Que país será capaz de mediar o conflito Israel-Hamas?
Cathrin Schaer
13 de outubro de 2023
EUA, UE, Rússia, China se oferecem para conter a escalada da violência. Mas países do Oriente Médio é que terão de intensificar seus esforços de mediação, por razões humanitárias e diplomáticas, advertem especialistas.
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O Hamas é classificado como grupo terrorista pela União Europeia, Estados Undos e outras nações. Desde o brutal ataque terrorista perpetrado por ele em 7 de outubro, em território israelense, deixando mais de 1,3 mil mortos, o conflito na região parece estar se agravando de forma dramática.
A Força Aérea israelense afirma ter lançado 6 mil bombas sobre a Faixa de Gaza que, com pouco mais de 40 quilômetros de comprimento, é uma das áreas mais densamente povoadas do mundo.
Nos ataques aéreos maciços de retaliação, mais de 1,9 mil foram mortos em Gaza, incluindo 614 crianças e 370 mulheres, e um total de quase 7,7 mil feridos, segundo informações do Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina.
Na tentativa de libertar cerca de cem reféns detidos pelo Hamas, Israel também impôs um cerco aos cerca de 2,2 milhões de habitantes da região cujo controle detém desde 2007. Na fronteira israelense-libanesa, o grupo militante Hisbolá disparou mísseis contra Israel em apoio ao Hamas.
Região deve liderar as negociações
"Há claros receios em todo o Médio Oriente de que a região vá afundar numa guerra mais ampla”, constata Sanam Vakil, diretora do programa para o Médio Oriente e Norte de África do gabinete estratégico Chatham House, com sede no Reino Unido.
Essa guerra poderia acabar implicando palestinos de outras partes de Israel, dos vizinhos Jordânia e Egito, Líbano e até mesmo Irã. "Os países árabes do Golfo temem que sua segurança interna seja afetada pela violência em cascata."
Ao mesmo tempo, tem havido tentativas de arbitragem por parte da comunidade internacional. Vários países se prontificam a auxiliar no regresso dos reféns a Israel, estabelecer um corredor humanitário para civis palestinos sob ataque e negociar um eventual cessar-fogo. Os Estados Unidos, nações europeias, Brasil, Rússia e China se declararam interessados em ajudar.
Contudo, argumenta Vakil, são os Estados do Oriente Médio que devem assumir a liderança. "O papel desempenhado pelos EUA, China e outros protagonistas internacionais pode ser bastante significativo. Mas os países da região é que devem liderar." Eles teriam a maior capacidade de impacto no conflito. E se nações com EUA e China forem intervir, precisam de intermediários.
Em março, no que foi visto por muitos como um golpe diplomático, a China aproximou Arábia Saudita e Irã, inimigos declarados. Pequim também se disse pronto a ajudar no conflito Israel-Hamas. Para poder fazê-lo, contudo, o país já admitiu que precisaria trabalhar com o Egito.
Os EUA, também são um parceiro fundamental, devido a seus laços estreitos com Israel, mas para contatar o Hamas também precisam contar com outros.
Egito reluta
Vizinho de Israel, o Egito está diretamente envolvido, pois tem controle sobre a única outra passagem fronteiriça, além da de Israel, pela qual os habitantes podem deixar o território cercado de Gaza.
Na segunda semana de outubro, o líder autoritário do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, enfatizou a necessidade de permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza. O Ministério do Exterior egípcio observou que sua passagem de fronteira para Gaza, Rafah, estava aberta novamente, depois de ter sido bombardeada por Israel.
A Organização Mundial da Saúde, as Nações Unidas e a Cruz Vermelha se prontificaram a ajudar, caso se estabeleça um corredor humanitário.
No entanto o Egito não quer que a passagem de Rafah seja usada para o trânsito de migrantes. Em 2008, quando Israel impôs pela primeira vez um bloqueio a Gaza, civis palestinos fugiram para o país.
"O Egito estava interessado em abrir a passagem de Rafah para fornecer ajuda humanitária, alimentos e medicamentos, mas a instabilidade e a expansão do conflito acarretam mais dificuldades e mais refugiados", observou o ministro do Exterior, Sameh Shoukry.
Essa atitude está alinhada com a posição histórica egípcia em relação ao conflito: palestinos e israelenses devem resolver a questão por si próprios, sem que os palestinos sejam forçados a desalojar-se e abrir mão de suas casas.
Além disso, o presidente Sisi vê o Hamas como um risco para a segurança nacional, considerando que o grupo é próximo de um dos seus principais adversários políticos internos, a Irmandade Muçulmana, enquanto outros países próximos, como o Catar, têm cultivado laços mais estreitos com o Hamas.
Contudo, tudo isso ainda poderá mudar se a situação se deteriorar ainda mais e milhares de habitantes de Gaza tentarem desesperadamente atravessar a fronteira egípcia.
Os hospitais de Gaza alertam que estão prestes a ficar sem combustível e não poderão continuar a funcionar. Os bombardeios israelenses arrasaram bairros inteiros, e quase 500 mil residentes foram deslocados. O Exército israelense já anunciou que quer que 1,1 milhão de habitantes do norte de Gaza se desloquem para o sul – isto é, em direção à passagem fronteiriça de Rafah, que leva ao Egito.
Se as coisas piorarem ainda mais, o Egipto poderá ser forçado a aceitar mais refugiados palestinos, informou a jornal online egípcio independente Mada Masr.
Jordânia como observadora humanitária
A Jordânia também faz fronteira com Israel e tem uma longa história como interlocutora na região. Desde 1994, como parte de um acordo de paz Jordânia-Israel, a família real jordaniana tem sido a guardiã de alguns dos locais mais sagrados para muçulmanos e cristãos em Jerusalém. No entanto, a relação de Amã com o Hamas não é tão boa, reconhecem analistas.
Recentemente, na abertura de uma nova sessão do parlamento, o rei Abdullah 2º declarou que não poderia haver paz no Oriente Médio sem "a base da solução de dois Estados".
Isso significaria que Israel e a Palestina se tornariam dois países vizinhos separados. Apesar de muitos políticos se referirem a ideia como uma solução potencial, para a maioria dos especialistas ela não é viável há anos.
Mas a Jordânia tem um bom relacionamento com os EUA, e o rei jordaniano prometeu discutir a temática com o secretário de Estado americano, Antony Blinken, quando ele cumprir sua agenda na Jordânia, o que está programado para meados de outubro.
Abdullah 2º também telefonou para outros líderes da UE e de países árabes. A Jordânia foi uma das primeiras a enviarem um avião com ajuda humanitária para a fronteira no Egito, e acaba de doar 4,3 milhões de dólares (Rnbsp;22 milhões) para os trabalhos da ONU em Gaza.
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Catar lidera negociações sobre reféns
Na região, o Catar é o país que tem laços mais próximos com o Hamas. O grupo radical islâmico mantém um escritório no pequeno Estado do Golfo Pérsico rico em petróleo e gás, e alguns membros do alto escalão do Hamas vivem em Doha. A organização preserva um certo grau de separação entre seu gabinete político e os seus agentes militares.
Desde 2020, o chefe político do grupo, Ismail Haniyeh, natural de Gaza, vive entre o Catar e a Turquia, não podendo mais viajar livremente pela passagem egípcia da fronteira.
Segundo a agência de notícias Reuters, o Catar estaria tentando ajudar a negociar um cessar-fogo e uma troca de reféns do Hamas, por 36 mulheres e crianças palestinas mantidas em prisões de Israel.
Doha já mediou anteriormente entre o Hamas e Israel, além de hospedar as negociações entre o Irã, um dos principais apoiadores do Hamas, e os EUA. Ainda de acordo com a Reuters, Washington também estaria envolvido nas negociações atuais, que progrediriam positivamente. Uma fonte israelense, porém, negou que houvesse qualquer negociação em curso.
Laços da Turquia com o Hamas
A Turquia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), tem manifestado frequentemente apoio à causa palestina. Também acolhe escritórios do Hamas e recentemente já convidou importantes líderes palestinos para conversações em Istambul, mas agora ofereceu-se para mediar entre o Hamas e Israel. Ao contrário de seus aliados militares na Europa e nos EUA, Ancara não considera o Hamas uma organização terrorista.
As relações turco-israelenses estavam tensas desde 2010, quando as forças especiais de Israel mataram dez membros turcos de uma frota marítima que transportava ajuda para Gaza – ilegalmente, de acordo com Israel . Faz pouco tempo que essas relações melhoraram, resultando em 2022 numa espécie de normalização.
No entanto, relações mais amigáveis não impediram o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, de condenar o bombardeio retaliatório de Israel em Gaza como "um massacre”. O político conservador islâmico também criticou os EUA por deslocarem navios de guerra para a área.
O mês de outubro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Amir Cohen/REUTERS
Ataque atinge região de campo de refugiados em Gaza
Um ataque aéreo na região do campo de refugiados Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, deixou pelo menos 50 mortos e 150 feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. As Forças de Defesa de Israel confirmaram ter conduzido um ataque à região, e que diversos militantes do Hamas foram mortos, incluindo Ibrahim Biari, comandante do Hamas que lideraria as operações do grupo no norte de Gaza. (31/10)
Foto: Anas al-Shareef /REUTERS
Israel anuncia 1ª refém resgatada de Gaza durante ofensiva
Soldada sequestrada pelo Hamas da base de Nahal Oz em 07/10, Ori Megidish foi libertada no 4º dia de ação terrestre na região. Ela é a quinta a regressar à família dentre mais de 200 pessoas mantidas reféns há mais de três semanas. Hamas divulgou vídeo com outras reféns para pressionar por acordo de libertação de palestinos presos em Israel, e Netanyahu rejeitou cessar-fogo. (30/10)
Foto: Israeli Security AgencyAP/picture alliance
Em busca de comida, multidão invade armazéns da ONU em Gaza
ONU diz que invasão às instalações com ajuda humanitária é "sinal preocupante" do desespero da população e do colapso da ordem civil após três semanas de conflito. Israel anuncia religação da segunda tubulação de água que abastece Gaza e diz que permitirá a entrada de mais ajuda, enquanto acusa o Hamas de deter "mantimentos suficientes". (29/10)
Foto: Mohammed Abel/AFP
Atirador que matou 18 nos EUA é encontrado morto
Autoridades do Maine afirmam que reservista do Exército que abriu fogo em um bar e um boliche em Lewiston, matando 18 pessoas, foi encontrado sem vida com um aparente ferimento autoinfligido. Caçada ao agressor de massacre durou dois dias. (28/10)
Foto: Matt Rourke/dpa/AP/picture alliance
Gaza fica sem internet em meio a ameaça de invasão, e ONU apela por trégua
Conflito na região se intensifica após Israel anunciar a expansão de operações militares em reação aos ataques terroristas de 7 de outubro do grupo radical islâmico Hamas. "Por que vocês não estão responsabilizando o Hamas?", reage Israel ao comentar resolução aprovada na Assembleia-Geral da ONU. (27/10)
Foto: AFP
Furacão Otis arrasa cidade mexicana de Acapulco
A passagem do ciclone deixou um saldo de ao menos 27 mortos e quatro desaparecidos, segundo as autoridades locais. Comércios e estabelecimentos (foto) foram danificados, comunidades inteiras ficaram incomunicáveis e sem luz. Pessoas saquearam supermercados em busca de água e alimentos. Pesquisadores afirmam que tempestade evoluiu em tempo recorde. (26/10)
Foto: Henry Romero/REUTERS
Aliado de Trump é eleito no líder da Câmara dos EUA
O deputado Mike Johnson, aliado do ex-presidente Donald Trump, foi eleito como novo líder da Câmara dos Representantes dos EUA ao superar o impasse interno no Partido Republicano que havia provocado caos parlamentar nas últimas semanas. Johnson, um conservador com pouca experiência em liderança, foi o quarto republicano que se lançou ao cargo em apenas duas semanas. (25/10)
Foto: ALEX WONG/Getty Images/AFP
China demite ministro da Defesa que estava "desaparecido"
O regime chinês destituiu oficialmente seu ministro da Defesa, na segunda mudança envolvendo um membro da alta cúpula do país em três meses e levantando questões sobre a estabilidade da liderança em torno de Xi Jinping. O general Li Shangfu, que não era visto publicamente há dois meses, foi demitido do cargo de ministro da Defesa e conselheiro de Estado, de acordo com a mídia estatal. (24/10)
Foto: Vincent Thian/AP/picture alliance
Ataque a tiros em escola de SP deixa uma estudante morta e outros três feridos
Uma aluna morreu e outros três ficaram feridos em um ataque a tiros dentro da Escola Estadual Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, um adolescente de 15 anos, também aluno, entrou armado no colégio e efetuou os disparos. Ele foi apreendido junto com a arma. Por meio de nota, a gestão estadual lamentou o episódio. (23/10)
Foto: Agência Brasil/T. Rêgo
Caminhões de transporte de combustíveis chegam à Faixa de Gaza
Pela primeira vez desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, caminhões-tanque transportando combustíveis tiveram permissão para entrar no enclave palestino. A ONU vinha alertando que hospitais e outros serviços essenciais precisavam urgentemente de combustíveis para os geradores de energia, após Israel interromper o abastecimento de energia elétrica no território. (22/10)
Foto: Mohammed Abed/AFP/Getty Images
Manifestação pró-Palestina em Londres reúne 100 mil
Em torno de 100 mil pessoas participaram de uma enorme manifestação em Londres em prol da Palestina. Os manifestantes pediram o fim dos bombardeios israelenses e do bloqueio imposto à população de mais de 2 milhões de pessoas na Faixa de Gaza. Segundo a polícia, a manifestação transcorreu de maneira pacífica. Protestos semelhantes também foram realizados em diversas cidades europeias. (21/10)
Foto: Stefan Rousseau/empics/picture alliance
PF prende membros da Abin por espionagem ilegal de celulares
A Polícia Federal deflagrou uma operação para investigar o uso de um esquema secreto de monitoramento de geolocalização de celulares sem autorização judicial por funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A prática ilegal teria ocorrido no governo de Jair Bolsonaro. O software teria sido usado contra jornalistas, políticos e adversários do ex-presidente. (20/10)
Foto: JoŽdson Alves/Agência Brasil
Jovem cuja morte gerou onda de revolta no Irã ganha prêmio de direitos humanos
A iraniana Jina Mahsa Amini, morta sob custódia policial no Irã em 2022, foi premiada postumamente com o Prêmio Sakharov 2024 de direitos humanos, juntamente com o movimento iraniano Mulher, Vida, Liberdade. A honraria é concedida anualmente pelo Parlamento Europeu. Desde sua morte, os iranianos têm realizado inúmeros protestos contra a repressão aos direitos das mulheres. (19/10)
Centenas de pessoas morreram em um ataque aéreo ao Hospital Batista Al-Ahli, na Cidade de Gaza. O Ministério da Saúde, ligado ao Hamas, falou em até 500 mortos, com diversas pessoas sob os escombros. Palestinos acusaram Israel de ter perpetrado o ataque. Militares israelenses negaram envolvimento, dizendo que o incidente foi causado por um foguete palestino. (17/10)
Foto: Abed Khaled/AP/picture alliance
Bélgica eleva alerta de terrorismo após ataque em Bruxelas
Dois cidadãos suecos foram mortos a tiros na capital belga, o que levou as autoridades elevarem o alerta de terrorismo ao nível mais alto. Promotoria belga avalia "possível motivação terrorista". Suspeito abriu fogo contra pessoas que provavelmente estavam no país para assistir uma partida entre Bélgica e Suécia, que acabou sendo suspensa após ter sido iniciada. (16/10)
Foto: Johanna Geron/REUTERS
Fuga em massa de Gaza
Milhares de palestinos deixaram o norte de Gaza depois que Israel deu um prazo de 24 horas para a evacuação, antes de uma possível invasão terrestre, em uma escalada de violência que, segundo a ONU, ameaça consolidar uma "catástrofe humanitária". Apesar da fuga, há pouca chance de a população sair do território palestino, inclusive pelo Egito, que não está disposto a abrigar refugiados. (13/10)
Foto: Hatem Moussa/AP/picture alliance
Alemanha oferece ajuda militar a Israel
O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, destacou a responsabilidade histórica da Alemanha em relação à segurança de Israel e ofereceu ajuda militar ao país. Scholz também chamou o silêncio do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, de "vergonhoso". Mais tarde, Abbas se manifestou, condenando "as práticas que levam à morte ou ao abuso de civis de ambos os lados". (12/10)
Foto: Bernd von Jutrczenka/dpa/picture alliance
Bombardeios em Gaza
Autoridades de saúde de Gaza afirmaram que os ataques aéreos retaliatórios de Israel já deixaram mais de mil palestinos mortos e mais de 4 mil feridos. Regiões inteiras da Cidade de Gaza, principal área urbana do enclave, foram reduzida a ruínas. Segundo as Nações Unidas, cerca de 200 mil habitantes da Faixa de Gaza, que tem população de pouco mais de 2 milhões, fugiram de suas casas. (11/10)
Foto: Fatima Shbair/AP/picture alliance
Brasileiros mortos no ataque do Hamas em Israel
Foram confirmadas as mortes de dois brasileiros que estavam no festival de música próximo à fronteira com a Faixa de Gaza que se tornou um dos alvos da ofensiva do grupo terrorista Hamas em Israel. Ranani Glazer, de Porto Alegre, e Bruna Valeanu, do Rio de Janeiro, ambos de 24 anos, estavam no festival de música eletrônica quando militantes do grupo islamista deram início ao ataque. (10/10)
Foto: Jack Guez/AFP/Getty Images
Israel ordena "cerco total" à Faixa de Gaza
O ministro da Defesa de Israel anunciou um "cerco total" à Faixa de Gaza, o superpopuloso enclave palestino de onde partiu o ataque terrorista do Hamas que matou centenas de israelenses. Israel suspendeu o fornecimento de água, eletricidade, alimentos e combustível para Gaza, onde vivem cerca de 2 milhões de palestinos, que já sofre com um severo bloqueio econômico e de circulação há 15 anos.
Foto: Mohammed Salem/REUTERS
Pró-palestinos celebram em Berlim o conflito no Oriente Médio
Enquanto o governo da Alemanha reafirma seu apoio a Israel perante os ataques iniciados pela organização radical islâmica Hamas, na capital Berlim um grupo pró-palestino festejou o conflito. Integrantes do Samidoun realizaram sua manifestação no bairro de Neukölln, no sul da capital. De início a polícia se absteve, porém o evento escalou, terminando por ser dissolvido. (08/10)
Foto: Paul Zinken/dpa/picture alliance
Ataque sem precedentes do Hamas deixa centenas de mortos em Israel
Israel foi pega de surpresa por um ataque por ar, mar e terra lançado pelo grupo palestino Hamas, que combinou infiltração de terroristas armados, lançamento de foguetes e tomada de reféns. Terroristas massacraram civis e chegaram a tomar o controle de comunidades israelenses próximas da fronteira da Faixa de Gaza. Israel contabilizou pelo menos 600 mortos e mais de 2.200 feridos. (07/10)
Foto: Tsafrir Abayov/AP/picture alliance
Ativista iraniana recebe Prêmio Nobel da Paz
Comitê do Nobel concedeu prêmio a Narges Mohammadi por "sua luta contra a opressão das mulheres no Irã e para promover os direitos humanos e a liberdade para todos". Vice-presidente do Defenders of Human Rights Centre, ela foi presa 13 vezes pelo regime fundamentalista e condenada a um total de 31 anos de prisão e a 154 chicotadas. Teerã criticou a premiação como "tendenciosa e política". (06/10)
Foto: www.nobelprize.org
Mais de 50 morrem em bombardeio russo na Ucrânia
Mísseis russos transformaram em ruínas uma mercearia e um café localizados no vilarejo de Hroza, em Kharkiv, nordeste da Ucrânia, matando ao menos 51 civis, incluindo uma criança de 6 anos. Outras seis pessoas ficaram feridas. O ataque foi um dos mais letais perpetrados pela Rússia contra civis ucranianos desde o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022. (05/10)
Prelados atendem a missa presidida pelo papa Francisco na abertura do 16º Sínodo dos Bispos. Antecedendo evento histórico no Vaticano para debater os rumos da Igreja Católica, o pontífice pregou tolerância aos LGBTQI+ e sinalizou liberação para benção de casais do mesmo sexo. Ele abriu o evento frisando a necessidade de reparação para tornar a Igreja um lugar de acolhimento a todos. (04/10)
Foto: Andrew Medichini/AP Photo/picture alliance
Nobel de Física vai para trio de pesquisadores de elétrons
O Prêmio Nobel de Física de 2023 foi concedido a três pesquisadores que desenvolveram métodos experimentais para o estudo da dinâmica dos elétrons. Os premiados são Pierre Agostini, da Universidade de Ohio, EUA, Ferenc Krausz, do Instituto Max Planck para Ótica Quântica e da Universidade Ludwig-Maximilians de Munique, Alemanha, e Anne L'Huillier, da Universidade de Lund, na Suécia. (03/10)
Foto: Anders Wiklund/TT News Agency/REUTERS
Primeiro dia do julgamento de Trump por fraude empresarial
Teve início o julgamento do ex-presidente dos EUA em Nova York. Ele é acusado de fraude empresarial, com a qual ele e seus aliados teriam lucrado mais de 1 bilhão de dólares ao inflacionarem relatórios financeiros para obterem vantagens em bancos e seguradoras. Trump aproveitou para criticar seus detratores e repetir o discurso de que estaria sendo vítima de uma "vingança política". (02/10)
Foto: Charlie Neibergall/AP Photo/picture alliance
Começa transformação de casa natal de Hitler em delegacia policial
"Pela paz, liberdade e democracia, fascismo nunca mais, advertem milhões de mortos" diz a pedra diante da casa onde nasceu Adolf Hitler, na cidade austríaca de Braunau am Inn. Prédio que depois da 2ª Guerra Mundial serviu como biblioteca, escola e oficina para portadores de deficiência, será transformado em delegacia. Destinação cultural traria perigo de encorajar culto ao ditador nazista. (01/10)