübingen, pretende começar testes em voluntários brasileiros em setembro ou outubro. Em parceria com a Pfizer, a também alemã BioNTech iniciou testes no Brasil na semana passada. (11/08)
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Brasil autoriza testes de mais uma vacina contra covid-19
Anvisa dá aval para estudos clínicos de fase 3 do imunizante desenvolvido pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, com 7 mil voluntários participando dos testes. É a quarta vacina a obter autorização no país. (18/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Saldo do coronavírus após seis meses no Brasil
Somada à falta de testes e à desigualdade social, resposta de Bolsonaro à covid-19 contribuiu para que o país virasse o segundo do mundo com mais óbitos devido à pandemia, atrás dos EUA. Seis meses após primeiro caso confirmado no Brasil, país acumula mais de 3,6 milhões de infecções e 116 mil mortes por covid-19, números que devem ser maiores devido à falta de testes e à subnotificação. (26/08)
Foto: picture-alliance/dpa/ZUMA Wire/D. Oliveira
Índia passa Brasil e é segundo país com mais casos de covid-19
País registra mais de 90 mil novas infecções pelo coronavírus por dois dias consecutivos, elevando o total de casos para mais de 4,2 milhões. Brasil ainda é a segunda nação com mais mortes em decorrência da doença. (07/09)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/C. Anand
Pazuello é efetivado como ministro da Saúde
General ocupava posto há quatro meses na condição de interino. No período, submeteu a pasta completamente aos desejos de Bolsonaro, tentou esconder números e viu mortes por covid-19 no país explodirem. (16/09)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Brasil adere à iniciativa global por vacinas contra covid-19
Governo anuncia inclusão em programa mundial que monitora desenvolvimento de imunizantes e inclui mais de 170 países. Nações envolvidas receberão doses para cobrir ao menos 20% de suas populações. (19/09)
Foto: Adriano Machado/Reuters
Brasil ultrapassa marca de 5 milhões de casos de covid-19
Pouco mais de sete meses depois do primeiro caso de covid-19, o Brasil passou nesta quarta-feira (07/10) a marca de cinco milhões de pessoas infectadas. Segundo o Conass, o país registrou mais 31.553 infecções nas últimas 24 horas, elevando o total para 5.000.694. Ainda nesta quarta-feira, foram registradas mais 734 mortes, elevando o total para 148.228.
Foto: picture-alliance/NurPhoto/G. Basso
Testes no Brasil mostram segurança de vacina chinesa, diz Butantan
Segundo instituto, resultados preliminares em estudo de fase 3 feitos no país são semelhantes aos de ensaios clínicos feitos na China. São Paulo quer começar vacinação no início do próximo ano. (19/10)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/A. Zemlianichenko
"Pandemia deve elevar tanto a fome quanto a obesidade entre brasileiros"
Ex-chefe da FAO, José Graziano se diz preocupado com queda na qualidade da alimentação de crianças fora da escola, bem como com fim do auxílio emergencial, que pode levar milhões a passarem fome e dependerem de caridade. (20/10)
Foto: DW/N. Pontes
Brasil incluirá vacina chinesa em calendário nacional de vacinação
Ministério da Saúde pretende comprar 46 milhões de doses da Coronavac e iniciar imunização em todo país já em janeiro. Resultados de testes ainda são aguardados para liberação de imunizante no país. (20/10)
Foto: Andre Lucas/dpa/picture-alliance
Anvisa autoriza importar 6 milhões de doses de vacina chinesa
Após polêmica envolvendo a Coronavac, a Anvisa autorizou no dia 23 de outubro a importação de 6 milhões de doses da vacina produzido pela chinesa Sinovac em parceria com o Butantan. A licença é só para importação da vacina. Sua distribuição depende de autorização da própria Anvisa. Enquanto ela não autorizar a aplicação, o Butantan deve armazenar as doses e garantir que elas não sejam usadas.