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Rússia bombardeia rebeldes sírios por suposto ataque químico

25 de novembro de 2018

Ofensiva aérea seria retaliação por granadas com gás de cloro lançadas por "terroristas" em Aleppo, segundo Damasco e Moscou. Rebeldes negam ataque, acusando Assad de minar cessar-fogo firmado em setembro.

Mais de 100 vítimas foram tratadas com sintomas de ataque com gás de cloro
Mais de 100 vítimas foram tratadas com sintomas de ataque com gás de cloro, segundo autoridades síriasFoto: picture-alliance/AP Photo/SANA

Pela primeira vez em mais de dois meses, aviões russos bombardearam neste domingo (25/11) zonas sob controle rebelde no norte da Síria, em retaliação a um suposto ataque com gás de cloro na cidade de Aleppo na noite anterior. De acordo com autoridades sírias, mais de 100 pessoas tiveram que receber tratamento hospitalar.

Segundo declarou o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, à imprensa em Moscou, as aeronaves destruíram postos dos militantes. Os rebeldes negaram ter realizado ataques químicos e acusaram o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, de tentar minar um cessar-fogo em vigor.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, sediado em Londres, e o coletivo ativista Thiqa News Agency, os russos bombardearam redutos rebeldes a oeste e sul da cidade de Aleppo, em seguida atingindo a periferia do último bastião da oposição, Idlib.

Caso confirmadas, as ofensivas de ambos os lados seriam a mais séria violação de um pacto fechado pela Rússia (pró-Assad) e a Turquia (que apoia os rebeldes), o qual estabeleceu uma área desmilitarizada no noroeste da Síria, onde fica Aleppo. Apesar de transgressões menores, o acordo trouxe relativa calma à região norte do país árabe, desde 17 de setembro.

A agência de notícias árabe Sana, da Síria, afirmou que tropas de Assad também investiram contra postos dos rebeldes perto de Aleppo, "infligindo graves perdas entre os terroristas". O ataque químico da noite de sábado teria sido realizado por "grupos terroristas posicionados na zona rural de Aleppo", que lançaram granadas contendo gases tóxicos sobre três distritos da maior cidade síria.

Ainda segundo a mídia estatal síria, os rebeldes teriam lançado granadas contra a aldeia cristã de Mahradeh, no noroeste do país, causando danos materiais, porém nenhuma morte.

Nos sete anos de guerra civil síria – que já deixou um total de 360 mil a 520 mil mortes, segundo diferentes fontes –, por diversas vezes o Ocidente acusou o regime Assad de empregar armas químicas contra a população civil.

Em coletiva de imprensa em Moscou, Konashenkov aludiu a repetidas advertências de seu país de que os "capacetes brancos" da Defesa Civil da Síria estariam encenando ataques químicos para atribuí-los às forças de Damasco.

AV/ap,rtr,afp

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