Rússia deixará de fornecer gás natural para a Finlândia
20 de maio de 2022
Interrupção ocorre após o governo de Helsinque se negar a pagar a fornecedora russa Gazprom em rublos. Segundo a estatal finlandesa de energia Gazum, consumidores não serão afetados.
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O fornecimento de gás natural da Rússia para a Finlândia será cortado na manhã deste sábado (21/05), informaram empresas de energia finlandesas e russas nesta sexta-feira. O motivo é que Helsinque se negou a pagar a fornecedora russa Gazprom em rublos.
"É extremamente lamentável que o fornecimento de gás natural sob nosso contrato seja interrompido", disse em comunicado Mika Wiljanen, CEO da empresa de energia estatal finlandesa Gasum.
Ele informou, porém, que a empresa estava preparada para a situação e que os consumidores não devem ser afetados. O abastecimento será suprido por outras fontes, como por meio do gasoduto Balticconnector, que liga a Finlândia à Estônia.
A Gazprom Export, braço exportador da gigante russa de gás Gazprom, disse que não recebeu o pagamento pelo gás fornecido em abril e, portanto, interromperia as entregas a partir das 7h deste sábado (horário local).
Em abril, a Gazprom Export exigiu que os pagamentos do contrato fossem feitos em rublos, a moeda russa, em vez de euros, como costumava ser feito. A Gasum, porém, rejeitou a exigência e anunciou na terça-feira que levaria o caso à Justiça.
A Gazprom Export informou que defenderia seus interesses no tribunal por qualquer "meio disponível".
Questionado sobre o assunto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que "é óbvio que ninguém vai entregar nada de graça". No entanto, pediu que os repórteres buscassem a Gazprom para obter mais detalhes sobre o tema.
O gás natural é responsável por cerca de 8% do consumo de energia da Finlândia, a maior parte dele vindo da Rússia.
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Esforços para diminuir dependência russa
Em esforços para mitigar os riscos de depender das exportações de energia da Rússia, o governo finlandês anunciou nesta sexta-feira que o país assinou um contrato com a Excelerate Energy, com sede nos EUA, para o arrendamento por dez anos de um navio terminal de gás natural liquefeito (GNL).
"O terminal de GNL permitirá que nos libertemos do gás russo", disse a ministra das Finanças finlandesa, Annika Saarikko.
Interrupção do fornecimento de energia
No fim de semana passado, a Rússia suspendeu o fornecimento de eletricidade para a Finlândia, depois que a subsidiária russa RAO Nordic alegou atrasos nos pagamentos. O déficit foi rapidamente substituído por outras fontes e os consumidores não foram prejudicados, afirmou o governo finlandês.
A Finlândia, juntamente com a vizinha Suécia, abandonou esta semana seu histórico de não-alinhamento militar e solicitou adesão à Otan, depois que o apoio público e político à aliança militar disparou com a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Moscou alertou a Finlândia que qualquer pedido de adesão à Otan seria "um grave erro com consequências de longo alcance".
le (Reuters, AFP)
Energia solar onde menos se espera
Painéis fotovoltaicos para coletar a luz do Sol estão sendo usados por todo o mundo, do deserto e do mar até o espaço: uma fonte de energia poderosa e totalmente verde.
Foto: Halil Fidan/AA/picture alliance
Catamarã solar em giro pelo mundo
O Race for Water é o maior iate solar do mundo e prescinde inteiramente de combustíveis fósseis. Módulos fotovoltaicos no deque movimentam os motores elétricos e recarregam as baterias para a noite. Em vez de mastros e velas, o catamarã usa uma pipa para determinar sua direção.
Foto: Race for Water/Peter Charaf
Não é coisa de burro
Este pastor da Turquia carrega o telefone celular com um módulo solar portátil. Os dispositivos são muito populares entre excursionistas e campistas, também em versões para mochilas e tendas. Assim, quem viaja longe das redes elétricas está equipado para qualquer emergência.
Foto: Halil Fidan/AA/picture alliance
Voar sem combustível
O Solar Impulse deu a volta ao mundo em diversos estágios, voando totalmente sem combustível de jato. Painéis solares na fuselagem e nas asas alimentam os motores e carregam as baterias da aeronave. Com uma viagem em torno do planeta, os pioneiros do voo solar promoveram essa forma de energia verde e mostraram que nem mesmo o céu é o limite.
Foto: Solar Impulse/Revillard/Rezo.ch
No espaço, de vela solar
Módulos solares possibilitam voos espaciais mais longos, podendo ser desdobrados no espaço para abastecer estações como a EEI, ou satélites e cápsulas não tripuladas. Os cientistas até já cogitam construir parques fotovoltaicos no espaço. Sondas solares de exploração já voaram até Júpiter. Lá, porém, a radiação é 25 vezes mais fraca do que na Terra, devido à distância do Sol.
Foto: NASA SPACEX/HO/dpa/picture alliance
Primeiro telefonema com energia solar
Em 1955, o primeiro módulo fotovoltaico foi instalado no sul dos EUA, para alimentar amplificadores telefônicos. Depois, veio a revolução do uso da tecnologia nas viagens espaciais. Desde então, o Sol tem brilhado em praticamente todo tipo de aplicação de energia.
Foto: AP Images/picture alliance
Revolução na agricultura
O trabalho no campo é pesado e maçante. O Farmdroid, da Dinamarca, movido pelo Sol, faz tudo sozinho, automaticamente e sem prejudicar o meio ambiente. O robô é capaz de semear beterraba e colza, por exemplo, e arrancar ervas daninhas – e isso sem necessidade de tirar folga. Ele é controlado por GPS, e sua força vem dos módulos instalados no teto.
Foto: Nikolai Tuborg/Farmdroid
Captando o Sol sobre a água
Estes trabalhadores estão orgulhosos da primeira plataforma solar flutuante no Quênia. A planta abastece com eletricidade uma fazenda de flores ao norte da capital, Nairóbi. Os módulos foram instalados em pontões especiais. Em outros lugares, os módulos flutuantes sobre lagos são às vezes combinados com piscicultura.
Foto: ecoligo GmbH
Uma ilha com energia do Sol
Em 2019, painéis fotovoltaicos flutuantes foram instalados no mar das Ilhas Maldivas, a fim de fornecer eletricidade para uma estância turística. Gerando 680 quilowatts, o sistema pode ser modesto, mas é um dos maiores do gênero. Ainda é necessário pesquisa para otimizar as instalações "offshore", já que tormentas, ondas fortes e a água marinha atacam os módulos muito mais do que em terra firme.
Foto: Swimsol
A energia que gosta do frio
O Muttsee, perto da Basileia, é o maior reservatório da Suíça. Um grande sistema solar foi instalado na parede da barragem, gerando grande quantidade de energia, sobretudo no inverno, pois, além de os módulos serem mais eficientes no frio, a neve reflete luz natural. Além disso, a intensidade do Sol é muito maior no alto, já que a névoa permanece no vale.
Foto: Axpo
Eletricidade para todos
Não há rede elétrica no lugarejo de Tukul, no Sudão do Sul. Mas painéis solares geram energia localmente, para uso, por exemplo, em telefones celulares e lâmpadas. A pobreza energética é um enorme problema: em 2016, 840 milhões de pessoas no planeta não dispunham de eletricidade. Conta-se que até 2030 a cifra terá caído para 650 milhões, em grande parte devido a módulos solares descentralizados.