1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Rússia emite mandado de prisão para Khodorkovsky

23 de dezembro de 2015

Ex-chefe da petrolífera Yukos é acusado de ordenar o assassinato de um prefeito na Sibéria, em 1998. Ele nega acusação e afirma que Putin promove vingança política.

Mikhail Khodorkovsky Russland Porträt
Foto: picture-alliance/dpa/Z.Dzhavakhadze

O governo da Rússia afirmou nesta quarta-feira (23/12) que emitiu um mandado internacional de prisão para o ex-magnata do petróleo Mikhaïl Khodorkovsky, de 52 anos, um dos principais opositores do governo e atualmente exilado na Europa, que está envolvido num caso de homicídio em 1998.

O anúncio ocorreu um dia após investigadores russos revistarem apartamentos de funcionários do grupo opositor e pró-democracia Rússia Aberta, de Khodorkovsky, e menos de duas semanas depois de Moscou acusar o ex-magnata de homicídio.

O grupo Rússia Aberta disse que as buscas estavam relacionadas a um caso de suposta evasão fiscal envolvendo o ex-magnata russo, em 2003. Segundo o advogado de defesa Pavel Chikov, foram revistados os apartamentos de pelo menos sete pessoas.

No dia 11 de dezembro, investigadores russos acusaram o ex-presidente da gigante petrolífera Yukos de ter ordenado, em 1998, o assassinato de Vladimir Petukhov, então prefeito de Nefteyugansk, cidade produtora de petróleo na Sibéria.

Khodorkovsky, que vive atualmente em Londres, disse que a acusação foi ordenada diretamente pelo presidente russo, Vladimir Putin. O ex-magnata, que esteve preso durante uma década por acusações de evasão fiscal, fraude e desvio de fundos, acusou Putin de promover uma vingança política.

Um porta-voz do presidente russo disse que ele não sabia do suposto envolvimento de Khodorkovsky no caso de 1998 quando o perdoou, em dezembro de 2013. O porta-voz também disse que a decisão de reabrir o caso foi tomada por investigadores e que Putin não está envolvido nela.

Após ser libertado, no final de 2013, Khodorkovsky prometeu que ficaria afastado da política. Mais tarde, porém, ele voltou a atuar como um crítico aberto do presidente russo.

RC/ap/lusa/afp

Pular a seção Mais sobre este assunto
Pular a seção Manchete

Manchete

Pular a seção Outros temas em destaque