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Rainha Elizabeth aprova decisão de Harry e Meghan

13 de janeiro de 2020

Família real estabelece período de transição durante o qual casal real viverá entre Canadá e Reino Unido. Duques de Sussex ressaltam que pretendem não depender mais de recursos públicos após se afastarem da monarquia.

Elizabeth 2ª ao lado do príncipe Harry e de Meghan Markle
Rainha anuncia benção ao casal após reunião de famíliaFoto: picture-alliance/AP/M. Dunham

A rainha Elizabeth 2ª deu sua benção à decisão do príncipe Harry e de sua mulher, a duquesa de Sussex, Meghan Markle, de se distanciarem de seus deveres como altos representantes da monarquia e de levarem uma vida independente, segundo um comunicado divulgado nesta segunda-feira (13/01) após uma reunião de família convocada para solucionar a crise causada depois de o casal anunciar o afastamento da realeza.

Elizabeth 2ª disse que a reunião foi construtiva e anunciou que a família real britânica abrirá um período de transição para acomodar o novo status de Harry e Meghan, durante o qual eles passarão um tempo no Canadá e no Reino Unido. A rainha afirma ainda que algumas questões, as quais classificou como "complexas", precisam ser resolvidas.

"Minha família e eu apoiamos o desejo de Harry e Meghan de criar uma nova vida como uma jovem família. Embora preferíssemos que eles permanecessem em tempo integral Membros da Família Real, respeitamos e entendemos os seus desejos de viver uma vida mais independente como família enquanto continuam sendo parte valiosa da minha família", disse a rainha, no comunicado.

O texto acrescenta que Harry, de 35 anos, e Meghan, de 38 anos, deixaram claro que não querem depender de recursos públicos em sua nova vida. Ainda não está claro como essa independência deve ocorre. Até agora, o príncipe Charles financia 95% do orçamento de seu filho Harry com verba de seus ativos privados, de acordo com relatos da imprensa.

"Esses são assuntos complexos para minha família resolver e ainda há algum trabalho a ser feito, mas pedi para decisões finais serem alcançadas nos próximos dias", acrescentou a rainha. Entre as questões em aberto está o pagamento da segurança dos duques de Sussex, que atualmente é financiada pelos contribuintes.

Além de Harry, seu irmão, o príncipe William, e seu pai, Charles, participaram da reunião com a rainha. De acordo com a imprensa britânica, este foi o primeiro encontro de Harry com a sua avó depois de ter anunciado na quarta-feira a vontade de ter a sua "independência financeira" e de viver uma parte do ano na América do Norte.

O anúncio inesperado de Harry e Meghan, que dizem que pretendem "trabalhar para ser financeiramente independentes", surpreendeu e causou desconforto entre os outros membros da monarquia, tendo levantado dúvidas sobre as futuras fontes de financiamento dos duques de Sussex.

Apesar de rumores de ressentimentos entre Harry e William, após a reunião, os irmãos divulgaram um comunicado em conjunto condenando uma notícia sobre uma suposta deterioração do relacionamento entre eles. A nota afirma que, "apesar das negativas claras" do palácio, um jornal britânico publicou "uma notícia falsa especulando sobre a relação entre o duque de Sussex e o duque de Cambridge".

"Para irmãos que se preocupam tanto com questões de saúde mental (que eles defendem em suas campanhas), o uso desse tipo de linguagem incendiária é ofensivo e potencialmente prejudicial", diz.

Embora não citem o nome do jornal, o The Times publicou uma matéria onde afirma que os duques de Sussex consideram que foram marginalizados pela família real por conta da atitude "assediadora" de William, segundo na linha de sucessão.

No artigo, que reconhece que essa ideia foi desmentida por fontes próximas aos irmãos, argumenta que Harry e Meghan querem se distanciar da monarquia, pois já se passaram dois anos em que foram lembrados a todo momento "qual era o seu lugar".

CN/efe/lusa/ap/rtr/afp

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