Dois terços dos alemães querem se vacinar contra covid-19
25 de dezembro de 2020
Pesquisa revela que os mais velhos estão mais entusiasmados para receber o imunizante. Vacinação deve começar no domingo, priorizando idosos com mais de 80 anos e profissionais da saúde.
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Às vésperas do início da imunização contra a covid-19 na Alemanha, quase dois terços dos alemães demonstraram vontade de se vacinar, revela pesquisa do instituto YouGov encomendada pela agência de notícias DPA, divulgada nesta sexta-feira (25/12).
Do total de entrevistados, 32% disseram que gostariam que a vacinação ocorresse o mais rápido possível. Outros 33% responderam que estavam felizes em receber a vacina, mas um pouco hesitantes, pois gostariam de ver que tipo de efeito adverso ela poderia causar nos receptores. Cerca de 19% disseram que não querem receber o imunizante, e 16%, que estão indecisos.
No entanto, mais da metade dos entrevistados (57%) afirmou estar preocupada com os potenciais efeitos colaterais da vacinação.
Também de acordo com a pesquisa, os mais velhos estão mais entusiasmados para serem vacinados: 71% entre os maiores de 55 anos, em comparação com 54% entre as pessoas de 18 a 24 anos.
Entre os partidos políticos, os mais animados são os eleitores do Partido Verde: 82% responderam estar entusiasmados com a vacina.
Para o levantamento, foram entrevistadas 2.035 pessoas entre os dias 21 e 23 de dezembro.
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Vacinação começa no domingo
A Alemanha planeja iniciar a vacinação no próximo domingo, priorizando pessoas com mais de 80 anos e as que vivem ou trabalham em lares de idosos. Também terão prioridade profissionais de saúde com risco de infecção, como os que atuam em emergências e em unidades de terapia intensiva.
Inicialmente, as vacinas devem ser entregues por equipes móveis em lares de idosos e hospitais. Nesta primeira etapa, a vacina utilizada será a da Pfizer-Biontech.
No entanto, o início da campanha de vacinação não deve afetar significativamente o curso da pandemia em um primeiro momento, de acordo com Helmut Fickenscher, presidente da associação alemã de combate a doenças virais. "Isso ocorre porque simplesmente temos muitas pessoas para vacinar e, por um longo período, ainda não teremos vacinas suficientes disponíveis para todas elas", explica.
Fickenscher acredita que a situação realmente melhorará se, até o próximo inverno, entre 60% e 80% da população estiver imunizada.
Até o final de março, de 11 a 12 milhões de doses de vacinas devem estar disponíveis na Alemanha. Como a imunização depende de duas doses, essa quantidade seria suficiente para vacinar aproximadamente de 5,5 a 6 milhões de pessoas. O ministro da Saúde, Jens Spahn, espera poder ofertar a vacina a todos os cidadãos da Alemanha até o verão.
O número de infecções na Alemanha segue alto nesta nesta sexta-feira. Em 24 horas, foram registrados 25.533 novos casos e 412 mortes, de acordo com o Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental para o controle e prevenção de doenças infecciosas. No entanto, os números podem ser bem maiores, já que muitos centros de coletas e órgãos públicos estão fechados devido ao feriado de Natal.
No total, o país já contabiliza 1.612.648 casos confirmados de coronavírus e 29.182 mortes.
LE/dpa/ots
Doenças prevenidas com vacinas
Vacinas protegem o corpo, criando resistência contra doenças. As vacinas são feitas com substâncias e microrganismos inativados ou atenuados que, quando introduzidos no organismo, estimulam a reação do sistema imune.
Foto: picture-alliance/imagebroker
Catapora
Também chamada de varicela, é uma doença infecciosa altamente contagiosa, causada pelo vírus Varicela-Zoster. Os principais sintomas são manchas vermelhas e bolhas no corpo, acompanhadas de muita coceira, mal-estar, dor de cabeça e febre. As bolhas costumam surgir primeiro no rosto, tronco e couro cabeludo e, depois, se espalham. Em alguns dias, elas começam a secar e cicatrizam.
Foto: Dan Race/Fotolia
Sarampo
É uma doença infecciosa grave, que pode ser fatal, causada por um vírus do gênero Morbilivirus, transmitida através de secreção oral ou nasal. É tão contagiosa que uma pessoa infectada pode transmitir a doença para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes. Os principais sintomas são: manchas avermelhadas na pele, febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza, otite, pneumonia e encefalite.
Foto: picture-alliance/dpa/KEYSTONE/U. Flueeler
Hepatite B
Um dos cinco tipos de hepatite existentes no Brasil, a B é causado por um vírus. A falta de sintomas na fase inicial dificulta o diagnóstico. Muitas vezes, é detectada décadas após a infecção, por sintomas como tontura, enjoo, vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados. Hepatite B não tem cura, mas o tratamento pode reduzir o risco de complicações, como cirrose e câncer hepático.
Foto: picture-alliance/dpa
Caxumba
É uma infecção viral aguda e contagiosa, que na maioria das vezes afeta as glândulas parótidas, que produzem a saliva, ou as submandibulares e sublinguais, próximas ao ouvido. É causada por um vírus e transmitida através de gotículas de saliva. O sintoma mais característico é o aumento das glândulas salivares. O agravamento da doença pode levar à surdez ou esterilidade.
Foto: Imago Images
Rubéola
É uma doença viral aguda, altamente contagiosa. A forma congênita, transmitida da mãe para o filho durante a gestação, é a mais grave porque pode provocar, por exemplo, surdez e problemas visuais no bebê. A transmissão acontece por meio de secreções expelidas ao tossir, respirar ou falar. Os principais sintomas são dor de cabeça e no corpo, ínguas, febre e manchas avermelhadas.
Foto: picture-alliance/dpa/J.P. Müller
Difteria
É uma doença transmissível causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que atinge as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo, como pele e mucosas. A transmissão ocorre por meio da tosse, espirro ou por lesões na pele. Entre os principais sintomas estão: membrana grossa e acinzentada cobrindo as amígdalas, gânglios inchados e dificuldade para respirar.
Foto: picture-alliance/OKAPIA KG/G. Gaugler
Tétano
Ao contrário da maioria das doenças evitadas com vacina, o tétano não é contagioso. É causado por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani, que, sob a forma de esporos, é encontrada em fezes, na terra, em plantas e em objetos e pode contaminar pessoas por meio de lesões na pele, como feridas, cortes ou mordidas de animais. Um dos sintomas é a rigidez muscular em todo o corpo.
Foto: Imago Images
Tuberculose
É uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado bacilo de Koch. Afeta principalmente os pulmões, mas pode acometer outros órgãos e sistemas. Tem como principais sintomas tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço e dor no peito. A transmissão ocorre pela respiração, por espirros e pela tosse.
Foto: picture-alliance/BSIP/NIAID
Febre Amarela
É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores. Não há transmissão direta de pessoa para pessoa. Os principais sintomas são início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. No ciclo silvestre, os vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes e, no ciclo urbano, é o Aedes aegypti.
Foto: R. Richter
Coqueluche
É uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. Se não for tratada, pode levar à morte de bebês menores de seis meses. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto com gotículas eliminadas por tosse, espirro ou fala. No começo, os sintomas são parecidos com os de um resfriado, mas podem evoluir para tosse severa e descontrolada, comprometendo a respiração.
Foto: Imago Images/blickwinkel/McPhoto
Poliomielite
Também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. Nos casos graves, acontecem paralisias musculares irreversíveis. Devido à intensa vacinação, com a famosa "gotinha", no Brasil não há circulação do vírus desde 1990.