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Quase metade da energia da Dinamarca já é eólica

2 de janeiro de 2020

País atinge recorde e obtém dos ventos 47% de toda a energia gerada em 2019. Dinamarqueses começaram a investir pesado no setor na década de 1970.

Parque eólico no Mar Báltico
Parque eólico no Mar BálticoFoto: picture-alliance/dpa

A Dinamarca obteve quase metade de seu consumo de eletricidade de usinas eólicas no ano passado, um novo recorde impulsionado por significativas reduções de custos e melhorias na tecnologia para parques offshore (instalados no mar).

Os parques eólicos representaram 47% do consumo de energia na Dinamarca em 2019, afirmou nesta quinta-feira (02/01) a Energinet, a operadora da rede elétrica do país. A cifra representa uma alta frente aos 41% de 2018 e aos 43% de 2017.

Os países europeus são líderes globais no uso de energia eólica, mas a Dinamarca está bem à frente de sua rival mais próxima, a Irlanda, que obteve 28% de sua energia através do vento, de acordo com o dados do grupo WindEurope.

Em toda a União Europeia, as turbinas eólicas representaram 14% da eletricidade consumida no ano passado, segundo o grupo.

O aumento na participação da energia eólica na Dinamarca no ano passado se deve, em parte, ao início das operações do parque eólico offshore Horns Ver 3, da Vattenfall, no Mar do Norte, em agosto.

As turbinas eólicas no mar foram responsáveis por 18% da energia no ano passado, ante 14% em 2018. Já as turbinas eólicas onshore (localizadas em terra) representaram 29% da energia consumida no ano passado.

A Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou em outubro que a energia gerada a partir de turbinas eólicas no mar representa apenas 0,3% da geração global de eletricidade atual, mas a capacidade deve aumentar 15 vezes nas próximas duas décadas.

A Dinamarca pretende reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 70% em 2030, com uma nova lei climática aprovada no final do ano passado visando o aumento da parcela de eletricidade proveniente de fontes renováveis de energia para 100%.

A Dinamarca – terra natal da Vestas, gigante fornecedora de turbinas eólicas, e da Orsted, líder global no desenvolvimento de projetos eólicos offshore – possui condições favoráveis de vento e começou a investir pesadamente em energia eólica na década de 1970.

FC/rtr

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