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Rússia identifica autor de ataque em São Petersburgo

4 de abril de 2017

Primeiras investigações apontam que jovem do Quirguistão, uma ex-república soviética de maioria muçulmana, é o suicida que se explodiu num vagão de metrô e plantou uma bomba em outra estação.

Russland Morgen nach dem Terroranschlag in der U-Bahn in St. Petersburg
Em frente à estação, flores em homenagem às 14 vítimas do atentadoFoto: DW/W. Ryabko

Autoridades russas anunciaram nesta terça-feira (04/04) terem identificado o responsável pelo atentado suicida no metrô de São Petersburgo que, na véspera, deixou 14 mortos e quase 50 feridos: Akbarzhon Jailov, de 22 anos, nascido no Quirguistão, uma ex-república soviética de maioria muçulmana.

O ataque na segunda maior cidade russa ainda não foi reivindicado por nenhuma organização. As primeiras investigações indicam que Jailov agiu sozinho ao pôr uma bomba na estação Ploshchad Vosstaniya – desativada pela polícia – e depois detonar os explosivos que levava junto ao corpo num vagão de trem na estação Sennaya Ploshchad.

Explosão destruiu vagão, mas maquinista conduziu o metrô até a próxima estação para facilitar o resgate Foto: Getty Images/AFP/Str

"Com base em evidências genéticas e câmeras de segurança, há razão para acreditar que a pessoa por trás do atentado terrorista no vagão de trem foi a mesma que deixou a mala com explosivos na estação Ploshchad Vosstaniya", afirma um comunicado do comitê de investigação do Estado.

Ainda não está claro se Jailov foi incluído no número de 14 vítimas divulgado por Moscou. Há estrangeiros entre os mortos, mas a identidade deles não foi revelada. Antes da confirmação da identidade do autor do atentado, o governo do Quirguistão havia informado que um de seus cidadãos estava entre as vítimas.

Há meses a Rússia está em alerta por eventuais ataques em seu solo em represália à intervenção militar na Síria – forças russas estão apoiando as tropas leais ao ditador Bashar al-Assad. O "Estado Islâmico" fez várias ameaças de ataques por vingança.

Na virada do ano, a explosão num clube noturno em Istambul que matou 39 pessoas envolveu extremistas da mesma área da Ásia Central, que disseram terem agido sob coordenação de membros do "Estado Islâmico" na Síria.

O Quirguistão, uma ex-república soviética de seis milhões de habitantes, é um aliado político próximo do Kremlin e abriga uma base aérea russa. Quatro em cada cinco habitantes são muçulmanos sunitas.

Duas bombas

A explosão, por volta das 14h40 (horário local) desta segunda-feira (03/04), atingiu dois vagões próximo à estação Sennaya Ploshchad, que encheu de fumaça, sendo logo esvaziada. Após o impacto, o maquinista ainda conduziu o metrô até chegar à Sennaya Ploshchad, o que ajudou a remover os feridos e a salvar vidas.

Vladimir Putin estava em São Petersburgo e prestou homenagem às vítimas, mas deixou o local sem falar com a imprensaFoto: picture-alliance/AP Photo/D. Lovetsky

"A explosão ocorreu entre duas estações, mas o maquinista tomou a decisão absolutamente correta de não parar o trem até chegar à próxima estação", afirmou a porta-voz do Comitê de Instrução russo, Svetlana Petrenko. "Isso permitiu iniciar a remoção das pessoas imediatamente e ajudar os feridos."

Uma segunda bomba foi encontrada em outra estação de metrô – Ploshchad Vosstaniya – e foi desarmada pela polícia. Esse artefato, que foi colocado dentro de um extintor, tinha uma potência várias vezes maior que o que explodiu, segundo informaram fontes oficiais.

Todas as estações de metrô da segunda maior cidade do país foram interditadas e esvaziadas. Depois de seis horas, o sistema de transporte voltou a funcionar parcialmente.

Fotos divulgadas nas redes sociais mostravam feridos numa plataforma e portas destruídas de um vagão do metrô. "Tudo ficou cheio de fumaça, havia muitos bombeiros. Eles gritaram para corrermos para a saída e todo mundo correu. Todos estavam em pânico", contou a estudante Maria Smirnova, que estava no trem atrás do que explodiu.

O presidente russo, Vladimir Putin, estava na região para se reunir com seu homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko. No momento da explosão ele se encontrava em Strelna, na periferia de São Petersburgo.

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