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Rússia processará brasileira e outros ativistas do Greenpeace por pirataria

24 de setembro de 2013

Autoridades russas chamam protesto de "ataque" e dizem que manifestantes vão ser levados a tribunal sem considerar a nacionalidade. Pena pode chegar a 15 anos de prisão.

O navio do Greepeace retido pelas autoridades russas desde o protesto da quinta-feira passadaFoto: picture-alliance/dpa

A Justiça russa anunciou nesta terça-feira (24/09) que abrirá um processo por pirataria contra a tripulação do navio Arctic Sunrise, do Greenpeace. O barco com mais de 20 ativistas, entre eles a bióloga brasileira Ana Paula Alminhana Maciel, foi retido durante um protesto contra a exploração petrolífera no Ártico.

No protesto, na última quinta-feira (19/09), os ativistas tentaram desembarcar com lanchas na plataforma Prirazlomnaya, a primeira russa de exploração no Ártico. Porém, foram detidos pelas autoridades russas antes que conseguissem.

As autoridades russas disseram que o "ataque" violou a soberania do país. E que, por isso, deve ser punido. Na Rússia, pirataria pode render pena de até 15 anos de prisão.

"Todos os que invadiram a plataforma serão acusados independentemente de sua cidadania", afirmou o porta-voz do Comitê de Instrução (CI), Vladimir Markin, citado por agências de notícias russas.

Mais de 50 ONGs e 370 mil pessoas de todo o mundo assinaram um abaixo-assinado, endereçado ao presidente russo, Vladimir Putin, em que exigem a libertação da tripulação do navio.

O Greenpeace alega que os ativistas estavam protestando pacificamente, que o barco estava em uma zona especial de águas internacionais e que as autoridades russas não poderiam ter entrado na embarcação.

RPR/rtr/efe/afp

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