Crítica do oncologista à polarização entre saúde e economia vai ao encontro de Bolsonaro, preocupado com impacto econômico do coronavírus. Mas Teich defende isolamento horizontal e prefere cautela no uso da cloroquina.
Anúncio
Em meio à pandemia da doença respiratória covid-19, o presidente Jair Bolsonaro nomeou o médico Nelson Teich como novo ministro da Saúde, colocando um ponto final no conflito que se arrastava há semanas entre o Palácio do Planalto e o até então titular da pasta, Luiz Henrique Mandetta (DEM). Teich tomou posse no cargo nesta sexta-feira (17/04).
A troca foi motivada pelos atritos constantes entre o presidente, que minimiza a gravidade do coronavírus, defende o fim do isolamento social e divulga a cloroquina – ainda em testes – como droga eficaz contra a doença, e Mandetta, que se manteve alinhado ao consenso médico, às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e às práticas adotadas pela maioria dos países do mundo.
Em discurso no Palácio do Planalto na quinta-feira, ao lado de Bolsonaro, Teich disse que "existe um alinhamento completo" entre ele e o presidente, mas que dará "sequência" e buscará "agregar" à gestão desenvolvida pelo seu antecessor.
Já em seu discurso de posse nesta sexta, esboçou um primeiro sinal de discordância com o chefe de Estado, ao afirmar que o foco de sua gestão será "nas pessoas". "Por mais que você fale em saúde, por mais que você fale em economia, não importa o que você fale, o final é sempre gente. E é isso que a gente vem fazer aqui, trazer uma vida melhor para as pessoas do Brasil", disse Teich.
Na mesma cerimônia, por sua vez, Bolsonaro insistiu em defender a reabertura da economia. "A visão do Mandetta, que é muito boa, é da defesa da vida. A minha, entra o Paulo Guedes, a economia, o emprego. Ainda tenho uma visão de que devemos abrir o emprego. O efeito colateral do combate ao vírus não pode ser mais danoso que o próprio remédio", afirmou.
O novo ministro da Saúde se aproximou de Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018, da qual participou como consultor, por indicação de Paulo Guedes, então assessor de Bolsonaro para questões econômicas e hoje ministro da Economia.
Teich, que não é filiado a partido político, chegou a ser cogitado para assumir a pasta no início da gestão Bolsonaro, em janeiro de 2019. À época, porém, o presidente nomeou Mandetta ao posto para fortalecer o seu vínculo com o DEM, partido de Onyx Lorenzoni, apoiador de primeira hora de Bolsonaro, ex-ministro da Casa Civil e atualmente ministro da Cidadania.
O combate à covid-19
Nos últimos 30 dias, Teich publicou três artigos em sua página na plataforma profissional LinkedIn nos quais expressa avaliações sobre a evolução da covid-19, causada pelo coronavírus Sars-Cov-2, no Brasil, e a atuação do governo. Em alguns trechos, o agora ministro demonstra ter posições diversas das do presidente da República.
Teich defende, por exemplo, o isolamento horizontal, no qual a população em geral deve ficar em casa para reduzir a velocidade de disseminação do vírus e não sobrecarregar os sistemas de saúde. Já o presidente vem defendendo o isolamento vertical, no qual apenas cidadãos em grupos de risco, como pessoas acima de 60 anos, seriam isoladas – proposta que, segundo especialistas, teria poucas chances de funcionar.
"A opção pelo isolamento horizontal, onde toda a população que não executa atividades essenciais precisa seguir medidas de distanciamento social, é a melhor estratégia no momento. Além do impacto no cuidado dos pacientes, o isolamento horizontal é uma estratégia que permite ganhar tempo para entender melhor a doença e para implantar medidas que permitam a retomada econômica do país", escreveu Teich, em 2 de abril.
O isolamento vertical, segundo ele, "tem fragilidades e não representaria uma solução definitiva para o problema". "Se deixarmos as pessoas com maior risco de morte pela covid-19 em casa e liberarmos aqueles com menor risco para o trabalho, com o passar do tempo teríamos pessoas assintomáticas transmitindo a doença para as famílias, para as pessoas de alto risco que foram isoladas e ficaram em casa", escreveu o hoje ministro.
Teich pondera que, idealmente, o isolamento deveria ser "personalizado", se houver um "conhecimento maior da extensão da doença na população e uma capacidade de rastrear pessoas infectadas e seus contatos".
Para que esse tipo de isolamento seja aplicado, ele afirma que seria necessário examinar em massa a população para a covid-19, estratégia usada em países como a Alemanha, mas no momento não disponível no Brasil devido à escassez de testes. Além disso, seria importante rastrear e monitorar os infectados, possivelmente com o apoio de operadoras de celular.
No âmbito federal, o próprio Bolsonaro já manifestou resistência a essa ideia, vetando um acordo costurado pelo seu governo com as operadoras de telefonia para implementar esse rastreamento por geolocalização.
Em discurso no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (16/04), Teich sinalizou que apostará suas fichas na testagem em massa da população para reduzir a intensidade do isolamento, mas sem mudança "brusca ou radical". Ele anunciou um "grande programa" de testes envolvendo o SUS, o setor de saúde suplementar e iniciativas do empresariado.
"Tem que fazer um grande programa, definir a melhor forma: como vai fazer a amostra? Que tipo de teste? Para paciente sintomático ou assintomático? Isso vai gerar uma capacidade de entender a doença", afirmou.
Ainda nesta quinta-feira, o Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial da União um chamamento público convidando empresas interessadas a fornecerem 4 milhões de testes para diagnóstico da covid-19, por meio de contratação direta emergencial.
Além disso, em 2 de abril Teich defendeu ser necessária a coordenação dos níveis federal, estadual e municipal e dos sistemas de saúde público e privado para enfrentar a pandemia. "Também é fundamental o alinhamento dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário", escreveu. Essa é uma perspectiva ausente em Bolsonaro até o momento, que tem antagonizado com governadores, prefeitos, o Legislativo e o Judiciário em sua defesa do relaxamento imediato do isolamento social.
Uso da cloroquina
Outro ponto de divergência entre o novo ministro e Bolsonaro é como abordar o uso da cloroquina em pacientes com covid-19. A droga, originalmente usada no tratamento da malária, lúpus e artrite, está sendo testada para auxiliar no combate ao coronavírus, mas faltam estudos científicos conclusivos nesse sentido.
O presidente fez diversas referências à cloroquina como solução para a pandemia, enquanto Mandetta preferia dizer que a droga não era uma "panaceia" e que poderia ter efeitos colaterais graves.
Em entrevista à TV Bandeirantes nesta quinta-feira, Teich também adotou cautela em não apresentar a droga como uma solução para a covid-19 neste momento.
"Toda medicação nova tem que ser testada. A hora que você tiver uma informação clara sobre a eficácia, o benefício, a indicação, isso vai estar disponível para todo mundo. Aí você define. Quando não tem isso, o que você vai ter é opinião, e não orientação", afirmou.
Saúde versus economia
O novo ministro da Saúde é crítico do que chama de "polarização" entre a saúde e a economia, "como se tivéssemos que fazer escolhas entre pessoas e dinheiro, entre pacientes e empresas".
No início de abril, ele escreveu que cuidados em saúde, estabilidade econômica, educação e condições sociais são todos fatores que impactam a expectativa e qualidade de vida das pessoas em sociedade, e "precisam ser abordados simultaneamente".
Em 24 de março, ele também escreveu que a crise econômica decorrente da pandemia atingiria de forma mais grave as pessoas mais pobres, mas que seria um erro as classes ricas acharem que ficariam imunes à crise.
A preocupação de Teich em conciliar o combate à pandemia com a busca do equilíbrio econômico é positiva para Bolsonaro, que ressalta sua preocupação com o impacto do isolamento social na economia do país.
A dúvida é se o ritmo de iniciativas do novo ministro para reduzir o isolamento será suficiente para aplacar a vontade do presidente. E como a população avaliará a responsabilidade do governo federal sobre o número de casos e mortes por covid-19 nas próximas semanas decisivas.
Empresário da saúde privada
Oncologista formado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Teich tem uma trajetória que conjuga a carreira médica com especializações acadêmicas e iniciativas empresariais.
No âmbito acadêmico, o atual ministro fez MBA em administração de saúde pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em gestão de negócios pelo Ibmec. No exterior, concluiu um mestrado em economia da saúde pela Universidade de York, na Inglaterra, e começou a cursar em dezembro de 2018, na mesma instituição, um doutorado sobre tema semelhante, ainda não concluído.
Na vida empresarial, Teich foi um dos fundadores, em 1990, das Clínicas Oncológicas Integradas (COI), que sob sua presidência se firmou como empresa relevante no segmento. Segundo o jornal Valor, em 2012 o grupo COI faturou R$ 120 milhões e tinha 3.700 pacientes por mês, dos quais 70% eram conveniados a planos de saúde. Em 2015, o COI foi comprado pelo grupo americano UnitedHealth Group, controlador da Amil. Teich deixou a empresa em maio de 2018.
De setembro de 2019 a janeiro de 2020, Teich informa em seu perfil no LinkedIn ter trabalhado como consultor no Ministério da Saúde, assessorando Denizar Vianna, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos da pasta. Não há no Diário Oficial da União, porém, referência a uma nomeação formal de Teich para a função.
Antes de trabalhar como assessor de Vianna, ambos já haviam sido sócios na empresa Mdi Instituto de Educação e Pesquisa, aberta em 2009 e fechada em fevereiro de 2019, segundo informou o site Poder 360. Agora, Teich será chefe de Vianna, que mantém o mesmo cargo na pasta.
Reveja os principais fatos desde a confirmação do primeiro caso da doença causada pelo novo coronavírus no Brasil, em fevereiro. Desde então, país está entre as nações com maior número de casos e mortos no mundo.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Sena
Primeiro caso no Brasil
Após já ter se espalhado por cerca de 40 países, matado mais de 2.700 pessoas e infectado mais de 80 mil, o primeiro caso do novo coronavírus é confirmado no Brasil apenas no final de fevereiro. Trata-se de um homem de 61 anos que viajou à Itália a trabalho. (26/02)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/FotoRua/F. Vieira
Brasil registra primeiras mortes pelo novo coronavírus
A primeira vítima de covid-19 no país é um homem de 62 anos, morador de São Paulo e que sofria de diabetes e hipertensão. No mesmo dia, um hospital em Niterói, no Rio de Janeiro, anuncia a morte de um idoso de 69 anos com sintomas de coronavírus. (17/03)
Foto: Getty Images/AFP/N. Almeida
Covid-19 em todos os estados
Roraima, o último estado que ainda não registrava casos do novo coronavírus, reporta dois infectados. Com isso, todos os estados brasileiros e o Distrito Federal já têm casos de covid-19 confirmados. (21/03)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Governo restringe entrada de estrangeiros
Começa a valer a medida que restringe a entrada no país, via aérea, de pessoas vindas da Europa e de vários países asiáticos por 30 dias para conter a disseminação do coronavírus. A portaria não se aplica a brasileiros natos ou naturalizados ou a imigrantes com autorização de residência no país. (23/03)
O presidente faz um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão no qual conclama o país a "voltar à normalidade", pedindo que os estabelecimentos comerciais não fechem as portas e que as pessoas saiam do confinamento em suas casas. Ele chama a covid-19 de "gripezinha" e fala em "histeria" devido à pandemia. Bolsonaro é alvo de panelaços pelo oitavo dia consecutivo. (24/03)
Foto: YouTube/TV BrasilGov
Bolsonaro sanciona ajuda de até R$ 1,2 mil para informais
Bolsonaro sanciona um auxílio emergencial por três meses, no valor de 600 reais, destinados aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. (01/04)
Foto: picture-alliance/robertharding/I. Trower
Mortes por covid-19 no Brasil superam óbitos por dengue e H1N1 em 2019
O país soma 800 mortes em decorrência do novo coronavírus. Durante todo o ano passado, foram registrados 782 óbitos por dengue e outros 312 continuam em investigação, mostra boletim epidemiológico divulgado pela pasta da Saúde. De acordo com outro boletim epidemiológico, em 2019 morreram no Brasil 787 pessoas vítimas de Influenza A (H1N1). (08/04)
Foto: picture-alliance/dpa/EPA/G. Amador
Garoto de 15 anos é primeiro ianomâmi a morrer por covid-19
O adolescente recebia cuidados em um leito de UTI num hospital em Boa Vista desde 3 de abril. Entidades de defesa da causa indígena, como o Instituto Socioambiental (ISA) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), têm denunciado a subnotificação de casos de covid-19 entre indígenas e demonstrado preocupação com o risco para as comunidades. (10/04)
Foto: Adam Renan/Rede Amazônia Sustentável
Bolsonaro demite Mandetta
Em meio à pandemia de coronavírus, Bolsonaro demite o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A decisão ocorre dias depois de o titular da pasta ter dado uma entrevista contrariando a posição do presidente em relação à resposta à pandemia de covid-19. Mandetta defendia o isolamento social. O médico oncologista Nelson Teich foi escolhido para substituir Mandetta. (16/04)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Borges
Novo ministro da Saúde defende plano para saída do isolamento
Em sua primeira entrevista após assumir o comando do Ministério da Saúde, Nelson Teich defende um plano para saída do isolamento e diz que o número de infectados no país é relativamente baixo se comparado com o total da população e não deve alcançar 70% da população em contato com a doença. "É impossível um país sobreviver um ano, um ano e meio parado." (22/04)
Foto: picture-alliance/ ZUMAPRESS/GDA/O. Globo
Brasil supera a China em mortes por covid-19
A contagem diária de mortes por covid-19 atinge número recorde com 474 óbitos, elevando o total de vítimas no país para 5.017. O Brasil se torna o 9º país com o maior número de mortes em todo o mundo, superando a China, onde surgiu a pandemia e 4.637 óbitos foram registrados. Ao ser questionado sobre as mortes, Bolsonaro responde: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?". (28/04)
Foto: AFP/M. Dantas
Bolsonaro livra agentes públicos de responsabilidade por erros durante epidemia
De acordo com medida provisória (MP) editada por Bolsonaro, agentes públicos apenas poderão ser responsabilizados nos âmbitos civil e administrativo se houver "dolo ou erro grosseiro", "manifesto, evidente e inescusável, praticado com culpa grave" e "com elevado grau de negligência, imprudência ou imperícia". Dias depois, o STF limitou o alcance da MP. (14/05)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Covid-19 atinge dezenas de povos indígenas
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) informou que, até 15/05, 38 povos indígenas do país já haviam sido afetados pelo coronavírus. A associação contabilizou 446 infecções e 92 mortes em comunidades indígenas. A maioria das infeções foi registrada na Amazônia, onde está localizada a maioria das comunidades isoladas. Mas também há casos no Sul, Centro-Oeste e Nordeste. (15/05)
Foto: Reuters/B. Kelly
Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde
Menos de um mês após ter assumido o cargo, Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde. Ele afirma que a saída foi decisão dele, sem dar detalhes sobre os motivos. "A vida é feita de escolhas. E hoje eu escolhi sair", destaca. Ele e Bolsonaro vinham discordando sobre medidas na gestão da epidemia. O general Eduardo Pazuello assume o cargo interinamente. (15/05)
Foto: Reuters/A. Machado
Sem base científica, governo amplia uso da cloroquina
O Ministério da Saúde divulga um novo protocolo sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com covid-19, permitindo que os medicamentos sejam administrados também em casos leves da doença. A mudança do protocolo foi feita a pedido de Bolsonaro, apesar de não haver comprovação científica da eficácia do medicamento em pacientes com covid-19. (20/05)
Foto: Getty Images/AFP/G. Julien
Brasil ultrapassa Itália e é terceiro país com mais mortes por covid-19
Exatos cem dias após o primeiro caso registrado, o Brasil ultrapassa a Itália e se torna o terceiro país com mais mortes pela covid-19. O país contabiliza 34.021 mortes e fica atrás apenas dos EUA (108.211) e do Reino Unido (39.987). (04/06)
Foto: Reuters/R. Moraes
Brasil amplia orientações de uso da cloroquina contra a covid-19
O Ministério da Saúde informa que vai ampliar as recomendações de uso da cloroquina e de sua derivada hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, passando a orientar a aplicação precoce das drogas em crianças e grávidas diagnosticadas com a doença. O anúncio ocorre no mesmo dia em que os EUA revogam seu uso emergencial no tratamento da covid-19. (15/06)
Foto: AFP/G. Julien
Casos de covid-19 passam de 1 milhão no Brasil
O Brasil supera a marca de 1 milhão de casos confirmados de covid-19, após registrar um recorde de 54.771 novas infecções pelo novo coronavírus em apenas 24 horas. Menos de quatro meses após a confirmação do primeiro caso, o país soma 1.032.913 ocorrências da doença e é o segundo do mundo com mais casos e mortes, atrás apenas dos EUA. (19/06)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Vacina de Oxford contra covid-19 começa a ser testada no Brasil
O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes de uma vacina desenvolvida pela universidade britânica. O projeto financiado pela Fundação Lemann contará com 2 mil voluntários em São Paulo e outros mil no Rio. A vacina está atualmente na fase 3 de testes. Um dos motivos que levaram à escolha do Brasil foi o fato de a epidemia estar em ascensão no país. (22/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Juiz manda Bolsonaro usar máscara em público
O juiz Renato Coelho Borelli, da 9ª Vara Federal Cível de Brasília, impõe ao presidente Jair Bolsonaro o uso obrigatório de máscara em espaços públicos e estabelecimentos comerciais, como medida de proteção contra o novo coronavírus. Em caso de descumprimento, o magistrado fixou um multa diária de R$ 2 mil. (22/06)
Foto: Getty Images/AFP/E. SA
UE estende proibição à entrada de viajantes do Brasil
Lista elaborada por Bruxelas recomenda que Estados-membros reabram suas fronteiras para viajantes de 15 países a partir de 1º de julho. Brasil, EUA e Rússia ficam de fora devido ao alto número de casos de covid-19. (30/06)
Foto: Delfim Martins
Bolsonaro diz estar com covid-19
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que teve resultado positivo em um exame para detectar a covid-19. Ao anunciar o resultado, em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, ele aproveitou a ocasião para mais uma vez reclamar das medidas de isolamento impostas por prefeitos e governadores. Bolsonaro também disse estar se tratando com hidroxicloroquina. (07/07)
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Casos de covid-19 passam de 2 milhões no Brasil
Menos de um mês depois de o país ter atingido o número de 1 milhão de infectados, em 19 de junho, o Brasil ultrapassou a marca de 2 milhões de casos oficialmente notificados de covid-19. O número de casos identificados da doença dobrou em menos de um mês. (16/07)
Foto: picture-alliance/E. Lustosa
Brasil: 100 mil mortos por covid-19
Menos de seis meses após a identificação do primeiro caso de covid-19 no Brasil, o país cruzou a marca de 100 mil mortes pela doença. O número de casos chegou a 3 milhões. Mesmo num ritmo de mil mortes por dia, o governo do país segue defendendo a flexibilização do isolamento e minimizando os impactos do vírus. (08/08)
Foto: Getty Images/A. Schneider
Mais uma empresa alemã pretende testar vacina contra covid-19 no Brasil
CureVac, de Tübingen, pretende começar testes em voluntários brasileiros em setembro ou outubro. Em parceria com a Pfizer, a também alemã BioNTech iniciou testes no Brasil na semana passada. (11/08)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Gollnow
Brasil autoriza testes de mais uma vacina contra covid-19
Anvisa dá aval para estudos clínicos de fase 3 do imunizante desenvolvido pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, com 7 mil voluntários participando dos testes. É a quarta vacina a obter autorização no país. (18/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Saldo do coronavírus após seis meses no Brasil
Somada à falta de testes e à desigualdade social, resposta de Bolsonaro à covid-19 contribuiu para que o país virasse o segundo do mundo com mais óbitos devido à pandemia, atrás dos EUA. Seis meses após primeiro caso confirmado no Brasil, país acumula mais de 3,6 milhões de infecções e 116 mil mortes por covid-19, números que devem ser maiores devido à falta de testes e à subnotificação. (26/08)
Foto: picture-alliance/dpa/ZUMA Wire/D. Oliveira
Índia passa Brasil e é segundo país com mais casos de covid-19
País registra mais de 90 mil novas infecções pelo coronavírus por dois dias consecutivos, elevando o total de casos para mais de 4,2 milhões. Brasil ainda é a segunda nação com mais mortes em decorrência da doença. (07/09)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/C. Anand
Pazuello é efetivado como ministro da Saúde
General ocupava posto há quatro meses na condição de interino. No período, submeteu a pasta completamente aos desejos de Bolsonaro, tentou esconder números e viu mortes por covid-19 no país explodirem. (16/09)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Brasil adere à iniciativa global por vacinas contra covid-19
Governo anuncia inclusão em programa mundial que monitora desenvolvimento de imunizantes e inclui mais de 170 países. Nações envolvidas receberão doses para cobrir ao menos 20% de suas populações. (19/09)
Foto: Adriano Machado/Reuters
Brasil ultrapassa marca de 5 milhões de casos de covid-19
Pouco mais de sete meses depois do primeiro caso de covid-19, o Brasil passou nesta quarta-feira (07/10) a marca de cinco milhões de pessoas infectadas. Segundo o Conass, o país registrou mais 31.553 infecções nas últimas 24 horas, elevando o total para 5.000.694. Ainda nesta quarta-feira, foram registradas mais 734 mortes, elevando o total para 148.228.
Foto: picture-alliance/NurPhoto/G. Basso
Testes no Brasil mostram segurança de vacina chinesa, diz Butantan
Segundo instituto, resultados preliminares em estudo de fase 3 feitos no país são semelhantes aos de ensaios clínicos feitos na China. São Paulo quer começar vacinação no início do próximo ano. (19/10)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/A. Zemlianichenko
"Pandemia deve elevar tanto a fome quanto a obesidade entre brasileiros"
Ex-chefe da FAO, José Graziano se diz preocupado com queda na qualidade da alimentação de crianças fora da escola, bem como com fim do auxílio emergencial, que pode levar milhões a passarem fome e dependerem de caridade. (20/10)
Foto: DW/N. Pontes
Brasil incluirá vacina chinesa em calendário nacional de vacinação
Ministério da Saúde pretende comprar 46 milhões de doses da Coronavac e iniciar imunização em todo país já em janeiro. Resultados de testes ainda são aguardados para liberação de imunizante no país. (20/10)
Foto: Andre Lucas/dpa/picture-alliance
Anvisa autoriza importar 6 milhões de doses de vacina chinesa
Após polêmica envolvendo a Coronavac, a Anvisa autorizou no dia 23 de outubro a importação de 6 milhões de doses da vacina produzido pela chinesa Sinovac em parceria com o Butantan. A licença é só para importação da vacina. Sua distribuição depende de autorização da própria Anvisa. Enquanto ela não autorizar a aplicação, o Butantan deve armazenar as doses e garantir que elas não sejam usadas.