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Rússia diz que sanções da UE ameaçam cooperação em segurança

26 de julho de 2014

UE anuncia ampliação de medidas punitivas contra indivíduos e empresas russas, além de sanções econômicas que podem ser aprovadas na próxima semana. Moscou ameaça com ruptura de parcerias na área de segurança.

Ministro russo do Exterior, Serguei LavrovFoto: Reuters

A Rússia criticou duramente as sanções anunciadas pela União Europeia contra o país, incluindo medidas punitivas contra altos funcionários de órgãos de segurança russos. Neste sábado (26/07), o Ministério russo do Exterior advertiu que, com essa decisão, a UE põe em risco a cooperação internacional em questões de segurança.

"A lista ampliada de sanções é uma prova clara de que a UE segue um caminho que leva a uma ruptura da cooperação com a Rússia em questões de segurança internacional e regional", reagiu o ministério em Moscou.

Por conta do suposto apoio da Rússia aos rebeldes separatistas no leste da Ucrânia, embaixadores do bloco europeu concordaram em ampliar as sanções a 15 outros indivíduos russos, assim como também a nove organizações e empresas. As medidas punitivas atingem, entre outras, diversas empresas com sede na Crimeia, como uma rede hoteleira em Ialta.

Na "lista negra" publicada pelo bloco europeu logo cedo no sábado estão os nomes dos diretores do serviço de segurança interno, Nikolai Bortnikov, e do serviço de inteligência para o exterior, Mikhail Fradkov, e de outros membros do Conselho de Segurança da Rússia. Também o presidente tchetcheno, Ramzan Kadyrov, está entre os 15 indivíduos punidos com o bloqueio de contas e a proibição de entrada nos países-membros da União Europeia.

Os membros do Conselho de Segurança da Rússia, ao qual também pertencem Bortnikov e Fradkov, são acusados de corresponsabilidade pelo curso político de Moscou, que "põe em risco a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia", afirmou o diário oficial da UE.

Sanções econômicas

Além das medidas punitivas a indivíduos e empresas, a Comissão Europeia apresentou uma lista de sanções, que poderiam atingir duramente vários setores da economia russa. As medidas incluem embargo de armas, restrições de acesso ao mercado internacional de capital, restrições à exportação de tecnologia no setor energético e proibição de exportações da Europa dos chamados bens de dupla utilização, ou seja, produtos e tecnologias que podem ser utilizados para fins civis ou militares.

Herman van Rompuy e ex-premiê ucraniano Arseniy Yatsenyuk, em KievFoto: Reuters

Neste sábado, o presidente do Conselho da União Europeia, Herman van Rompuy, apelou aos chefes de governo dos 28 países-membros da UE para que aprovem as novas sanções econômicas da União Europeia contra a Rússia. Em carta publicada neste sábado pelo jornal Financial Times, Van Rompuy pediu aos chefes de governo que instruíssem pessoalmente seus embaixadores para que aprovem as medidas planejadas. Assim, uma nova cúpula extraordinária da UE poderá ser evitada.

Seguindo o desejo de Van Rompuy, os embaixadores devem se reunir na próxima terça-feira, para aprovar as primeiras sanções econômicas da UE contra a Rússia. Em março último, os chefes de Estado e governo reservaram para si essa tomada de decisão. Isso iria requerer, no entanto, a realização de uma nova cúpula extraordinária da UE no próximo dia 30 de agosto.

Segundo Van Rompuy, o pacote de sanções alcança o "equilíbrio exato" na relação custo-benefício. "Terá um forte efeito sobre a Rússia e consequências moderadas para a economia europeia", escreveu o presidente do Conselho da UE.

CA/dpa/afp/rtr

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