Filho de um agricultor dos Pirineus, Bayrou não estudou, como grande parte dos políticos franceses, na ENA, a escola superior da elite do país. Com a morte prematura do pai, foi obrigado a interromper seus estudos no interior da França, para cuidar da propriedade rural da família.

Com 23 anos, contudo, já estava de posse de seu diploma, apto a exercer a profissão de professor de literatura. E prestes a vencer sua falta de fluência na fala: Bayrou gaguejou até a idade adulta.

Em 1986, transferiu-se dos Pirineus para Paris, onde assumiu uma cadeira no Parlamento, pela UDF. Em 1993, foi nomeado ministro da Educação durante o governo do premiê Edouard Balladur, tendo permanecido no cargo também sob o governo do sucessor de Balladur, Alain Juppé.

Suas ambições de unificar o sistema escolar privado e público na França acabaram não dando em nada. Em 1994, milhares de franceses, principalmente professores, foram às ruas protestar contra a anunciada reforma. O interessante é que hoje, mais de dez anos depois, o eleitorado disposto em votar em Bayrou é formado, entre outros, por uma boa parcela de professores.