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Rússia concorda com cessar-fogo temporário em Aleppo

18 de agosto de 2016

Pausa visa abrir espaço para que ajuda humanitária chegue aos moradores da cidade. Moscou afirma que medida pode ter início na próxima semana. Anúncio é feito após imagem de menino retirado de escombros chocar o mundo.

Família caminha entre escombros em Aleppo
Estima-se que 2 milhões de civis carecem de ajuda humanitária na cidadeFoto: Getty Images/AFP/B. Al-Halabi

Após a divulgação das imagens de um menino de cinco anos que ficou ferido durante bombardeios na Síria, a Rússia afirmou nesta quinta-feira (17/08) que está pronta para começar um cessar-fogo humanitário de 48 horas em Aleppo a partir da próxima semana.

"Estamos prontos para iniciar essa pausa humanitária de 48 horas a partir da próxima semana para permitir a distribuição de ajuda aos habitantes de Aleppo", anunciou o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, em um comunicado.

O ministério afirmou que a data para o início da medida será determinada após a Organização das Nações Unidas (ONU) passar as informações relativas à preparação dos comboios e os americanos garantirem que os suprimentos serão encaminhados em segurança.

Os comboios seguirão diferentes trajetos para entregar a ajuda nos bairros do leste da cidade, que estão sob controle de rebeldes, e na parte oeste, em poder do governo.

Menino sírio retirado dos escombros

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Konashenkov ressaltou que a Rússia, em acordo com o regime sírio, está pronta para assegurar a segurança das caravanas nas áreas controlados pelo governo e disse que espera que os Estados Unidos oferecem as mesmas garantias para a passagem dos comboios em territórios sob poder dos oposicionistas.

Início o mais rápido possível

Na semana passada, a Rússia havia sugerido uma pausa humanitária diária de três horas em Aleppo. Porém, a ONU afirmou que a medida era insuficiente para ajudar os cerca de 2 milhões de civis que vivem na cidade.

Após o anúncio desta quinta-feira, o enviado especial da ONU para a crise Síria, Staffan de Mistura, saudou a iniciativa de Moscou e afirmou que uma equipe das Nações Unidas já foi mobilizada para organizar a ajuda humanitária. "Nosso plano é trabalhar junto os detalhes operacionais e estarmos pronto para fazer a entrega o mais rápido possível", acrescentou. Os comboios levarão alimentos, água e medicamentos.

Aleppo era a cidade mais populosa da Síria antes do início da guerra civil e se tornou um dos principais centros de combates. Com a destruição da infraestrutura local em bombardeios, estima-se que mais de 2 milhões de civis carecem de água potável. Segundo a ONU, há um mês que não entra qualquer ajuda humanitária na cidade.

CN/rtr/afp/lusa

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