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Rússia anuncia novo cessar-fogo em Aleppo

16 de junho de 2016

Em meio ao crescente massacre de civis, Moscou, que apoia forças de Assad contra rebeldes sírios, afirma que trégua deve "estabilizar situação" na cidade. Cessar-fogo estabelecido em fevereiro foi repetidamente violado.

Destruição em Aleppo
Foto: Reuters/A. Ismail

A Rússia anunciou que teve início nesta quinta-feira (16/06) um novo cessar-fogo, de 48 horas, na cidade síria de Aleppo, palco de disputas entre o regime de Bashar al-Assad e rebeldes.

O objetivo é "reduzir o nível de violência armada e estabilizar a situação", afirmou o Ministério da Defesa russo em comunicado, sem detalhar se a Rússia discutiu o cessar-fogo com outros países ou grupos na Síria. Outra trégua está em curso em Daraya, no subúrbio de Damasco, diz a nota.

O documento foi divulgado depois de o secretário de Estado americano, John Kerry, pedir que a Rússia e as forças do regime sírio respeitem o cessar-fogo acordado com rebeldes em fevereiro, mas que foi repetidamente violado.

Imagens de uma cidade síria recuperada do "Estado Islâmico"

03:18

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Nenhuma violação foi registrada em Aleppo desde a manhã desta quinta-feira, quando a nova trégua entrou em vigor, segundo Rami Abdel-Rahman, chefe do Observatório Sírio de Direitos Humanos. O ativista Mahmoud al-Shami, que está na cidade, relatou que os bombardeios do regime em áreas controladas pelos rebeldes cessaram nas primeiras horas do dia.

Desde abril, 637 civis, incluindo 124 crianças, morreram nos ataques entre forças de Assad e rebeldes em Aleppo, estima o observatório.

Enquanto a Rússia tem cooperado com o regime do presidente sírio no combate a grupos rebeldes e opositores do governo de Damasco, os EUA têm fornecido ajuda militar e treinamento para rebeldes moderados, e também ajudado a conter o avanço de grupos extremistas como o "Estado Islâmico" (EI).

Pouco após a trégua de 48 horas entrar em vigor nesta quinta-feira, o vice-ministro do Exterior da Rússia, Mikhail Bogdanov, afirmou que a Rússia deseja um cessar-fogo de longo prazo em Aleppo, segundo a agência de notícias Interfax.

KG/afp/rtr

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