Quase um terço das famílias alemãs tem origem estrangeira
3 de fevereiro de 2015
Estatística considera famílias com crianças menores de idade nas quais ao menos um dos pais é estrangeiro ou alemão naturalizado. Percentual subiu de 27% para 31% desde 2005.
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Mais de 30% das famílias alemãs têm origens estrangeiras, afirma um estudo divulgado nesta terça-feira (03/02) pelo Departamento Federal de Estatísticas da Alemanha (Destatis).
Para o órgão, uma família é de origem estrangeira se ao menos um dos pais tem nacionalidade estrangeira, obteve a cidadania alemã por naturalização ou é um repatriado tardio [definidos pela legislação como alemães étnicos oriundos de países da antiga União Soviética e outros do Leste Europeu].
Considerando os dados do microcenso de 2013, mais de 2,5 milhões de um total de 8,1 milhões de famílias com crianças menores de idade se enquadram em pelo menos um desses requisitos.
Em comparação com o primeiro levantamento desse tipo, feito em 2005, as famílias com raízes estrangeiras aumentaram sua participação no total em quatro pontos percentuais (de 27% para 31%), o que corresponde a 131 mil famílias.
Entre 2005 e 2013, o número total de famílias com crianças menores de idade caiu em 837 mil na Alemanha. Em 2005, ele era de 8,9 milhões.
Dez dicas para estudar na Alemanha
A Alemanha está se tornando um destino cada vez mais atraente para estudantes de diversos países, mesmo aqueles com tradição em receber estrangeiros nas suas universidades, como Inglaterra e Estados Unidos.
Foto: DAAD/Volker Lannert
Gratuidade relativa
Depois de longo impasse e muitos protesos, os Estados alemães aceitaram, no ano passado, abolir as mensalidades em várias universidades. Mas só fica livre do pagamento de taxas quem se candidatar para cursos específicos nas universidades públicas, aceitar e quiser estudar sob as mesmas condições que os estudantes alemães - com todos os desafios inerentes.
Foto: Fotolia/N-Media-Images
Controle sua tendência “workaholic”
O visto para estudante limita a permissão de trabalho. Estudantes sem passaporte da União Europeia podem trabalhar anualmente 120 dias em tempo integral ou 240 em tempo parcial. Durante o semestre, estudantes devem somente trabalhar 20 horas por semana. Comparando com EUA e Inglaterra, aluguel, alimentação, seguro saúde e transporte público são mais baratos.
Foto: DW/M. Soric
Candidatura de bolsas
Se você é talentoso na sua área e assíduo em candidaturas, deve haver uma fonte de financiamento esperando por você para estudar na Alemanha. O DAAD – Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico - é uma instituição pública e oferece diversas possibilidades de auxílio para estrangeiros. Existem também fundações com bolsas especiais. A bolsa ajuda o estudante ser aceito na universidade.
Foto: DAAD - Chile
A luta dos imigrantes é real
Se voce não for cidadão europeu, certamente terá que dedicar bastante tempo ao Ausländerbehörde (o serviço de imigração). Você será responsável por resolver questões fundamentais para a sua permanência no país, como arranjar um seguro de saúde, provar suas condições financeiras, encontrar um apartamento, registrar-se na prefeitura, renovar o visto e manter esses documentos organizados.
Foto: AP
Não tema formulários
Você precisará se acostumar com papeladas e formulários diversos, convenções e linguagem burocrática. Tenha sempre a cópia de tudo. Ser organizado e rápido para acessar seus documentos vai ser um ponto importante a seu favor em situações concretas - desde negociações para um visto até eventuais problemas com apartamentos alugados.
Foto: picture-alliance / dpa/dpaweb
Falar alemão ajuda
Na maioria das cidades alemãs, você poderá viver sem saber a língua local. Muitos cursos nas universidades estão disponíveis inclusive em inglês. Contudo, a sua vida será mais fácil se você dominar o idioma alemão. Isso auxiliará em situações do quotidiano – desde lidar com servidores públicos até fazer amigos. Se você decidir trabalhar, a fluência será clara vantagem.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Kalaene
As universidades não vão paparicar você
Muitas universidades privadas no Brasil costumam pegar os estudantes pelas mãos e quase implorar para que concluam seus trabalhos no final do semestre. Não é bem assim que o ensino superior alemão funciona. Você terá retorno se investir tempo e energia. Enquanto alguns cursos são mais expositivos - com avaliação da participação em aula e apresentação de seminários - outros fazem exames finais.
Foto: DW/J. Albrecht
Diversos tipos de acomodações
Algumas universidades alemãs têm residências oficiais para estudantes a seu modo - pode ser uma pequena “vila de estudantes” (Studentendorf) ou blocos de apartamentos localizados na zonas urbanas, que oferecem um quarto simples. Você pode também tentar partilhar um apartamento, ingressando em uma WG (Wohngemeinschaft). Esta pode ser uma boa alternativa para fazer amigos e aprimorar o idioma.
Você não será o primeiro
Não interessa a crise existencial que o afete – seja problemas com o visto ou o ingrediente “exótico” daquela comidinha caseira: alguém em algum fórum de discussão sobre a Alemanha já começou um debate espirituoso sobre o tema. Crie o costume de fazer buscas simples nestes fóruns antes de pedir dicas. Poucas coisas irritam mais os sabichões expatriados do que perguntas redundantes.
Foto: picture-alliance/dpa/T. Bozoglu
Atenção: você pode querer ficar para sempre
Você terminou o curso e agora só vai querer ficar mais um tempinho, relaxar um pouco na Alemanha, talvez trabalhar e depois voltar para casa para se estabilizar financeiramente, certo? Talvez. Ou você pode se apaixonar perdidamente pela Alemanha. Então vai ter de enfrentar o dilema de dizer permanentemente Tschüss para a sua terra natal ou partir o seu coração por deixar um país encantador.