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Terrorismo

Rússia presta últimas homenagens a embaixador assassinado

22 de dezembro de 2016

Andrei Karlov, morto a tiros na Turquia, é homenageado por Putin e membros do alto escalão do governo. Moscou envia investigadores para a Turquia para colaborar com as forças locais.

Putin depositou rosas vermelhas aos pés do caixão de Andrei Karlov
Putin depositou rosas vermelhas aos pés do caixão Foto: Reuters/S. Ilnitsky

O governo russo realizou nesta quinta-feira (22/12) o funeral do embaixador russo Andrei Karlov, assassinado em Ancara no início da semana, com a presença de familiares, diplomatas e autoridades.

O presidente russo, Vladimir Putin, que havia prometido retaliar a morte do embaixador, esteve presente à cerimônia na sede do Ministério russo do Exterior. Ele depositou rosas vermelhas aos pés do caixão e conversou com a viúva e familiares de Karlov.

O primeiro-ministro, Dmitry Medvedev, e o ministro do Exterior, Sergei Lavrov, também participaram do funeral. "Nos despedimos de nosso amigo Andrei Karlov, que foi vítima de um desprezível ato terrorista", disse Lavrov.

O atirador, identificado como o policial Mevlut Mert Altintas, gritou "não se esqueçam de Aleppo!"Foto: picture alliance/dpa/O. Ozbilici

A cerimônia no Ministério do Exterior foi seguida de uma missa na Catedral de Cristo Salvador, rezada pelo patriarca Kiril da Igreja Ortodoxa Russa. Karlov foi enterrado mais tardecom honras militares num cemitério no subúrbio de Moscou.

Condecoração militar

O diplomata foi treinado na era soviética e trabalhou por muitos anos na Coreia do Norte, antes de ser designado para Ancara em 2013. Ele foi homenageado postumamente por Putin com a maior condecoração militar do país, a medalha de herói da Rússia.

Moscou e Ancara afirmaram que o assassinato foi uma tentativa fracassada de desestabilizar a reaproximação entre os dois países, que trabalham em colaboração em meio à crise na Síria, ainda que apoiem lados diferentes no conflito.

As autoridades turcas identificaram o assassino como o policial Mevlut Mert Altintas, de 22 anos. Ele foi morto pelas forças de segurança. O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou o clérigo Fethullag Gülen, exilado nos Estados Unidos, pela morte do embaixador.

Gülen já havia sido acusado por Erdogan de estar por trás da tentativa de golpe de Estado na Turquia em julho. O religioso nega ambas as acusações.

O Kremlin, por sua vez, reagiu com maior cautela. O porta-voz do governo, Dmitry Peskov, afirmou que o governo prefere evitar "conclusões precipitadas". A Rússia enviou uma equipe de investigadores russos para a Turquia para trabalhar em conjunto com as forças locais.

RC/rtr/afp

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