Rússia diz que vai verificar se americanos pisaram na Lua
25 de novembro de 2018
Chefe da agência espacial russa diz que missão do país terá como meta comprovar pouso da Apollo 11 no satélite há quase 50 anos. Teorias da conspiração sobre viagem da Nasa à Lua são comuns na Rússia.
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O chefe da agência espacial russa, a Roscosmos, afirmou que uma missão do país para a Lua terá como objetivo verificar se os americanos realmente pousaram no satélite em 1969.
"Estabelecemos esse objetivo de voar [para a Lua] e verificar se eles estiveram lá ou não”, afirmou Dmitry Rogozin num vídeo postado no Twitter neste sábado (24/11).
Rogozin deu a declaração ao ser questionado se a Nasa de fato pousou na Lua há quase 50 anos. Ele pareceu estar fazendo piada, mas teorias da conspiração envolvendo a missão da agência americana à Lua são comuns na Rússia.
Os americanos pisaram na Lua em meio a uma corrida espacial entre os Estados Unidos e a União Soviética durante a Guerra Fria. O primeiro pouso do homem na Lua, em 1969, foi parte da missão Apollo 11, comandada por Neil Armstrong.
Os soviéticos abandonaram seu programa lunar em meados da década de 1970, após quatro foguetes lunares experimentais terem explodido.
A Rússia pretende enviar astronautas à Lua no início da década de 2030, numa missão que deve durar 14 dias.
No ano passado, Moscou concordou em trabalhar em conjunto com a Nasa para criar uma estação espacial destinada a orbitar a Lua. Chamada de Deep Space Gateway, a plataforma seria baseada no modelo da Estação Espacial Internacional (ISS), que orbita a Terra, afirmou a Roscosmos. Os trabalhos conjuntos devem começar em meados da próxima década.
LPF/dpa/ap
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Em 20 novembro de 1998 foi enviado ao espaço primeiro módulo para a construção da ISS, e três anos mais tarde a primeira tripulação a ocupava. Uma história de sucesso na cooperação e pesquisa internacionais.
Foto: NASA
"Pedra fundamental" de 19 toneladas
A primeira seção da Estação Espacial Internacional (ISS) a ganhar o espaço sideral, em 20 de novembro de 1998, foi o módulo russo de carga e controle Zarya. Ele pesava mais de 19 mil quilos e media 12 metros. Num exemplo precoce de cooperação internacional, foi encomendado e pago pelos Estados Unidos, mas desenvolvido e construído por uma companhia espacial russa.
Foto: NASA
República para seis
Seis astronautas vivem e trabalham simultaneamente na ISS, enquanto ela atravessa o cosmo a mais de 27 mil quilômetros por hora, completando uma órbita terrestre a cada 90 minutos. Depois da Lua, é o objeto mais luminoso no céu noturno, podendo ser vista a olho nu.
Foto: Reuters/NASA
Expedição número um
Esta foi a primeira tripulação da ISS: o astronauta americano William Shepherd (c) e os russos Yuri Gidzenko (e) e Serguei Krikalev chegaram à estação espacial em 2 de novembro de 2000, permanecendo nela por 136 dias.
Foto: NASA
Um longo ano
Em média, as tripulações permanecem cinco meses e meio na ISS. Dois que aguentaram bem mais tempo foram o astronauta Scott Kelly (foto), da Nasa, e o cosmonauta da Roscosmos Mikhail Kornienko, totalizando um ano inteiro na estação.
Foto: picture-alliance/dpa/NASA
Tripulação multinacional
O astronauta canadense Chris Hadfield na ISS, no Natal de 2012. Nos últimos anos, cidadãos de 18 países estiveram a bordo da estação internacional. A maioria veio dos Estados Unidos, seguidos pelos da Rússia. Outros países de origem são Japão, Canadá, Itália, França, Alemanha, Brasil e Reino Unido.
Foto: Reuters/NASA
O único brasileiro
O primeiro – e único – astronauta brasileiro na ISS é Marcos Pontes, que partiu para a estação em 30 de março de 2006 numa nave russa Soyuz e retornou em 8 de abril, numa missão de dez dias no total, sendo oito na ISS. Em 2018, Pontes aceitou convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para ser ministro da Ciência e Tecnologia.
Foto: picture-alliance/dpa/dpaweb/Y. Kochetkov
Ônibus na porta de casa
Tripulantes e suprimentos chegam em ônibus espaciais ou naves de carga. Na foto, acopla-se na ISS o Space Shuttle Atlantis, que esteve operante até 2011. Atualmente todos os astronautas chegam em cápsulas Soyuz, de fabricação russa.
Foto: Getty Images/NASA
Um pouco de ar fresco
Até 2018 realizaram-se 210 excursões ao espaço a partir da ISS. No jargão dos astronautas, esses passeios são chamados EVA, ou "extra-vehicular activity". Em 24 de dezembro de 2013 foi a vez de Mike Hopkins ver a ISS pelo lado de fora.
Foto: Reuters/NASA
Equipamento fora do comum
Diversos braços de robô adornam a ISS. O Canadarm2 mede quase 20 metros e ostenta sete articulações motorizadas. Ele é capaz de levantar até 100 toneladas – ou apenas um astronauta, como, na foto, Stephen Robinson.
Foto: Reuters/NASA
Comunidade de pesquisadores
Os membros da tripulação dedicam cerca de 35 horas por semana a suas pesquisas. O astronauta alemão Alexander Gerst, da Agência Espacial Europeia (ESA), esteve na ISS pela primeira vez em 2014, observando e analisando as alterações sofridas pelo corpo humano em gravidade zero. Sua segunda missão começou em junho de 2018, e desde outubro ele é o primeiro comandante alemão da estação.
Foto: Getty Images/ESA/A. Gerst
Retorno estressante
Quando sua temporada na Estação Espacial Internacional se esgota, os astronautas retornam à Terra em cápsulas Soyuz. O último, emocionante trecho é vencido de paraquedas. Bem-vindos à casa!