Quatro perguntas sobre as novas regras em aeroportos
18 de julho de 2016
Normas de segurança ficaram mais rígidas para passageiros de voos nacionais e internacionais, incluindo revista física aleatória. Conheça os novos procedimentos e critérios.
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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) reforçou a partir desta segunda-feira (18/07) os procedimentos de inspeção para acesso às áreas de embarque, pista e aeronaves em todos os aeroportos brasileiros, inclusive para voos nacionais.
Com a inspeção mais rigorosa, passageiros enfrentam longas filas para embarcar nesta segunda-feira, nos aeroportos de Congonhas (São Paulo), Viracopos (Campinas) e Santos Dumont (Rio de Janeiro), por exemplo.
A Anac orientou os passageiros a chegar mais cedo aos terminais, com pelo menos uma hora e meia ou duas horas de antecedência e, no caso de voos internacionais, com três horas de antecedência.
O que muda?
Além da passagem pelo pórtico que identifica possíveis objetos proibidos, os passageiros poderão ser sujeitos a: revista física ou passagem pelo scanner corporal; abertura da bagagem de mão para inspeção; e retirada do notebook da bagagem de mão.
Até então, a retirada de computador portátil e de outros dispositivos eletrônicos do interior de malas e mochilas transportadas na bagagem de mão era obrigatória na passagem pelos raios X somente em voos internacionais. A justificativa para o procedimento é que o laptop dificulta a visualização do interior da bagagem.
As alterações não mudam a lista de itens que já são proibidos na bagagem de mão, como embalagens com mais de 100 ml de líquido e objetos cortantes.
Qual o critério para revista de passageiros?
A revista física é aleatória, ou seja, o passageiro pode ser revistado por um Agente de Proteção da Aviação Civil (APAC) do mesmo sexo independentemente do disparo do alarme do equipamento de raios-X. A revista pode ocorrer em local público ou reservado, a critério do passageiro e dos agentes, e com presença de testemunha.
Posso me negar a ser submetido à revista física?
A recusa do passageiro levará à proibição de acesso à área de embarque. Todos estão sujeitos à revista, inclusive autoridades, Passageiros com Necessidade de Assistência Especial (PNAE) e crianças.
Qual é o motivo da mudança agora?
De acordo com a Anac, as medidas estão sendo adotadas em função da atualização normativa sobre a segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita, necessária para a melhoria contínua da segurança do transporte aéreo a todos os passageiros. Não há ligação com a realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro ou com qualquer outro fator externo.
FC/abr/ots
Os 100 anos da Boeing
A história da Boeing começou num galpão para navios junto ao lago Union, em Seattle, nos EUA. William Böing, filho de imigrantes alemães, inicialmente queria construir um iate, mas descobriu sua paixão por aviões.
Foto: picture alliance/ZUMA Press/L. Faerberg
O começo
O legendário "Red Barn", junto ao lago Union, foi o galpão de embarcações que serviu de hangar para a sede da Pacific Aero Products Company, fundada em 15 de julho de 1916. Um ano mais tarde, a empresa seria rebatizada em Boeing Airplane Company.
Foto: picture-alliance/dpa/Boeing
O fundador
Em 1868, o alemão Wilhelm Böing von Hohenlimburg emigrou de Hagen, na Alemanha, para os Estados Unidos, onde trabalhou como negociante de madeira. Seu filho, Wilhelm Eduard Böing (chamado nos EUA de William Edward Boeing), na foto, estudou em escolas particulares e na Universidade de Yale. O nome alemão Böing foi transformado em Boeing.
Foto: gemeinfrei
Hidroaviões foram os primeiros
A Boeing começou montando hidroaviões. Com o ingresso dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial, a empresa recebeu uma encomenda de 50 unidades. Depois da guerra, teve de se reorientar, fabricando várias coisas. Além do transporte de passageiros e de carga, assumiu também o transporte de correspondências.
Foto: picture-alliance/dpa/Boeing
Serviço de correio
A primeira viagem aérea internacional de serviço de correio ocorreu em março de 1919. Bill Boeing (à esquerda) e Eddie Hubbard voaram de Seattle a Vancouver, no Canadá.
Foto: picture-alliance/dpa/Boeing
Transporte de passageiros
Em 1927 foi criada a Boeing Air Transport. O primeiro avião de transporte de passageiros da Boeing foi o modelo 80-A1, cujo voo inaugural aconteceu em 27 de julho de 1928.
Foto: picture-alliance/akg-images
Modernidade na década de 1930
Um Boeing 247D sobrevoa Nova York. O bimotor construído todo em metal chegou ao mercado nos anos de 1930 e é considerado o primeiro avião da era moderna. Nesta década, William Boeing deixou de trabalhar ativamente na empresa. Ele continuou prestando apenas assessoria para a Boeing.
Foto: picture-alliance/dpa/Boeing
Bombardeiro de Hiroshima
O Boeing B-29 Superfortress, batizado Enola Gay e usado para lançar a bomba nuclear sobre Hiroshima na Segunda Guerra Mundial, foi restaurado e pode ser visto no Smithsonian National Air and Space Museum, em Washington.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Thew
Boeing 707, a nova era
O 707 foi o início de uma nova era no transporte aéreo de passageiros e marcou o começo do domínio da Boeing na aviação comercial. Na foto, a apresentação do primeiro 707, em maio de 1954.
Foto: picture-alliance/dpa/Boeing
Lançamento do 747, o Jumbo Jet
O Boeing 747 foi lançado em 1968. Os então presidentes da Boeing, Bill Allen, e da Pan Am, Juan Trippe (à esq.) selaram o acordo de venda de aviões para a Pan Am durante uma pescaria. O quadrimotor ficou famoso não só pela tecnologia inovadora para a época, mas também seu glamour. Em seu interior, o serviço de coquetel e, às vezes, até mesmo um piano prometiam uma viagem elegante e relaxante.
Foto: picture-alliance/dpa/Boeing
Dreamliner, o futuro
A Boeing foi a primeira fabricante a usar fibras de carbono em vez de alumínio na fuselagem do avião. Mas esta inovação custou dinheiro e tempo: o primeiro exemplar deste jato de alta tecnologia foi entregue em 2011, com três anos de atraso.