Rússia inicia vacinação em massa contra o coronavírus
19 de janeiro de 2021
Quem quiser tomar a Sputnik V deve se dirigir a um dos locais de vacinação instalados em centros comerciais no país. Campanha começou em dezembro com grupos de risco.
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A Rússia iniciou nesta segunda-feira (18/01) a vacinação em massa contra o novo coronavírus com o uso da vacina Sputnik V, produzida no país.
A vacinação é voluntária e não é necessário marcar horário — basta procurar um dos locais de vacinação. Em Moscou, eles foram instalados em vários centros comerciais, incluindo a famosa loja de departamentos Gum, na Praça Vermelha, ou na Ópera Helikon.
A vacinação na Rússia começou em dezembro, com grupos de risco. Segundo os números oficiais já foram vacinadas 1,5 milhão de pessoas, mas especialistas dizem que o número real é menor.
Na mais recente pesquisa feita, apenas 38% dos russos disseram que desejam se vacinar. O país tem 146 milhões de habitantes.
A Rússia é o quarto país mais afetado pela pandemia, com mais de 3,5 milhões de casos, e não impôs um lockdown nacional. O número oficial de mortos é de mais de 65 mil, mas também essa estatística é contestada.
Dúvidas quanto à vacina
A Sputnik V é aplicada em duas doses, com intervalo de 21 dias. A imunidade é alcançada 42 dias após a primeira aplicação, segundo o fabricante.
As autoridades russas disseram que a eficácia da Sputnik V é de 92%, mas não há estudos independentes que confirmem esse percentual.
A Rússia foi o primeiro país a aprovar o uso de uma vacina, em agosto. A aprovação ocorreu antes mesmo da conclusão da terceira fase de testes clínicos, o que foi criticado por especialistas internacionais.
"Os conhecimentos sobre a eficácia e a segurança são provisórios e se baseiam no comunicado de imprensa do fabricante", afirmou o epidemiologista Wassili Wlassow, da Academia de Ciências da Rússia, ao jornal televisivo alemão Tagesschau.
A vacina russa também é exportada. Entre os países que a estão utilizando está a Argentina, que já vacinou mais de 200 mil pessoas.
No Brasil, a Anvisa rejeitou no último sábado o pedido de uso emergencial da Sputnik V. Segundo a Anvisa, o laboratório responsável não apresentou os requisitos mínimos para que o pedido de uso emergencial pudesse ser analisado pela agência.
AS/afp/dpa/ard
A chegada de 2021 sob a sombra da pandemia
Medidas de restrição social por causa do coronavírus limitam as festividades de Ano Novo. As imagens do adeus a 2020 ao redor do planeta.
Foto: Brook Mitchell/Getty Images
Festa na Nova Zelândia
Momentos depois dos habitantes de Kiribati e Samoa, nações insulares do Pacífico Sul, foi a vez dos moradores da Nova Zelândia de dar as boas-vindas a 2021. O país, elogiado pela gestão exemplar da pandemia, teve comemorações animadas, como neste parque em Mount Manganui, apesar de ainda estar fechado para a entrada de estrangeiros.
Foto: George Novak/NZ Herald/AP/picture alliance
Taxa de infecção zero
O governo da Nova Zelândia permitiu festas com multidões e fogos de artifício após o país exibir por meses taxas zero de infecção, que possibilitaram um retorno a uma relativa normalidade.
Foto: Fiona Goodall/Getty Images
Show de fogos em Auckland
Com uma melhores gestões da pandemia do coronavírus do planeta, a Nova Zelândia não abriu mão de sua tradicional queima de fogos de artifício na cidade de Auckland para celebrar o Ano Novo.
Foto: Michael Craig/NZ Herald/AP/picture alliance
Fogos sem público em Sydney
A Austrália manteve os famosos fogos de artifício de Sydney, um dos shows que tradicionalmente abrem as comemorações do Ano Novo do planeta, mas sem a presença do grande público, devido às restrições impostas pela covid-19.
Foto: Loren Elliott/REUTERS
Ruas vazias em Berlim
A área do Portão de Brandemburgo, no centro de Berlim, permaneceu vazia desta vez, onde normalmente multidões comemoram o Ano Novo na capital alemã. Devido a um segundo lockdown rigoroso que vigora desde meados de dezembro, as aglomerações em locais públicos foram proibidas. Mesmo assim, foi organizado no lugar um show com bandas e cantores, sem presença de público, com transmissão pela TV.
Foto: Christophe Gateau/dpa/picture alliance
Ano Novo de silêncio na Coreia do Sul
Os habitantes de Seul, capital sul-coreana, tiveram de abrir mão neste ano das festas na rua durante o réveillon. A tradicional cerimônia das 33 badaladas de sino, com que a cidade saúda o Ano Novo, ocorreu sem presença de público e foi transmitida na TV e nas mídias sociais.
Foto: Jung Yeon-je/AFP/Getty Images
Animação em Wuhan
Na cidade chinesa de Wuhan, onde a pandemia foi originada há um ano, milhares se reuniram em determinados lugares do centro da cidade para a contagem regressiva até 2021. Alguns disseram que estavam cautelosos, mas não particularmente preocupados.
Foto: Tingshu Wang/REUTERS
Comemoração sem maiores restrições
A data é festejada sem grandes restrições na China, após o governo ter declarado o controle sobre a disseminação do coronavírus. No entanto, o dia não constitui um feriado particularmente importante para os chineses, já que, de acordo com seu calendário lunar tradicional, o Ano Novo começa só em fevereiro próximo.
Foto: Noel Celis/AFP/Getty Images
Fogos em Berlim
Na Alemanha, neste ano, fogos de artifício estavam proibidos de ser vendidos ao público. O espetáculo de luzes foi exclusividade das autoridades, como em Berlim, no Portão de Brandemburgo, tradicional ponto de comemoração da virada na Alemanha. Os fogos, porém, foram disparados em quantidade significativamente menor que no ano anterior e com restrições de acesso ao público.
Foto: Michael Sohn/AP Photo/picture alliance
Festa virtual em Nova York
A tradicional "Bola da Times Square" foi posicionada momentos antes da virada em Nova York. Quando o relógio chegou a 23h59, ela começou a descer, numa festa acompanhada de chuva de confetes, mas sem público.