Quase metade dos britânicos quer novo referendo sobre Brexit
26 de janeiro de 2018
Estudo aponta que nova votação é apoiada tanto por apoiadores da permanência do Reino Unido na União Europeia quanto por eurocéticos. Dos entrevistados, 43% temem efeitos negativos do Brexit sobre a economia.
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Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (26/01) pelo jornal The Guardian revelou que 47% dos britânicos são a favor da realização de um novo referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Apenas 34% são contra uma segunda votação sobre o chamado Brexit.
De acordo com a pesquisa, realizada pela empresa ICM, se os indecisos fossem eliminados dos resultados, seriam 58% os que apoiam um novo referendo, contra 42% que o rejeitam.
A pesquisa concluiu ainda que há pessoas favoráveis a um novo referendo tanto entre aqueles que apoiam o Brexit, quanto os que rejeitam. Segundo a ICM, um quarto daqueles que votaram pela saída do bloco europeu são a favor de convocar uma segunda votação assim que o governo britânico chegar a um acordo com a UE sobre os termos da futura relação entre ambos.
O estudo mostrou ainda que 43% dos entrevistados temem que o Brexit tenha efeitos negativos sobre a economia britânica.
Londres determinou 29 de março de 2019 como data para se desligar do bloco europeu. Até lá, o governo britânico espera chegar a um acordo com a União Europeia que possibilite a continuidade do comércio com o mercado único europeu com as menores barreiras possíveis.
Num referendo realizado em junho de 2016, 51,9% dos britânicos aprovaram o Brexit, mais de quatro décadas depois de o país aderir ao bloco comunitário europeu. Desde então, o país negocia o divórcio com a União Europeia. Em dezembro, os líderes de 27 Estados-membros da UE deram aval ao início da segunda fase das negociações.
Também em dezembro, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, perdeu uma votação-chave sobre o Brexit no Parlamento. A Câmara dos Comuns aprovou uma emenda que obriga o governo britânico a submeter um futuro acordo alcançado com a UE ao aval dos legisladores.
CN/efe/ots
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Com Brexit, vila alemã vira centro da União Europeia
Quando se concretizar a saída do Reino Unido da União Europeia, Gadheim, de 89 habitantes, será o centro geográfico do bloco. A vila é tão pequena, que nem prefeito tem.
Bem-vindo a Gadheim, o futuro centro da UE
As poucas casas de Gadheim estão localizadas nas colinas de uma região vitivinícola da Baviera, agrupadas ao longo de uma estrada que serpenteia campos dominados por turbinas eólicas.
Típica vila bávara
Os habitantes de Gadheim estão orgulhosos de que suas casas, vinhas, campos infinitos e o sinuoso rio Meno estejam no foco das atenções.
Foto: Getty Images/AFP/D. Roland
Gadheim, centro da Europa?
"A maioria aqui ouviu a notícia no rádio", disse Jürgen Götz, prefeito de Veitshöchheim, que fica nas proximidades. A vila de Gadheim é muito pequena e por isso não tem prefeito. "Inicialmente pensamos tratar-se de uma piada", disse Götz. Na foto, Götz com a bandeira da União Europeia e com a agricultora Karin Kessler, que custa a acreditar que sua localidade ficou famosa da noite para o dia.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Karmann
Um campo é o centro geográfico da UE
Inicialmente ela pensou que a localização exata atingiria o terreno do vizinho, mas o filho dela enviou-lhe uma mensagem com o mapa e as coordenadas exatas: o novo centro geográfico da UE será no meio de um campo de colza dela. "O fato de que isso só esteja acontecendo por causa desse Brexit eu considero uma vergonha", disse ela.
Foto: picture alliance/dpa/D. Karmann
Outra localidade lamenta
Já Westerngrund, a cerca de 60 quilômetros a noroeste de Gadheim, perderá o título de centro da UE, adquirido em 2013 quando a Croácia ingressou no bloco. Escolares da vila verificaram que cerca de 6 mil pessoas de 93 países assinaram o livro de visitantes guardado no local exato onde é o centro geográfico até o momento.
Foto: picture-alliance/dpa/N. Armer
Turistas não tão entusiasmados
Várias bandeiras alemãs e da União Europeia marcam o local que ainda é o centro da UE. "Nós contávamos com ônibus chineses nos visitando todas as semanas. Na realidade, isso não aconteceu", disse Christoph Biebrich, o padeiro de Westerngrund, que criou pães em forma de anel com um buraco, que representa o umbigo da UE, cercado de estrelas.
Foto: picture-alliance/ dpa/R. Hettler
Até a próxima mudança na União Europeia
Fica o conselho do padeiro Biebrich para o povo de Gadheim: "Não se apeguem ao seu lugar ao sol. Isso logo vai mudar". Tanto os moradores de Westerngrund quanto os de Gadheim esperam que a próxima vez que o centro da UE se mover seja por causa de um novo membro, e não por causa de uma saída.