"Queimadas mostram que desmatamento está aumentando"
Loveday Wright md
22 de agosto de 2019
Taxa de incêndios na Amazônia é a mais alta desde o início dos registros. Em entrevista à DW, climatologista Carlos Nobre atribui aumento à tradição agrícola e ao desrespeito a leis ambientais encorajado por Bolsonaro.
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Quase 73 mil incêndios foram registrados entre janeiro e 18 de agosto deste ano, comparados com cerca de 39 mil no mesmo período de 2018, de acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A cifra é a mais alta desde o início dos registros e representa um aumento de 83% no número de incêndios em relação ao mesmo período do ano passado.
O presidente Jair Bolsonaro sugeriu nesta quarta-feira (21/08), sem citar evidências, que os incêndios na Amazônia Legal podem ser fruto da "ação criminosa desses 'ongueiros', para exatamente chamar a atenção contra a minha pessoa, contra o governo do Brasil".
Em entrevista à DW, Carlos Nobre, climatologista aposentado do Inpe e atualmente ligado ao Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), afirma que a combinação de métodos agrícolas tradicionais e a atual retórica política são letais para o futuro da floresta. O cientista diz que o governo brasileiro está promovendo modelos de desenvolvimento agrícola baseados nas queimadas.
"Até o presidente está encorajando, fazendo quase diariamente declarações dizendo que a agricultura é um poderoso setor econômico para o Brasil e que a fronteira agrícola precisa ser expandida", lamenta. "Então, essa não é uma mensagem oculta, é uma mensagem aberta de que esses fazendeiros e pecuaristas são heróis", diz.
DW: O que há por trás desse surto de incêndios florestais no Brasil? Isso tem a ver com as temperaturas quentes ou ventos fortes este ano, ou seria outra coisa?
Carlos Nobre: É outra coisa. Na verdade, a estação seca deste ano não está extremamente seca, é normal. Os ventos nessa parte da Amazônia não são tão fortes. Então, realmente, a maioria dos incêndios florestais na Amazônia não são incêndios florestais naturais, são induzidos pelo homem, geralmente por agricultores e pecuaristas.
Infelizmente, na agricultura tropical, o fogo ainda é usado rotineiramente. E alguns desses incêndios se espalham, e depois atingem e queimam grandes áreas de floresta. No sistema típico do Brasil e de todos os países da Amazônia, se derrubam as árvores e se deixa a área para secar por cerca de dois ou três meses antes de colocar fogo, com a finalidade de limpar a terra para fins agrícolas.
Então, este é um fenômeno muito comum. Mas o que estamos vendo este ano é mais desmatamento. Estimamos que a Amazônia tenha diminuído entre 20% e 30% em relação aos últimos 12 meses.
Existe alguma tentativa de parar esses incêndios?
Isso é muito difícil, porque o uso das queimadas é uma parte tradicional da agricultura tropical para limpar a área agrícola, terra de pecuária, então é muito difícil de parar. Por muitos anos, houve períodos em que o fogo era proibido, mas infelizmente a maioria dos fazendeiros e pecuaristas não obedece a esses instrumentos legais. Eles são multados, mas isso não funciona. As queimadas estão aumentando. Existe uma cultura no setor agrícola na Amazônia de usar queimadas extensiva e intensivamente.
Qual a dimensão dos incêndios e quanto dano estão causando?
Os sistemas do Inpe são baseados em satélites que detectam focos de calor relacionados a incêndios. Então, eles detectam tanto as queimadas para propósitos agrícolas quanto os incêndios na floresta.
Isso não é algo excepcional, já vínhamos vendo esses incêndios há muitas décadas. Mas, infelizmente, o número de incêndios atingiu o pico este ano. Isso mostra que o desmatamento está aumentando e que os fazendeiros estão usando fogo ainda mais intensamente.
O novo governo federal do Brasil está encorajando esses modelos de desenvolvimento agrícola. Até o presidente está encorajando, fazendo quase diariamente declarações dizendo que a agricultura é um poderoso setor econômico para o Brasil e que a fronteira agrícola precisa ser expandida.
Então, essa não é nem uma mensagem oculta, é uma mensagem aberta de que esses fazendeiros e pecuaristas são heróis, de que eles devem mover a fronteira agrícola porque eles estão trazendo progresso e renda, o que não é necessariamente verdade. Mas essas mensagens enviam um sinal para os agricultores e pecuaristas: vamos limpar mais terra, vamos derrubar as florestas, vamos fazer queimadas, porque nada vai acontecer conosco.
Quanta floresta deve ser perdida se isso continuar?
É muito provável que as taxas de desmatamento dos últimos 12 meses sejam significativamente maiores que as dos 12 meses anteriores. Olhando para as imagens de satélite, podemos estimar um crescimento de cerca de 20% a 30%, o que é uma taxa muito alta.
Infelizmente, dados mostram que mesmo durante os anos em que o desmatamento foi bastante reduzido, o número de incêndios não diminuiu na mesma proporção. Então, ficamos muito preocupados, porque isso mostra que os fazendeiros continuam fazendo queimadas mesmo quando o desmatamento diminui.
Isso também mostra que a floresta está se tornando mais vulnerável porque as pessoas não estão cumprindo as leis. Em toda a Amazônia brasileira, a maioria dos estados tem leis especificando períodos durante a estação seca nos quais não é permitido fazer queimada. Mas a lei não é cumprida, e os incêndios estão aumentando.
O que pode ser feito para reduzir as queimadas?
Existe uma abordagem educacional, que leva muito tempo. A agricultura moderna não usa queimada. Você não precisa usar fogo para limpar a terra para pastagem ou para plantação após a colheita. Em países onde a agricultura é muito desenvolvida, o fogo não é usado. Mas ensinar essa abordagem leva tempo, muitos anos ou décadas.
A outra questão que é mais urgente é realmente ser rigoroso em termos de aplicação da lei. Até 80% do desmatamento na Amazônia brasileira são ilegais. Entre 2005 e 2014, as taxas de desmatamento caíram porque houve muito mais medidas de controle. Muitos dos culpados por esses crimes ambientais foram presos. Havia campanhas contra o desmatamento ilegal e também contra o uso de queimadas. Mas infelizmente aquelas campanhas e aquele momento de ser muito rigoroso em relação aos que não estão cumprindo a lei acabaram. Então, agora estamos vendo um aumento no desmatamento e também dos incêndios.
Alemanha e Noruega suspenderam repasses para projetos ambientais no Brasil. Em que medida isso afetará o trabalho de conservação na Amazônia?
Isso fará muito mais mal do que bem. O montante total desses fundos não é grande, é de cerca de um bilhão de dólares ao longo de dez anos. E apenas algo em torno de 600 milhões de dólares foi usado em dez anos. No entanto, era muito importante, porque esses recursos da Noruega e da Alemanha foram fundamentais para demonstrar que a Amazônia pode ser desenvolvida sem desmatar a floresta, sem queimadas, capacitando as comunidades locais.
Eu acho que seria muito ruim para o futuro da Amazônia se nós – países amazônicos, em particular o Brasil – perdermos esse apoio de outros países que mostram que há uma alternativa. Como os políticos no poder em muitos países da Amazônia não compartilham dessa visão, é importante para esses países receber alguma ajuda internacional que realmente demonstre na prática que podemos ter um modelo de desenvolvimento diferente para a Amazônia.
É ainda mais importante neste momento, porque se esses países decidem não doar só para dizer que discordam da política governamental atual, as políticas governamentais não vão mudar.
O presidente do Brasil está fazendo piadas sobre a Noruega e a Alemanha se retirarem do financiamento da ajuda internacional. Então, o governo pode dizer: "Estamos vencendo, nossos modelos de desenvolvimento, destruindo as florestas, substituindo-as por fazendas de gado e terras cultivadas.Este é o nosso modelo, e estamos tendo sucesso. Até a ajuda internacional está sendo reduzida, então, estamos ganhando o jogo." Acho que a perda de financiamento é uma coisa ruim. São as instituições brasileiras sérias que vão sentir falta dessa ajuda internacional.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
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Britânicos protestam contra suspensão do Parlamento
Milhares de pessoas foram às ruas de várias cidades do Reino Unido para protestar contra a decisão do primeiro-ministro, Boris Johnson, de fechar o Parlamento por cerca de um mês antes do prazo final para o divórcio com a União Europeia (UE). Manifestantes acusam o primeiro-ministro de dar um golpe para forçar um Brexit sem acordo. (31/08)
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Lideranças pró-democracia são presas em Hong Kong
Figuras centrais do movimento pró-democracia de Hong Kong foram presas sob suspeita de organizar ou participar de manifestações ilegais no território semiautônomo da China. Entre os detidos estavam Joshua Wong e Agnes Chow, considerados mentores das manifestações. Mais tarde, Wong e Chow foram libertados sob fiança, mas continuam sob investigação por sua participação nos protestos. (30/08)
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Brigitte Macron agradece brasileiros que publicaram mensagens de apoio
A primeira-dama da França, Brigitte Macron, agradeceu internautas brasileiros que manifestaram apoio na sequência de um comentário ofensivo de Jair Bolsonaro. Em português, ela disse "muito obrigada”. Após Bolsonaro endossar uma publicação sexista contra Brigitte, usuários brasileiros, incluindo celebridades, começaram a publicar mensagens com a hashtag #DesculpeBrigitte no Twitter. (29/08)
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Greta Thunberg chega a Nova York após cruzar o Atlântico
A jovem ativista ambiental Greta Thunberg chegou a Nova York após cruzar o Atlântico em um veleiro. A viagem durou duas semanas e teve como ponto de partida Plymouth, no Reino Unido. Greta, de 16 anos, ganhou notoriedade ao iniciar o movimento Greve pelo Futuro em 2018. Ela se recusou a viajar de avião por causa das emissões de carbono e decidiu fazer a travessia num veleiro sustentável. (28/08)
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Brasil indica "A vida invisível" para disputar vaga no Oscar
O longa "A vida invisível", de Karim Aïnouz, foi escolhido para representar o Brasil na disputa por uma vaga no Oscar de melhor filme internacional. O filme desbancou outros 11 longas. A escolha foi feita por uma comissão indicada pela Academia Brasileira de Cinema. Ambientado nos anos 1950, o filme conta a história de duas irmãs cariocas que vivem sob um rígido sistema patriarcal. (27/08)
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Macron rebate Bolsonaro por comentário sexista
Ao final da cúpula do G7, o presidente da França, Emmanuel Macron, reagiu a comentários desrespeitosos sobre a aparência de sua mulher, Brigitte, que foram endossados em uma rede social por Jair Bolsonaro. O francês disse esperar que os brasileiros "tenham logo um presidente à altura do cargo". "É triste, é triste para ele, primeiramente, e para os brasileiros", disse Macron. (26/08).
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Dois anos do massacre dos rohingya
Dezenas de milhares de muçulmanos rohingya realizaram manifestações em seus campos de refugiados em Bangladesh para marcar os dois anos do início do êxodo. Quase 750 mil rohingya fugiram para a nação vizinha a partir de Rakhine, seu estado natal em Myanmar, após repressões violentas contra o grupo étnico. (25/08)
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Visibilidade para a igualdade de gêneros
"Virem a maré na igualdade de gêneros": ativistas aproveitam cúpula do G7 para dar visibilidade ao tema, com um manifesto gigante nas areias de Biarritz. Além dos chefes de governo e Estado do clube das sete potências, representados no desenho, estão presentes dirigentes de cinco outras nações. Com acesso ao palco do encontro interditado, manifestantes se concentram em cidades vizinhas. (24/08)
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Macron se opõe a acordo com Mercosul
Diante da crise gerada pelas queimadas na Amazônia, o governo do presidente francês, Emannuel Macron, disse que Jair Bolsonaro mentiu ao assumir compromissos em defesa do meio ambiente durante a cúpula do G20 no Japão, algo que, segundo a França, deve inviabilizar a ratificação do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. O governo da Irlanda também adotou uma posição similar. (23/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/Planet Labs Inc.
Macron recebe Johnson
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, viajou a Paris para se reunir com o presidente francês, Emmanuel Macron, e tentar convencê-lo a aceitar a reabertura das negociações entre Reino Unido e União Europeia sobre o Brexit. Macron afirmou, porém, que, até o divórcio, não há tempo suficiente para que Reino Unido e UE cheguem a um um acordo amplamente diferente do já negociado. (22/08)
Foto: Reuters/G. Fuentes
Merkel recebe Johnson em Berlim
Em sua primeira visita oficial à Alemanha, o novo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, voltou a afirmar estar confiante que poderá renegociar o acordo do Brexit com a União Europeia. A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, sinalizou estar aberta a debater a questão e disse que uma possível solução para o impasse sobre o mecanismo pode ser encontrada nos próximos 30 dias. (21/08)
Foto: AFP/O. Andersen
Fim de governo populista na Itália
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, anunciou sua renúncia e atribuiu a culpa pelo fim do governo populista, que durou 14 meses, ao ministro do Interior e vice-primeiro-ministro, Matteo Salvini. O premiê criticou severamente as recentes demandas de Salvini por um eleição antecipada, para que, segundo ele, pudesse ganhar "plenos poderes" e conquistar o posto de primeiro-ministro. (20/08)
Foto: Reuters/Y. Nardi
El Salvador absolve acusada por suspeita de aborto
Um tribunal de El Salvador absolveu uma jovem de 21 anos acusada de homicídio após o bebê ter nascido morto. O caso de Evelyn Hernandez atraiu atenção internacional ao país que possui uma das leis mais rigorosas do mundo sobre o aborto. Em 2016, depois de fortes dores, Hernandez deu a luz num banheiro a um bebê morto. Acusada de homicídio, promotores pediam uma pena de 40 anos de prisão. (19/08)
Foto: AFP/Getty Images/M. Recinos
Protesto, chuva e paz no território chinês
Sem se impressionar com as pesadas chuvas, no 11º fim de semana seguido de protestos, dezenas de milhares exigiram mais democracia no centro de Hong Kong. "Hoje é um dia de paz", explicou uma organizadora. "Podemos mostrar ao mundo que o povo de Hong Kong pode ser totalmente pacífico." Se qualquer tipo de distúrbio irrompesse, seria culpa da polícia, assegurou. (18/08)
Foto: Reuters/T. Siu
Menores podem desembarcar em Lampedusa
Dos 134 migrantes resgatados pelo navio humanitário espanhol Open Arms, 27 menores de idade desacompanhados tiveram permissão de descer na ilha do Mediterrâneo, após 16 dias de espera. ONG responsável afirmou não poder mais garantir a segurança a bordo e temer um motim. Ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, aquiesceu a contragosto ao pedido de premiê Giuseppe Conte. (17/08)
Foto: Reuters/G. Mangiapane
Morre Peter Fonda, estrela de “Easy rider”
O ator Peter Fonda, que ficou famoso por interpretar um dos motoqueiros de "Easy rider – Sem destino", filme símbolo da contracultura americana, morreu aos 79 anos, pouco mais de um mês após o aniversário de 50 anos do lançamento da obra. Além de atuar, Peter coescreveu e produziu o filme. De um clã de atores, ele era filho de Henry Fonda e irmão de Jane Fonda. (16/08)
Foto: Imago//EntertainmentPictures
Noruega suspende repasses para o Fundo Amazônia
O ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Ola Elvestuen, disse que seu país vai suspender o repasse de 133 milhões de reais que seriam destinados ao Fundo Amazônia. Ao anunciar o bloqueio, ele disse que o governo Bolsonaro descumpriu acordo de gestão do fundo ao promover mudanças unilaterais. Em resposta, presidente disse: "a Noruega não é aquela que mata baleia lá em cima?”. (15/08)
Foto: Getty Images/M. Tama
Ativistas jogam tinta na embaixada do Brasil em Londres
Ativistas protestaram contra a política ambiental e indigenista do governo de Jair Bolsonaro em Londres, jogando tinta vermelha na fachada da embaixada brasileira. Membros do grupo Extinction Rebellion subiram sobre uma cobertura de vidro na entrada do edifício, enquanto outros colaram cartazes com frases de protesto. Marcas de mãos e rajadas de tinta vermelha cobriram a fachada. (13/08)
Foto: Reuters/P. Nicholls
Protesto pró-democracia fecha aeroporto de Hong Kong
As autoridades aeroportuárias de Hong Kong cancelaram voos depois que ao menos cinco mil manifestantes ocuparam o terminal do aeroporto internacional da cidade pelo quarto dia consecutivo. O fechamento de um dos aeroportos mais movimentados do mundo foi anunciado num momento em que o governo chinês diz ver "sinais de terrorismo" no movimento de protesto. (12/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/V. Thian
Confronto em Jerusalém
Forças de segurança israelenses e manifestantes palestinos entraram em confronto no Monte do Templo, em Jerusalém, no primeiro dia do Eid al-Adha (A Festa do Sacrifício, um festival muçulmano). Ao menos 14 palestinos e quatro policiais israelenses ficaram feridos. (11/08).
Foto: Getty Images/AFP/A. Gharabli
Mais um dia de protestos em Moscou
Policiais revistam ativistas dispostos a participar das manifestações contra bloqueio, pela Comissão Eleitoral, de candidatos oposicionistas ou independentes no pleito legislativo da cidade. Como nos sábados anteriores, dezenas de milhares foram às ruas, centenas foram presos. (10/08)
Foto: picture-alliance/dpa/Sputnik/R. Sitdikov
PIB britânico encolhe
O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido caiu de 1,8%, no primeiro trimestre, para 1,2%, anunciou o Escritório para Estatísticas Nacionais (ONS). Esta foi a primeira retração da economia britânica desde 2012. Primeira queda desde 2012 é atribuída tanto à desaceleração global quanto ao aumento do temor de recessão gerado pela saída do Reino Unido da UE. (09/08)
Foto: picture-alliance/empics/Y. Mok
Alerta da ONU
O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) fez uma alerta sobre as mudanças climáticas e seus impactos na agricultura. Ao mesmo tempo que contribui para alterações climáticas, sistema alimentar atual é fortemente afetado por suas consequências, aponta IPCC. Relatório ressalta necessidade de conter desmatamento e monoculturas. (08/08)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Pera
Desenhos inéditos de Kafka
Após anos de disputa na Justiça, a Biblioteca Nacional de Israel apresentou desenhos inéditos do escritor tcheco Franz Kafka. Os desenhos fazem parte do acervo deixado por Kafka a seu amigo Max Brod. O material estava no cofre de um banco em Zurique. Depois de uma batalha de oito anos, a Suprema Corte israelense determinou que o material fosse para a Biblioteca Nacional. (07/08)
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Morre Toni Morrison
A escritora americana Toni Morrison, primeira mulher negra a ganhar o Nobel de Literatura, morreu aos 88 anos, em Nova York. Em comunicado, a família de Morrison informou que a escritora "morreu após uma breve doença". A escritora deixa um legado de obras premiadas que deram voz a personagens negras e evocaram questões como racismo e escravidão. (06/08)
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O julho mais quente da história
Julho de 2019 foi o mais mês mais quente já registrado no mundo, segundo dados divulgados pelo serviço europeu Copernicus sobre mudança climática. O mês foi 0,04ºC mais quente do que o recorde anterior: julho de 2016. O mês foi marcado por ondas de calor que atingiram a Europa, com quebra de recordes de temperaturas em vários países. (05/08)
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Tutancâmon volta à juventude
Estima-se que o trabalho de restauração do sarcófago do faraó Tutancâmon, morto aos 18 anos, mais de 33 séculos atrás, levará cerca de oito meses para se completar. O que exigirá mais tempo é o esquife exterior, de madeira dourada, em estado de conservação muito frágil. O tesouro arqueológico será exibido no futuro Grande Museu Egípcio do Cairo, a inaugurar-se no fim de 2020. (04/08)
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Manifestantes desafiam polícia em Hong Kong
Mais de cem mil manifestantes pró-democracia se reuniram neste sábado em Mongkok, um movimentado bairro comercial de Hong Kong, no nono fim de semana consecutivo de protestos na região semiautônoma chinesa. Houve choques com a polícia, que usou gás lacrimogêneo para dispersar ativistas que ocuparam uma delegacia. (03/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/V. Thian
EUA deixam acordo de desarmamento com a Rússia
Os Estados Unidos desligaram-se oficialmente do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF). Assim se extingue o acordo binacional de 1987 que exigia que americanos e soviéticos eliminassem inteiramente os mísseis de cruzeiro lançados do solo com alcance entre 500 e 5.500 quilômetros. (02/08)
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75 anos do Levante de Varsóvia
A Polônia celebrou os 75 anos do Levante de Varsóvia, com um pedido de desculpas oficial da Alemanha e um minuto silêncio cumprido em toda a cidade. Em 01 de agosto de 1944, insurgentes se rebelaram-se contra a ocupação nazista. Nos 63 dias de combate, 200 mil civis foram mortos e a cidade transformada em ruínas. (01/08)