"Merkel desapareceu num abrigo antiaéreo no Paraguai para nunca mais voltar": com afirmações desse tipo, teóricos de conspiração semeiam insegurança. E estado de exceção pela covid-19 lhes fornece condições ideais.
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A origem do boato era uma notícia verdadeira: Angela Merkel desapareceu. Em 22 de março, a chanceler federal alemã se retirou da esfera pública, oficialmente: como anunciava seu porta-voz, ela teve que entrar em quarentena do coronavírus por 14 dias, devido ao perigo de ter sido contagiada por seu médico.
Em todos os meios de comunicação o fato foi manchete. Mas, enquanto os jornais e programas de atualidades estabelecidos se perguntavam como um governo ia funcionar com sua chefe em regime de trabalho remoto, teoristas de conspiração de direita começaram a cochichar e especular.
Andreas Albrecht Harlass, funcionário do partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), conjeturou nas redes sociais que Merkel não só estava fora: ela nunca mais ia voltar, a quarentena era só uma desculpa. Alguns de seus seguidores até pretendiam saber mais: a premiê estaria num abrigo antiaéreo em sua casa de campo, comprada há já alguns anos no Paraguai.
Bem, neste ínterim Merkel voltou da quarentena, e obviamente não esteve no Paraguai. Mas isso não impressionou muito os conspiradores, e as especulações prosseguem em grande estilo.
Fatos reais, mais especulações
Pesquisadores da Universidade de Münster estudaram de perto como funcionam as teorias de conspiração de direita em tempos de pandemia de covid-19. Entre janeiro e março de 2020, examinaram 120 mil postagens de diversos veículos de comunicação alemães no Facebook.
Sua conclusão foi que, paralelamente à abrangente reportagem dos meios estabelecidos, cresceu o número de artigos nas assim chamadas "mídias alternativas", publicações de extrema direita que visam fazer frente à imprensa mainstream e às elites políticas.
Interessante é que, no cerne, elas relatam sobre os mesmos fatos verificáveis, só que associando suas notícias a especulações. Por exemplo, que o vírus teria sido criado em laboratório, ou que seria menos perigoso do que se costuma afirmar.
"As mídias alternativas divulgam suas mensagens sutilmente, numa estratégica de comunicação de aspecto inofensivo. Notícias obviamente falsas não combinam com esse procedimento"; analisa Thorsten Quandt, chefe da pesquisa da Universidade de Münster. No entanto detectam-se tendências populistas nos artigos em questão.
Os pesquisadores denominam essa estratégia "populismo pandêmico": os teóricos de conspiração misturam a pandemia com temas já estabelecidos: mudança climática, a onda de refugiados e fantasias apocalípticas vão parar na mesma panela que o Sars-cov-2. Merkel, Greta Thunberg, refugiados coronavírus: no fim das contas está tudo interligado de alguma forma.
Embora esse "populismo pandêmico" só componha uma fração do noticiário geral, as mídias alternativas conseguiram construir seu próprio sistema de referências. "Em diversos casos, vimos que as afirmativas deles foram adotadas em outros veículos, por exemplo em canais de teóricos da conspiração no Youtube, que servem como sistema de difusão secundário, classificando as mensagens das mídias alternativas como confiáveis", explica Quandt.
Desse modo, conseguem que as próprias teses não comprovadas pareçam maiores e mais comprovadas do que na realidade são. E assim, postagens isoladas podem perfeitamente competir com grandes plataformas midiáticas em termos de alcance e interações.
Das esferas conspiratórias ao mundo "normal"
Teóricos da conspiração não acreditam em acasos: para eles, pequenas elites estão sempre mexendo os pauzinhos por trás dos bastidores, e elas conspiram contra o povo, o cidadão simples. As constantes notícias sobre abusos de poder e prevaricações por parte de políticos e poderosos alimentam os argumentos dos difusores de teorias.
Plataformas como Russia Today Deutschland ou a revista de direita Compact fazem propaganda direcionada. "As mídias alternativas, segundo sua própria versão, se encontram numa 'infoguerra' contra os partidos democráticos e a democracia parlamentar", explica Simone Rafael, da Fundação Amadeu António, de combate à ultradireita, racismo e antissemitismo. "Elas espalham insegurança a fim de provocar um colapso do sistema."
E insegurança é o que não falta, no momento. A pandemia amedronta os cidadãos, até por eles notarem que também os responsáveis políticos tateiam penosamente o caminho através da crise. Para a deputada federal Susann Rüthrich, do Partido Social-Democrata (SPD), integrante da coalizão governamental alemã, é essencial levar a sério essa insegurança.
"Precisamos discutir publicamente as decisões e torná-las transparentes. É necessário jogar com cartas abertas. Na primeira fase da crise, isso foi bem. Agora, na segunda fase, não podemos sufocar os debates."
A social-democrata alerta que a pressão vai aumentando, quanto mais os cidadãos têm que renunciar a seu quotidiano rotineiro. Com a insegurança continuada, mesmo os que são a favor da proibição de contato e de circulação em público vão se tornando mais receptivos a conteúdos populistas e conspiratórios.
Por isso, os teóricos da conspiração acolhem avidamente as vozes de personalidades que comungam de suas especulações. Na Alemanha, o cantor e compositor de soul Xavier Naidoo recentemente fez manchetes com um vídeo em que, em lágrimas, fantasia o início de uma ação mundial de libertação.
Segundo ele, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, só decretou toques de recolher pelo coronavírus e enviou um grande navio-lazareto a Nova York para, secretamente, libertar multidões de crianças sequestradas e maltratadas, que estariam presas em sistemas de túneis subterrâneos.
A explicação por que a operação não é mais conhecida é tão simples quanto plausível: ela é, justamente, secreta. Graças ao grau de projeção de artistas como Naidoo, esse tipo de conto consegue passar dos círculos das conspirações para o mundo dos "normais".
Quando fantasias viram violência
Que perigo as teorias de conspiração representam para a sociedade? O especialista em comunicação Thorsten Quandt adverte em seu estudo: "As mídias alternativas podem contribuir para atordoamento público, através da construção de uma visão de mundo contraditória, ameaçadora e desconfiada, que coloca em questão cada declaração 'oficial'."
Especialmente preocupante é o fato de que tais teorias são um componente central na visão de mundo de criminosos de extrema direita. "Justamente entre adeptos de teorias de conspiração, esbarramos numa imagem de mundo com grande pressão para agir. Eles se veem como as únicas pessoas capazes de deter o colapso", adverte Simone Rafael, da Fundação Amadeu António.
Quanto mais a pandemia de covid-19 tiver a sociedade sob seu controle, mais os teóricos de conspiração poderão se radicalizar: esse temor é partilhado pela presidente do parlamento federal alemão, Petra Pau, do partido A Esquerda, para quem o problema não é virtual, mas muito real.
"Os políticos municipais estiveram especialmente expostos a ameaças da direita, nos últimos anos. Vejo o perigo – se as comunidades forem pressionadas por causa do corona e cortarem determinados benefícios – que os cidadãos comecem a procurar culpados. Os agitadores poderão se aproveitar disso."
Um exemplo concreto do perigo a que Pau se refere foi o assassinato de Walter Lübcke, chefe do governo regional de Kassel, no estado de Hesse, em junho de 2019. Seu assassino, o radical de direita Stephan E., justificou o crime pelo ódio à política pró-refugiados do democrata-cristão.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: DW/N. Pontes
Número de desempregados cresce 13,2% na Alemanha, maior alta mensal desde 1991
A Agência Federal de Emprego (BA) registrou 308 mil novos desempregados em relação ao mês anterior, com um total de 2,644 milhões de pessoas e uma taxa de desemprego de 5,8%. É a primeira vez no pós-guerra que esse índice cresce na Alemanha durante o mês de abril – quando o início da primavera no Hemisfério Norte normalmente contribui para o aquecimento do mercado de trabalho.(30/04)
Foto: picture alliance/dpa/U. Baumgarten
Libertação do campo de concentração de Dachau completa 75 anos
Dachau foi o primeiro campo de concentração que os nazistas construíram em solo alemão. Ele foi instalado em 1933, na pequena cidade de mesmo nome, com capacidade para 5 mil detentos e serviu de modelo para todos os outros campos de concentração. Na manhã de 29 de abril de 1945, a 42ª divisão de infantaria dos EUA tomou o local nas proximidades de Munique, capital da Baviera.(29/04)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Hase
EUA têm mais de um milhão de casos confirmados de covid-19
Número de infecções nos EUA corresponde a cerca de um terço do total mundial. A quantidade de mortos pelo novo coronavírus já supera a de soldados americanos que morreram na guerra do Vietnã. Segundo a Universidade Johns Hopkins, a covid-19 já matou 58.365 pessoas, ultrapassando os 58.222 militares mortos durante o conflito no país asiático. (28/07)
Foto: picture-alliance/Zuma/V. Carvalho
Alemanha projeta maior queda na economia desde 1949
O governo alemão projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolherá 6,3% em 2020 em relação ao ano anterior em decorrência da pandemia de covid-19 e das medidas de isolamento social impostas para conter a doença. Segundo o jornal "Süddeutsche Zeitung", será a maior queda no crescimento econômico desde a fundação da República Federal da Alemanha, em 1949.(27/04)
Foto: Getty Images/D. Hecker
O susto do vírus
O que leva um adulto a se fantasiar de verde e vermelho e fazer medo em crianças? Este palestino da Faixa de Gaza, pelo menos, pretende assim alertar os pequenos, de forma lúdica, para os perigos do novo coronavírus: uma espécie de Pokémon em missão pedagógica. A fantasia virótica – afinal, nem tão assustadora assim – foi costurada pela irmã do benfeitor. (26/04)
Foto: AFP/M. Abed
Treinamento contra o vírus
A campeã juvenil de natação Iman Avdic, da Bósnia-Herzegovina, ficou sem possibilidade de treinar, devido ao confinamento do coronavírus. Mas ela e o pai construíram uma raia improvisada, numa espécie de estufa no jardim de sua casa. Assim, a atleta de 13 anos mantém a forma com criatividade. (25/04)
Foto: Reuters/D. Ruvic
Moro pede demissão
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, renunciou ao cargo depois de um embate com o presidente Jair Bolsonaro sobre o comando da Polícia Federal (PF). No anúncio da sua renúncia, Moro acusou presidente de interferir na PF para ter acesso a informações de inquéritos. Ele disse ainda que promessa de "carta branca", dada a ele por Bolsonaro, não foi cumprida. (24/04)
Foto: Reuters/U. Marcelino
CFM não recomenda hidroxicloroquina
Após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, o Conselho Federal de Medicina (CFM) afirmou não haver comprovação da eficácia do uso da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com covid-19, mas liberou os médicos para receitarem a substância em três situações específicas. O CFM também é contra o uso da substância em caráter preventivo. (23/04)
Foto: Getty Images/AFP/G. Julien
Média de enterros triplica em Manaus
O estado do Amazonas enfrenta uma alta incomum no número de enterros, que triplicaram devido à pandemia e ao colapso do sistema de saúde local. O maior cemitério de Manaus teve que abrir valas comuns para sepultar vítimas de covid-19. A prefeitura de Manaus também instalou duas câmaras frigoríficas no cemitério para guardas os corpos antes do enterro. (22/04)
Foto: AFP/M. Dantas
STF autoriza investigação sobre atos anticonstitucionais
O Supremo Tribunal Federal decidiu autorizar a abertura de um inquérito para investigar a organização de atos inconstitucionais pelo país, incluindo as manifestações que pediram o fechamento do Congresso. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes e atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República, que apontou que os atos podem ter violado a Lei de Segurança Nacional. (21/04)
Foto: Getty Images/AFP/S. Lima
Netanyahu e Gantz concordam em formar coalizão em Israel
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-general Benny Gantz chegaram a um acordo para formar uma coalizão de emergência, sinalizando que o impasse político que se arrasta há 17 meses no país pode ter chegado ao fim. O novo governo deve durar pelo menos três anos, com Netanyahu mantendo o cargo de premiê na primeira metade desse período, cedendo depois o lugar a Gantz. (20/04)
Foto: Reuters/A. Cohen
Alemanha lembra 75 anos da libertação de campos de concentração
A Alemanha lembrou os 75 anos da libertação dos campos de concentração. Devido à pandemia do novo coronavírus, todos os eventos programados para marcar a data foram cancelados e substituído por cerimônia virtual e atos não abertos ao público que reuniram poucos convidados.(19/04)
Foto: picture-alliance/dpa/P. Steffen
Espanha supera marca de 20 mil mortes por coronavírus
A Espanha ultrapassou a marca de 20 mil mortes pelo novo coronavírus, com um total de 20.043, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde do país. Ainda segundo a pasta, houve 4.499 novos contágios, o que elevou o número de casos no país desde o começo da pandemia para 191.726.(18/04)
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PIB da China despenca no primeiro trimestre
A economia da China despencou no primeiro trimestre de 2020 devido à crise do coronavírus, que praticamente freou a atividade econômica no país. O Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) anunciou que o PIB chinês caiu 6,8% no período de janeiro a março, na comparação com o mesmo trimestre de 2019. É a primeira queda desde 1992, quando a China começou a divulgar dados trimestrais. (17/04)
Foto: picture-alliance/Xinhua/G. Xulei
Em meio à pandemia, Bolsonaro demite ministro da Saúde
Jair Bolsonaro demitiu seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que será substituído pelo oncologista Nelson Teich. Mandetta e o presidente vinham protagonizando um embate público há mais de um mês, quando o Brasil entrou no compasso do coronavírus. Ao contrário de Bolsonaro, o ministro vinha defendendo o isolamento social para tentar conter o avanço da pandemia. (16/04)
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Casos de coronavírus passam de 2 milhões no mundo
O número de infecções confirmadas pelo coronavírus Sars-Cov-2 ultrapassou 2 milhões em todo o mundo, segundo contagem da Universidade Johns Hopkins. A cifra de casos dobrou em apenas duas semanas – a marca de 1 milhão havia sido atingida em 2 de abril. A pandemia já atinge 185 países e territórios e matou mais de 134 mil pessoas. (15/04)
Foto: Imago Images/Zuma/B. Jatar
FMI prevê que PIB do Brasil vai encolher 5,3% em 2020
O Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou que o PIB do Brasil deve recuar 5,3% em 2020, em meio aos impactos negativos da pandemia de coronavírus. Se a previsão se confirmar, será a maior retração desde 1962, quando teve início a série histórica disponibilizada pelo Banco Central. O FMI também apontou que a economia global deve sofrer uma retração de 3% neste ano. (14/04)
Foto: Daimler/Foto: Malagrine
Bernie Sanders anuncia apoio a Joe Biden
O senador Bernie Sanders endossou a candidatura de Joe Biden para a presidência dos EUA. O anúncio ocorre depois de Sanders desistir da disputa pela indicação do Partido Democrata, deixando o caminho livre para que o ex-vice-presidente enfrente o republicano Donald Trump em novembro. "Devemos nos unir para derrotar o mais perigoso presidente na história moderna", disse Sanders. (13/04)
Foto: Imago-Images/UPI Photo
Papa pede união para enfrentar pandemia na missa do Domingo de Páscoa
O papa Francisco celebrou a tradicional missa de Páscoa com a benção Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo), sem a presença de fiéis na Basílica de São Pedro, devido à pandemia. Em transmissão por vídeo, o pontífice pediu união entre os povos para enfrentar a covid-19: "Este não é tempo para egoísmos, pois o desafio que enfrentamos nos une a todos e não faz distinção de pessoas", disse.(12/04)
Foto: Reuters/Vatican Media
Homenagem na quarentena
Mantendo distância cautelosa, cidadãos depositam flores diante da cerca de arame farpado do ex-campo de concentração de Buchenwald. Em 11 de abril de 1945, tropas aliadas libertaram o campo nazista nas proximidades de Weimar. Em respeito às medidas de isolamento no combate ao coronavírus, as cerimônias públicas originalmente programadas foram substituídas por homenagens online. (11/04)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Gentzel
Oração em companhia virtual
Na Sexta-Feira Santa, o padre Jonathan Costa orou sozinho no Santuário Dom Bosco, em Brasília. Mas só aparentemente: os bancos da igreja estão ocupados por foros dos fiéis. E a missa de Páscoa é transmitida pela internet: um consolo, em tempos duros de isolamento. (10/04)
Foto: Reuters/U. Marcelino
Alemanha organiza “ponte aérea” para garantir colheita de aspargos
A Alemanha iniciou uma operação de transporte aéreo de trabalhadores sazonais estrangeiros que vão atuar nas colheitas do país, especialmente nas plantações de aspargos. Os dois primeiros voos, organizados com severas medidas de precaução sanitária, aterrissaram em Berlim e Düsseldorf. A bordo dos aviões estavam 530 trabalhadores da Romênia. (09/04)
Foto: picture-alliance/dpa/U. Deck
Bernie Sanders desiste de concorrer à presidência dos EUA
O senador Bernie Sanders abandonou a corrida pela candidatura do Partido Democrata à presidência dos EUA. A decisão ocorreu após o social-democrata acumular uma série de derrotas nas últimas primárias do partido. Agora, o caminho está livre para que o principal adversário de Sanders, o ex-vice-presidente Joe Biden, garanta a indicação e dispute a presidência com o republicano Donald Trump. (08/04)
Foto: Reuters/Bernie Sanders 2020 Campaign
Aeroporto de Frankfurt perde 95% dos passageiros
A pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio o aeroporto de Frankfurt, que perdeu 95% dos passageiros. Segundo dados divulgados pela operadora Fraport, na semana de 30 de março a 5 de abril, o terminal recebeu apenas 66.151 passageiros, o equivalente a 5% do número registrado no mesmo período do ano anterior. Já o volume de carga, em comparação com o mesmo período de 2019, diminuiu 25%.
Foto: Getty Images/AFP/T. Silz
"Crise do coronavírus é o maior teste da história da UE", diz Merkel
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que a crise provocada pelo coronavírus é o "maior teste" enfrentado pela União Europeia desde a criação do bloco. A líder comparou a pandemia a uma catástrofe natural. Segundo Merkel, o maior teste será "mostrar que nós estamos prontos para defender nossa Europa e fortalecê-la", por meio de assistência financeira aos Estados-membros. (06/04)
Foto: Reuters/M. Schreiber
Fronteira dos amantes
Duas cercas mantêm casais separados na fronteira entre Alemanha e Suíça, em Constança. Muitos pares mantinham contato físico pela cerca colocada pelas autoridades alemãs. Com a segunda barreira, do governo suíço, isso não é mais possível. Travessias para visitas não são mais permitidas devido à pandemia de coronavírus. Antes, a área não tinha obstáculos para pedestres e ciclistas. (05/04)
Foto: picture-alliance/dpa/F. Kästle
Passeio em família em tempos de coronavírus
Esta família de patos em Bruxelas parece aproveitar o pouco movimento das ruas da capital belga para dar um giro pela cidade. Apesar do menor número de veículos circulando, os bichos fazem questão de usar a faixa de pedestres. Como em muitos outros países, as regras de distanciamento social reduziram a movimentação nos centros urbanos da Bélgica. (04/04)
Foto: Imago Images/ZUMA Wire/D. Le Lardic
Coronavírus faz disparar aprovação ao governo Merkel
Quase três quartos dos eleitores alemães (72%) estão satisfeitos com a gestão da crise de coronavírus do governo da chanceler federal Angela Merkel, e apenas 30% dos entrevistados tecem críticas à ação do governo federal. Os dados são de uma sondagem realizada pelo instituto de pesquisa Infratest Dimap para a emissora estatal ARD. (03/04)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Kappeler
Casos de coronavírus passam de 1 milhão no mundo
O número de infecções confirmadas pelo coronavírus Sars-Cov-2 ultrapassou 1 milhão em todo o mundo. A cifra de mortos, por sua vez, ultrapassou 50 mil. O país com o maior número de casos são os EUA, com mais de 240 mil, seguidos da Itália, com 115 mil, e da Espanha, com 112 mil. Contudo, acredita-se que o número real de infecções seja ainda maior, já que muitos países estão testando pouco. (02/04)
Foto: picture-alliance/F. Dana
Primeira indígena com coronavírus no Brasil
O Brasil confirmou o primeiro caso de coronavírus em indígena. A paciente é uma jovem de 20 anos da etnia kokama, que trabalha como agente de saúde indígena e é moradora da aldeia São José, no município de Santo Antônio do Içá, no Amazonas. Ela teve contato com um médico contaminado. Com a confirmação, duas aldeias inteiras, Lago Grande e São José, foram colocadas em isolamento. (01/04)