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Rússia e Síria intensificam ataques a grupos rebeldes

10 de outubro de 2015

Ofensivas por terra e ar seriam as primeiras desde o início das operações militares de Moscou no país árabe. Contudo bombardeios russos não visam apenas posições do "Estado Islâmico", denunciam observadores.

Russland Syrien Militärhilfe
Foto: picture-alliance/dpa/ITAR-TASS

Os combates entre forças de Damasco apoiadas pela Rússia e grupos rebeldes se intensificaram neste sábado (10/10) em diversas regiões da Síria. Com apoio de bombardeios aéreos russos, tropas do Exército tomaram o controle sobre um vilarejo na região central do país, após duros combates com as forças rebeldes.

Essa é a primeira ofensiva por terra e ar desde 30 de setembro, quando Moscou iniciou operações militares no país. As autoridades russas sustentam que os alvos dos ataques são, principalmente, posições do "Estado islâmico" (EI) na Síria, mas militares americanos denunciam que também foram atacadas milícias financiadas por Washington, assim como outros grupos moderados.

A organização Observatório Sírio dos Direitos Humanos afirma, com base numa rede de ativistas espalhados pelo país, que tropas do regime sírio tomaram na sexta-feira o controle sobre Atshan e o vilarejo de Um Hartein, em meio a intensos bombardeios russos na região. Os combates se concentram nas províncias de Hama e Idlib, locais de operação de diversos grupos rebeldes, além da Frente al-Nusra, braço da Al Qaeda na Síria.

O Ministério russo da Defesa informou em comunicado que aviões militares realizaram 64 missões nas últimas 24 horas, atacando 54 alvos. Entre estes, estavam pontos de comando dos rebeldes nas províncias de Idlib e Aleppo, onde rebeldes lutam para impedir os avanços do EI.

Os ataques mais recentes, também realizados nas províncias de Damasco, Hama e Raqqa, destruíram 29 "campos de terroristas", 23 posições defensivas, dois centros de comando e um depósito de munições, segundo o Ministério.

Rebeldes e seus apoiadores sustentam que em Hama, Idlib e Laktavia, onde também ocorreram combates, haveria pouca ou nenhuma presença do EI, e acusam Moscou de investir contra grupos moderados.

O Observatório informou que aviões russos bombardearam instalações do grupo rebelde ultraconservador Ahar al-Sham, na província de Idlib. Combates intensos também ocorreram na planície de Al-Ghab, uma barreira natural localizada na mesma província, entre áreas controladas por muçulmanos sunitas e por alauítas, muitos dos quais são leais ao presidente Bashar al-Assad.

RC/afp/ap

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